Legacy como punk de fato não rola.

O jogo mais Punk que eu conheço é o Regicide. Peso leve, o tema é uma rebelião nas cartas de baralho que querem acabar com a monarquia, e por problemas de mercado está maldito e não pode virar um sucesso comercial.

No BGG um cara sugeriu que os criadores lançassem uma versão print and play para levantar um dinheiro, e eles disseram não: o jogo é literalmente um baralho padrão de 52 cartas e um manual disponível na net.

iuribuscacio::
Caro Rodrigo

Sinceramente, meus parabéns, mais uma vez.

Meu camarada, pelo visto, você não se contentou em ser apenas o pai dos excelentes "Camisa 12", do "É Top", e do "Herdeiros do Khan", que eu acredito piamente que foi a melhor inciativa, até agora, para popularizar os boards games por estas bandas, e diga-se "en passant", na contramão do que fazem as editoras nacionais, mais tradicionais, salvo talvez apenas a Papergames e uma ou outra, até onde eu sei. 

Agora você ainda me sai com mais esse gol de placa, que é esse primor de texto.

Very well done, sir!

Um forte abraço e boas jogatinas.

Iuri Buscácio

   

Copiando o resto, ótimo texto!
Pensei parecido com colega acima, o seu ótimo "Herdeiros do Khan" não poderia ser "o punk"? Afinal, mostrou q se pode ter um jogo inteligente e lndo, por 79 reais, usando materiais mais baratos, mas q cumprem seu papel...

Rocker SJC::Parabéns!! Valeu pelo texto!!!

Punk não pode ser os jogos de cartas, tipo as vazas queridas do Fel Barros ou os jogos da Geeks n' Orcs (principalmente o Piratas! do Renato) e os da Paper Games?
Jogos simples e de fácil digestão... sei lá, foi mal se eu viajei...

Editado: Ou aí não é jogo de tabuleiro?

Dá pra fazer esse paralelo tb, claro... Mas tenho a impressão que o pessoal da vaza é quase um hobby a parte, com um público cativo mas que não vai derrubar os jogos ultra-complexos ou cheios de minis que estão por cima agora, como o punk derrubou o progressivo e o rock de arena.

A galera da vaza é tipo a galera que curte blues, sei lá.

iuribuscacio::
Caro Rodrigo

Sinceramente, meus parabéns, mais uma vez.

Meu camarada, pelo visto, você não se contentou em ser apenas o pai dos excelentes "Camisa 12", do "É Top", e do "Herdeiros do Khan", que eu acredito piamente que foi a melhor inciativa, até agora, para popularizar os boards games por estas bandas, e diga-se "en passant", na contramão do que fazem as editoras nacionais, mais tradicionais, salvo talvez apenas a Papergames e uma ou outra, até onde eu sei. 

Agora você ainda me sai com mais esse gol de placa, que é esse primor de texto.

Very well done, sir!

Um forte abraço e boas jogatinas.

Iuri Buscácio

   

Obrigado Iuri! Eu acreditava muito na força do preço baixo do Khan, mas acho que não emplacou tão bem quanto poderia. Vendeu bastante fora do nicho e a julgar pelo número de pessoas que dizem que tem o jogo na Ludopedia, vendeu bem tb dentro, mas não tão bem que aponte um novo caminho, infelizmente.

Negrao::Texto irado Rodrigo.
Fiquei "bolado" com essa comparação histórica.

Eu fiquei curioso é com os seguinte:
- O que veio DEPOIS do Punk?
- O que essa tendência poderia significar nos Boardgames?

Valeu André!

Depois do punk vem o pós-punk, que é como os críticos chamam as várias tendências que começaram a ser exploradas quando os punks chutaram a porta. Cabe aí o New Wave (Duran Duran, B-52s, Blitz), os góticos (Cure, Joy Division, e em certa medida até o Legião), os eletrônicos (New Order, Kraftwerk) Um pouco depois tem o movimento grunge nos EUA (Nirvana, Pearl Jam) e o britpop na Inglaterra (Blur, Oasis, etc).

E depois disso, vem o movimento indie, que a princípio era simplesmente gravar sem depender de gravadora, mas depois virou quase uma estética em si (Strokes, White Stripes).

Por último, o rock morreu (ou sobrevive por aparelhos, não sei). Esperemos que os jogos modernos não cheguem nesse ponto

samueltk::Rodrigo, parabéns pelo texto e por seu jogo de “trocas no mediterrâneo” (e muito mais),o Herdeiros do Khan. Faz menos de 1 ano que entrei no hobby de jogos de tabuleiro e me alegra muito ter esse jogo na minha pequena coleção, gosto imensamente dele.

Outra analogia que pensei sobre esses dois assuntos é que o hobby dos jogos de tabuleiro se assemelha ao hobby de colecionar disco de vinil, é algo que não é pra todos, não é barato, precisa de espaço físico, existem há décadas mas ultimamente ambos estão crescendo (de novo).

E sobre o punk rock, eu concordo com o que alguns disseram, de que ainda não há um equivalente no mundo dos board games. O movimento punk surgiu como forma de contra cultura por causa da saturação do mercado musical (além de outros fatores, claro). E enxergo que felizmente ainda não estamos vivendo essa saturação em nosso hobby.

Feliz que vc curtiu o Khan, Samuel!

Curti seu ponto de vista, não há movimento punk porque a linha atual não saturou ainda. Faz todo sentido!

A comparação com o vinil é bem legal também, mas acho que o pessoal do vinil tem um componente nostálgico e fetiche do objeto maior, não? (embora role mto fetiche nos jogos de tabuleiro tb)

evieira::Parabéns pelo tópico, uma boa sacada.

Na verdade, no livro "the rest is noise" o crítico musical Alex Ross faz uma comparação parecida com essa, só que entre a evolução da música erudita e a evolução da música POP.

Eu concordo que estamos tendo um momento de jogos mais diretos tomando o mainstream do boardgame, mas ao mesmo tempo temos os jogos expert tendo cada vez mais regras e elementos adicionados. As vezes tenho a impressão que esses dois movimentos vão meio que se separar, pois os públicos desses dois tipos de jogos são cada vez mais diferentes.

Primeira vez que leio um texto seu, vou tentar acompanhar a partir de agora!

Um abraço,

Eduardo

Minha impressão é essa também. Eu já acho que o público dos jogos gigantes de Kickstarter não é o mesmo dos jogos modernos "tradicionais". Tanto que alguns jogos faturam milhões no Kickstarter, mas são pouco falados nos canais mais tradicionais de jogos, não aparecem bem nos rankings do BGG nem nas premiações. É um nicho muito específico (e lucrativo), que não depende dos mesmos meios que jogos como Azul, Wingspan, ou mesmo Great Western Trail ou Agricola.

Abraços!

Cico::Legacy como punk de fato não rola.

O jogo mais Punk que eu conheço é o Regicide. Peso leve, o tema é uma rebelião nas cartas de baralho que querem acabar com a monarquia, e por problemas de mercado está maldito e não pode virar um sucesso comercial.

No BGG um cara sugeriu que os criadores lançassem uma versão print and play para levantar um dinheiro, e eles disseram não: o jogo é literalmente um baralho padrão de 52 cartas e um manual disponível na net.

Sensacional, vou conhecer.

BeatrizAlt::

iuribuscacio::
Caro Rodrigo

Sinceramente, meus parabéns, mais uma vez.

Meu camarada, pelo visto, você não se contentou em ser apenas o pai dos excelentes "Camisa 12", do "É Top", e do "Herdeiros do Khan", que eu acredito piamente que foi a melhor inciativa, até agora, para popularizar os boards games por estas bandas, e diga-se "en passant", na contramão do que fazem as editoras nacionais, mais tradicionais, salvo talvez apenas a Papergames e uma ou outra, até onde eu sei. 

Agora você ainda me sai com mais esse gol de placa, que é esse primor de texto.

Very well done, sir!

Um forte abraço e boas jogatinas.

Iuri Buscácio

   

Copiando o resto, ótimo texto!
Pensei parecido com colega acima, o seu ótimo "Herdeiros do Khan" não poderia ser "o punk"? Afinal, mostrou q se pode ter um jogo inteligente e lndo, por 79 reais, usando materiais mais baratos, mas q cumprem seu papel...

Nunca tinha pensado nisso, será? Logo a Estrela lançando um jogo punk?

Excelente matéria, fantástica analogia.

Não sei se card game vale  nem se vcs concordam, mas acho que o Star Realms vai bem nessa linha do "menos é mais". Um deckbuilding sem cartas raras e caríssimas, com uma curva de aprendizado curta e um potencial de expansão gigante. Pena que aqui no Brasil o jogo parece que não pegou. Se não me engano a Devir lançou apenas o deck básico, não foi?

Hey ho, let's play!