Railways of the World é uma readaptação do jogo Railroad Tycoon, desenvolvido por Martin Wallace e Glenn Dover em 2005. Originou-se de Age of Steam, de Martin Wallace (2002).
A caixa do jogo é pesada, com vários componentes, e vem com três tabuleiros: os mapas de EUA (Eastern U.S.) e México, e o marcador de pontos.
Os componentes são de ótima qualidade, tanto as miniaturas de trens, os marcadores marrons de cidades vazias, peças de trilhos, dinheiro e certificado de lucros e dividendos.
O mapa do México é jogado de 2 à 4 jogadores, e o mapa dos Estados Unidos é para 2 à 6 jogadores. O mapa dos Estados Unidos é enorme, e o jogo ocupa muito espaço. Há necessidade de mesas grandes para espalhar os componentes deste jogo.
Os jogadores iniciam a partida sem dinheiro e sua primeira ação é pedir empréstimo ao banco. Os outros jogos de trens de Martin Wallace mantém esta mecânica (Age of Steam e Steam), porém em Railways of the World não é tão traumático. Aqui, é fácil recuperar o dinheiro com o avanço na tabela de pontuação.
Cada rodada possui 3 turnos de ações, e cada turno lhe permite fazer 1 ação, e tem cartas que lhe permite fazer 2 ações. Dentre as ações disponíveis estão: construir estradas de ferro, melhorar sua locomotiva, transportar mercadorias entre cidades, industrializar cidades pequenas e comprar cartas especiais.
Construir estradas de ferro habilita o transporte de suprimentos e concede pontos quando o jogador liga cidades pré-determinadas pelo mapa.
Melhorar a locomotiva é importante para transportar suprimentos passando por um número maior de cidades. Quanto melhor a sua locomotiva, mais longe você pode transportar.
O transporte de mercadorias é a ação que concede pontos ao jogador. Você obrigatoriamente precisa ter 1 linha na cidade origem da mercadoria. Você pode utilizar a linha de outros jogadores, e estes recebem pontos por isso. Os cubos coloridos representam as mercadorias e você só pode transportar um cubo para uma cidade da mesma cor que ele.
O numero de cartas abertas inicialmente são as cartas “start” + 2x o numero de jogadores, e no final de cada turno se acrescenta uma nova. Elas concedem ações extras, bônus em pontos ou dinheiro e até mesmo desconto na compra de algumas coisas.
Joguei a primeira partida de Railways of the World com minha família: eu, minha esposa Betina, minha filha Alexia, meu irmão Marcelo, minha cunhada Nani e meu sobrinho Leo. Foi minha jogatina de aniversário depois do churrasco!
As regras foram explicadas em 20 minutos e a partida durou duas horas e meia. No começo, nós não fazíamos ideia do que fazer para evoluir, e na metade do jogo é que pegamos o jeito. É tanta coisa para prestar atenção que as cartas especiais não foram utilizadas como deveriam ser.
O jogo fornece várias opções de traçado nas estradas de ferro e depois que acabamos de jogar, dá vontade de coloca-lo na mesa novamente para testar as estratégias que não usamos.
Além de tudo, os jogadores sorteiam uma carta de Barão que fornece um objetivo especial para pontuar no fim do jogo.
Passei grande parte do jogo disputando a liderança com a Nani e em um determinado momento disparei na frente. Mas no final do jogo (que acaba quando os marcadores de cidade vazia são colocados no tabuleiro), o Leo venceu, devido ao seu objetivo de Barão e por ter construído 2 linhas principais entre 3 cidades dos Estados Unidos.
É um jogo cansativo, porém não é pesado quanto seus irmãos Steam e Age of Steam. Ele cansa por causa da duração, e nem todos os jogadores poderão gostar do estilo. Eu gostei e quero experimentá-lo ainda mais.