Gostei do texto.
Entrei há pouco no mundo dos jogos "modernos" e tenho poucos jogos, procuro sempre jogar antes de comprar e minha wishlist só aumenta a medida que conheço novos jogos. Não vejo "graça" em colecionar, jogo é para ser jogado. 

Fato é que jogadores que já estão a mais tempo no mercado já estão começando a sentir o aumento da oferta frente à demanda. A pouco tempo atrás era possível acompanhar os lançamentos, hoje é praticamente impossível. Além do fato de muitos jogadores não serem (e nunca serão) consumidores. Conheço muita gente que se dispõe e gosta de jogar mas nunca investiria um centavo nisso.

Além do fator econômico (via de regra os jogos são relativamente caros) imagino que exista também um fator cultural, onde o jogar não está presente no contexto da maioria das famílias e não se enxerga valor nisso.

Um possível caminho para expandir o mercado seria "cruzar as fronteiras", ou seja, tentar na medida do possível de deixar de ser um produto de nicho e buscar sua popularização. Agora, como realizar isso, é uma tarefa que cabe as editoras em entender o mercado e como isso seria possível.

Rodrigo Deus::Após reler o texto, mantenho meu comentário anterior. Tão bom vir neste canal que forjar a mente  #puxasacodoprofessor

Pois é Rodrigo, Ficou meio escrachado isso. Mas obrigado pela onipresença. Pena que perdi a oportunidade de jogar conversa fora la no WRF.

Eu acho que o futuro de nosso mercado depende de 2 coisas: 

1) Amadurecimento de nossos designers. Quando essa galera parar de fazer jogos para 250 pessoas e se atentar as especificidades dos jogadores e jogadoras daqui do Brasil, daremos um grande salto. Acho que se pessoal ta muito na vibe de fazer jogo que no padrão gringo com esperança d num dia joga-lo no mercado la de fora e enquanto isso não acontece oferta ele no Brasil para que a gente faça playtest.

2) Evolução de Tecnologia. Precisamos urgente de empresas com tecnologia e gente qualificada para desenvolver componentes a alta do padrão internacional. Precisamos de gente que acredite nisso e tenha grana para fazê-lo. 

Essas duas coisas alinhadas nos darão independência quem sabe passaremos a ser exportadores de nosso jogos. 

Após ler o texto completo sobre o crescimento do mercado, acho que o caminho para aumentar o número de jogadores são os eventos. Ver os jogos de tabuleiro aparecendo em eventos fora do nosso nicho, como comic con e anime friends. Vamos aproveitar o boom do geek é legal. Também ver os eventos de jogatina aumentando de tamanho. 
 
Outro ponto é a busca do novo pelo jogador/colecionador. Cada um deve ter um limite, mesmo que seja para ser quebrado. A minha limitação é de espaço, então tenho q ir liberando espaço para novos jogos entrarem. Atualmente tô avaliando quais jogos vão para um novo lar, alguns não foram jogados. 
 
Para entrar na coleção tem que apresentar algo novo para mim. Eu ainda tenho que preencher uma lacuna de jogos clássicos que nunca joguei. Então me divido entre os lançamentos e a busca por jogos antigos. 
 
De resto bela reflexão sobre o hobby. Parabéns! 

professor::

Rodrigo Deus::Após reler o texto, mantenho meu comentário anterior. Tão bom vir neste canal que forjar a mente  #puxasacodoprofessor

Pois é Rodrigo, Ficou meio escrachado isso. Mas obrigado pela onipresença. Pena que perdi a oportunidade de jogar conversa fora la no WRF.

Eu acho que o futuro de nosso mercado depende de 2 coisas: 

1) Amadurecimento de nossos designers. Quando essa galera parar de fazer jogos para 250 pessoas e se atentar as especificidades dos jogadores e jogadoras daqui do Brasil, daremos um grande salto. Acho que se pessoal ta muito na vibe de fazer jogo que no padrão gringo com esperança d num dia joga-lo no mercado la de fora e enquanto isso não acontece oferta ele no Brasil para que a gente faça playtest.

2) Evolução de Tecnologia. Precisamos urgente de empresas com tecnologia e gente qualificada para desenvolver componentes a alta do padrão internacional. Precisamos de gente que acredite nisso e tenha grana para fazê-lo. 

Essas duas coisas alinhadas nos darão independência quem sabe passaremos a ser exportadores de nosso jogos. 

Mestre, não estendi a parte do "escrachado".

A puxada de saco ... pouco sutil.
rs

Rodrigo Deus::Eu sou jogador e consumidor. Jogo o que tenho e consumo o que quero dentro deste mercado. E por enquanto, realmente, não se vê o fim do mercado, mas acredito que o "esfriamento" deva chegar em 2017 ou 2018. Espero estar errado.

Por enquanto, tanto jogadores quanto lojistas e profissionais do meio ainda batem cabeça e "pescam no mesmo aquário", como disse o Marcelo Pegado. Existem empresas e profissionais que querem expandir esse aquário e também existem que queira pescar em outros. Se todos não tiverem essa preocupação, esse fim de mercado fica cada vez mais próximo.

Sou novo nos boardgames, mas no games eletrônicos sou consumidor a muitos anos. Essa preocupação fe pescar em outros aquários foi algo que revolucionou mercado de games, e atualmente os novos aquários inclusive, são os mais lucrativos. Acredito que isto vá acontecer naturalmente nos boardgames. Quem já leu a estratégia do oceano azul, sabe bem como funciona.

professor::A puxada de saco ... pouco sutil.
rs

Foi uma brincadeira, mas tudo bem. Anotado para não ocorrer novamente. E aliás, uma pena não ter ido, gostaria muito de poder conhecer você e tirar uma foto para recordação!

Leonos::

Rodrigo Deus:::Eu sou jogador e consumidor. Jogo o que tenho e consumo o que quero dentro deste mercado. E por enquanto, realmente, não se vê o fim do mercado, mas acredito que o "esfriamento" deva chegar em 2017 ou 2018. Espero estar errado.

Por enquanto, tanto jogadores quanto lojistas e profissionais do meio ainda batem cabeça e "pescam no mesmo aquário", como disse o Marcelo Pegado. Existem empresas e profissionais que querem expandir esse aquário e também existem que queira pescar em outros. Se todos não tiverem essa preocupação, esse fim de mercado fica cada vez mais próximo.

Sou novo nos boardgames, mas no games eletrônicos sou consumidor a muitos anos. Essa preocupação fe pescar em outros aquários foi algo que revolucionou mercado de games, e atualmente os novos aquários inclusive, são os mais lucrativos. Acredito que isto vá acontecer naturalmente nos boardgames. Quem já leu a estratégia do oceano azul, sabe bem como funciona.

Não cheguei a ler o livro, mas como vim da área de RH e administração, sei como funciona. De forma geral é uma teoria simples e funciona, pois hoje na minha opinião os lojistas batem muita cabeça disputando cliente, só que essa disputa é com os mesmíssimos produtos sem acréscimo de diferenciais.

Eu acredito nisso também. Sou muito fã de jogos eletrônicos / digitais. Apesar de hoje, estar mais antenado com o mundo analógico não consigo me desvincular e nem tenho essa pretensão de deixar para trás minha conta da steam ou as inúmeras mídias física que acumulei ao longo de incríveis anos de "video-game".

Acho que os jogadores de tabuleiro deveriam jogar mais video game inclusive. Estudar esse formato de entretenimento que hoje é maior que hollywood. A industria de games venceu e tem muito a ensinar. Acredito que podemos aprender muito com ela.

Outra coisa é: Temos um mercado e não existe oferta suficiente para a demanda desse mercado. As empresas que lançam jogos aqui não possuem estrutura para deixar uma cópia de jogo por bastante tempo na prateleira sem que aquele dinheiro "parado" interfira no seu caixa. A  própria política de distribuição peca muito e faz com que lojistas se submetam a condições unilaterais de negociação. Pode ver: recentemente a TabuleiroMix rompeu com a Galapagos por discordar da política dos caras. Eu já comprei com o  Mike da Tabuleiro Mix e vou te falar foi uma das melhores experiências de compra que ja tive. Eu não tenho a menor ideia do que aconteceu entre o Mike e a Galápagos mas acredito que se o Mike tomou essa atitude ele deve ter seus motivos. 
   

professor::Eu acho que o futuro de nosso mercado depende de 2 coisas: 

1) Amadurecimento de nossos designers. Quando essa galera parar de fazer jogos para 250 pessoas e se atentar as especificidades dos jogadores e jogadoras daqui do Brasil, daremos um grande salto. Acho que se pessoal ta muito na vibe de fazer jogo que no padrão gringo com esperança d num dia joga-lo no mercado la de fora e enquanto isso não acontece oferta ele no Brasil para que a gente faça playtest.

2) Evolução de Tecnologia. Precisamos urgente de empresas com tecnologia e gente qualificada para desenvolver componentes a alta do padrão internacional. Precisamos de gente que acredite nisso e tenha grana para fazê-lo. 

Essas duas coisas alinhadas nos darão independência quem sabe passaremos a ser exportadores de nosso jogos. 

não entendi, professor. o que seria fazer jogos que atendam a demanda do Brasil? jogos como os que vejo nas propagandas do Cartoon Network: QI, Detetive e uma infinidade de jogos infantis? o que signicaria "fazer jogos no padrão gringo"?
o que eu acho é que ainda estamos começando nesse mercado, então obviamente tentaremos copiar (ou ao menos nos aproximar) do que vem sendo feito onde board games funcionam e vendem. mas também acho, tendo como base os jogos brasileiros que vi sendo jogados em gameplays no youtube, que essa tentativa de "copiar" o que se faz lá fora ainda não está bem certa. muitos do que vi parecem chatos e/ou repetitivos e, acima de tudo, sem o tchans que às vezes os gringos de sucesso têm. 
de nacionais, os que me parecem mais legais (pelo menos por enquanto), são o Space Cantina e o Drillit. estou esperando os meus chegarem, heeheh.