Estamos em Nova York, o ano é 1920. Controlamos famílias de mafiosos disputando o controle da cidade. Teremos que contrabandear bebidas e controlar territórios para sermos o Grande Chefão. O tema não me atrai particularmente, mas nada que me afaste. Achei que ele foi bem implementado.
É um euro médio-pesado. Suas principais mecânicas são alocação de trabalhadores e controle de área, mas também temos construção de motor e gestão de cartas e recursos. O jogo tem três “eras”, que você terá, 4, 3 e 3 trabalhadores. Depois da última era há ainda uma última ação antes da pontuação final. Sim, 11 ações para todo um jogo parecem ser pouco coisa, mas elas se desdobram em outras e múltiplos efeitos são gerados. É bem típico do autor. O objetivo do jogo é ganhar dinheiro. Existem várias formas de fazer isso, os principais são:
Assaltando navios, o que também lhe dará um pequeno poder assimétrico;
Vendendo bebidas nos seus estabelecimentos;
Cumprindo objetivos por meio de contabilidade falsa;
Controlando territórios no final de cada era.
Nos finais das eras também ocorrem as entradas de gangues rivais em alguns territórios. Alguns deles já começam controlados no início do jogo e os demais serão todos invadidos, só não se sabe em qual das eras isso ocorrerá. No início da era você saberá quais territórios serão invadidos e uma faixa de força que eles terão, mas não o valor exato. Você precisará se fortalecer para resistir. Um jogador desatento pode ser varrido do jogo. Não há eliminação de jogadores, mas o coitado ficará provavelmente perdido.
Eu achei o Speakeasy bom e quero jogá-lo novamente. Tem várias formas de vencer, a profundidade tática é satisfatória e a interação bem interessante. As disputas no controle de área são intensas, não se pode deixar alguém ganhar em uma das três regiões do jogo sem o devido esforço. Eu fiquei incomodado com dois pontos. Gostaria que a construção de motor fosse mais drástica e a aleatoriedade menor. Não entrou para os favoritos do Vital.