vgfelix::Olá, pessoal. Apesar de achar que o cerne do post não era a questão da identidade brasileira nos jogos, gostei desse off-topic.
Acabei de voltar de viagem ao Japão, e aproveitei para buscar jogos de designers locais. O mercado de jogos deles, apesar de mais volumoso, me pareceu semelhante ao nosso: designers locais produzindo em pequena escala, com uma pegada mais indie, e grandes títulos gringos sendo traduzidos e disponibilizados em escala maior.
Vi vários jogos (e trouxe alguns) com temática japonesa, como por exemplo Yokohama, Stone Garden, Sukimono (link bgg) e Joraku, mas vi também muitos com temas "importados" (Minerva, Lisbon, The Gate to the World, The King of Frontier e Sheep & Thief são alguns que eu me lembro). Mas mesmo quando o tema vem de fora, boa parte dos jogos parece ter uma identidade oriental: ritmo mais lento, competição menos agressiva, pouco "take that".
Li o texto do link do joaoclaudio, e achei muito interessante a sugestão de observar o sucesso em outras mídias, como filmes, novelas, músicas, livros, buscando identificar pontos em comum, para ajudar a definir o que é a cara do brasileiro. Até concordo com o andresg07, acho que há muito na história do nosso país que poderia ser aproveitado como base ou pano de fundo para jogos. Mas considero que é uma questão que vai além da temática do jogo. Um exemplo: apesar de não gostar, o sucesso de jogos com "take that" me parece bem alinhado com um perfil muito comum no meu trabalho, de pessoas que gostam de tirar sarro do colega. Talvez isso seja algo tipicamente brasileiro.
Bianca Pinheiro, também não vejo muito no quadrinho nacional essa cara do Brasil. Lendo o texto do link e associando aos quadrinhos, pensei imediatamente no trabalho do Marcello Quintanilha. Apesar de não tratar de temas típicos como folclore ou festas regionais, não consigo pensar em HQs mais "brasileiras" do que as dele.
Off-topic do off-topic, e momento tiete: sou fã do trabalho da Bianca nos quadrinhos, recomendo aos que curtem essa mídia. Meu próximo na pilha de leitura, que acabei de pegar depois da viagem, é o Mônica - Força (eu e a esposa estávamos lá no auditório do FIQ 2015 no dia do anúncio). De certa forma, fiquei feliz em saber que também curte o hobby dos jogos de tabuleiro. :-)
Eu fiquei sabendo da cena boardgame no japão por meio do podcast Zero Bits. Achei fantástico essa coisa de produção independente e em pequena escala. Estou ultimamente tentando caminhar nessa trilha e acredito que pode ser sim uma solução para os designer nacionais.