Rahmati ::
É um assunto tão complexo e tão cheio de facetas que eu comigo mesmo não tenho certeza da resposta, e isso usando um exemplo recente de um jogo que vendi.
Comprei um Vinhos: Deluxe Edition dos EUA que, convertendo, saiu por R$537. Aqui pela Mosaico ele vem por uns R$1.200. Na Ludopedia tem gente vendendo usado por mil contos — o que eu acho um total absurdo. Resultado? Vendi o meu por R$800. Ganhei dinheiro, cobrei mais barato do que os preços "abusivos". Mas isso foi moral/ético ou não? Eu cobrei mais barato mesmo sabendo que venderia por um preço mais caro se quisesse, porque achei o "mais certo" a se fazer... Mas, por outro lado, vendi um brinquedo de papelão por mais de meio salário mínimo...
Tudo o que foi falado aqui entra nessa conta. Produto supérfluo, lei da oferta e da demanda, hobbismo, etc.
Não acho que essa questão tenha, sequer, uma resposta.
É um caso curioso esse, vou trazer um exemplo do inverso (vou usar o exemplo do Vinhos, mas no meu caso foi com outro jogo, mas de valores parecidos): eu importei com a intenção de revender e lucrar - por um acaso levei azar na importação, paguei super impostos e tive que vender pelos R$1200 praticamente sem lucro (deu uns R$40, não valeu a pena, o imposto quebrou o cálculo).
Mas olha que engraçado, eu quis fazer disso uma renda, vendi por 1200 e não consegui, pois não deu 5%. Você não queria "ganhar", vendeu por R$800 e lucrou 50% do valor pago, num usado ainda - E aqui acho que não temos ninguém errado nessa história, só realmente foram duas situações bem diferentes dum "mesmo produto", com valores e ideias diferentes.
A intenção aqui não é julgar a sua venda nem nada, e sim apenas mostrar um exemplo que nem sempre todos estão nas mesmas condições ou com as mesmas intenções, então principalmente não devemos julgar um preço alheio. Eu realmente achei engraçado pois já tive casos de vender jogos caros sem lucros, foi um risco que eu corri (eu costumo importar para revender, é um hobby para sustentar o meu outro hobby, de colecionador/jogador haha)
edit: só reforçando, usei esse caso para fazer um paralelo, nada contra seu relato, e sim apenas achei legal fazer a comparação