fsomalia::
Deixe-me colocar de outra forma.
Eu crio um produto inovador.
Meus 5 amigos acham fantástico.
Eu produzo e vendo para meus 5 amigos.
Se era para eles mesmos que eu queria vender, posso fechar o dia.
Chamo meus amigos de mercado e é sucesso de vendas.
Se as editoras querem atingir somente o público aficionado, membros de BG Brasil, ok!
Que se chame isso de mercado.
Vai vender suas 270 unidades e é sucesso de vendas.
Mas o público de board games é muito maior do que isso.
O mercado potencial de board games é muito maior.
Deveria ser pelo menos.
Quando você cria um novo produto e põe lá no plano de negócio/canvas o público alvo, para um board game deve ser uma coisa assim (hipotético):
- homens e mulheres
- idade: 16 a 35 anos
- renda familiar: R$5.000 a R$20.000
Colocar um "usuário de Facebook" aí é limitar o público alvo, e consequentemente, o mercado.
E é isso o que, na minha opinião, as editoras e designers fariam se todo o foco de marketing fosse concentrado em Facebook.
Paralelamente, isso casa com algumas declarações que representantes da Galápagos disseram, em especial no 0bits Show.
Que eles querem expandir o mercado, levar o hobby para pessoas que eles sabem que são o público alvo, mas não conhecem esse mundo de board games de designers.
Como a Grow e Estrela foram líderes de mercado por décadas, sem a existência da Internet?
Beleza, eu entendi, o erro aqui foi o "BG Brasil", que eu citei em 1 comentário apenas como comparação pontual para mostrar que facebook teria uma abrangência maior que fóruns. Nos demais comentários eu especifiquei bem "redes sociais".
Mas ok, vamos aos demais pontos...
Aqui no Brasil as tiragens dos board games costumam ser na faixa das 1.000-1.500 unidades, então é claro que 270 unidades vendidas não é um sucesso de vendas... Mas o Space Cantina por exemplo, citado como um sucesso, está neste momento com exatos 270 apoios... quando ele foi financiado em tempo recorde tinha por volta de 75 apoios... portanto, sim, 270 unidades vendidas podem caracterizar o grande sucesso de um financiamento coletivo.
Ninguém falou em colocar "usuário de Facebook" como o seu público alvo nem em concentrar toda a divulgação lá, mas se parte dos 100 milhões de usuários do facebook forem "homens e mulheres", com "16 a 35 anos" e renda de "5.000 a 20.000", não fazer divulgação no facebook seria, no mínimo, incoerente, não? (PS: Foram citadas redes sociais e provedores de mídias sociais nos comentários, não apenas ou exclusivamente o facebook).
Expandir o mercado e levar o hobby para pessoas que são o público alvo mas não conhecem esse mundo de board games de designers não tem muito a ver com essa discussão... a não ser que você esteja considerando que esse público alvo além de não conhecer os jogos modernos também não usa internet... pouco provável, não? Tanto que a Galápagos usa e abusa de divulgação em redes sociais e mídias sociais. =)
Quanto à última pergunta, eu não sei a sua idade, mas a galera de 30 ou mais anos deve lembrar que Grow e Estrela anunciavam seus produtos na televisão, jornais, revistas em quadrinhos, etc (quando não havia internet era assim). De vários anos para cá não vemos mais estes anúncios, pelo menos não de jogos de tabuleiro, mas como elas foram umas das poucas que sobraram (quando eu era moleque existiam várias outras empresas que lançavam jogos) mantiveram-se como líderes devido a sua popularidade. Mas mesmo assim tá lá, toda semana diversos posts de divulgação na página do Facebook da Grow.
E finalmente, o ponto que eu já havia colocado: capital para divulgação. Um vídeo no Jovem Nerd custa na faica 10.000-15.000 reais, vocês imaginam quanto custa um comercial na Globo??? Um anúncio em um jornal impresso de grande circulação (que tem validade de 1 dia)? Por quê vocês acham que board games não são anunciados nesses veículos? Será que é mesmo bom negócio desprezar um veículo com potencial para atingir 100 milhões de pessoas por um custo absurdamente menor? (eu mesmo respondo: não, ou as grandes empresas todas não estariam por lá.

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