Só joguei Paperback, e não sei direito as regras de Hardback (só sei dessa de todas as cartas poderem ser curinga porque fiquei curioso com sua pergunta e fui ler mais). Em relação a Paperback, na campanha de financiamento coletivo da versão nacional, o tradutor do jogo falou:
> "(...) O próprio Tim Fowers, criador do jogo, me passou suas planilhas de posicionamento e pontuação de letras em inglês, que foram ajustadas e modificadas para permitir que o jogo seja jogado em português com a mesma performance das versões estrangeiras"
Isso mostra que houve bastante estudo sobre a língua inglesa na hora de tomar as decisões na criação do jogo, tanto das cartas duplas quanto das iniciais. Tanto é que o jogo precisou ser totalmente localizado ao vir pro Brasil. Acredito que Hardback tenha recebido um estudo semelhante.
Com base nisso, meu palpite é que numa mesa onde alguns jogadores sabem inglês e outros não, os que sabem vão ter uma leve vantagem, dado que o jogo foi construído pensando neles. Acho que vai ser mais fácil formar palavras em inglês do que português. Mesmo que as cartas possam ser usadas como curinga, elas perdem o efeito, causando certa desvantagem em quem não sabe inglês e tem que sempre transformar W, K e Y em curinga. Por outro lado, nada impede quem não sabe inglês de ignorar as cartas com letras mais complicadas e focar em letras comuns ao nosso idioma. Só jogando pra saber.
Numa mesa que todos vão ter capacidade de pensar em palavras dos dois idiomas, não acho que vai ficar quebrado. Vai acabar se equilibrando.
Acho que vale a pena testar e acompanhar. "Quem sabe inglês, tende a ganhar mais?", "Foi mais fácil fazer palavras em inglês do que português?", "As palavras em português ficaram cheias de curinga?". Se sentir que isso está acontecendo, dá pra pensar em algumas house-rules para bonificar quem está tendo dificuldade.