Desde que postamos o unboxing do Canvas, as perguntas que mais recebemos foram: "Roda bem em 2?"; "Ele é lindo, mas é bom?"
Então vem com a gente conhecê-lo melhor!

Para fazer os quadros, todos devem coletar lindas cartas de arte transparentes e agrupá-las para enfim criar suas pinturas. Ao criar 3 pinturas o jogo se encerra. Em seus turnos os jogadores possuem apenas 2 ações: pegar uma carta de arte ou completar uma pintura, simples assim.
As cartas de pintura são compradas do tabuleiro principal (que é um playmat de pano) em um esquema de draft aberto que se assemelha muito com o do Century: Rota das Especiarias. 
Nele, são abertas 5 cartas onde a primeira é adquirida de graça, mas para pegar as cartas subsequentes, os jogadores devem deixar 1 token de inspiração em cada uma das cartas anteriores.
Os jogadores podem ter em sua mão no máximo 5 cartas de arte e em cada pintura são agrupadas 3 dessas cartas.



Além disso, no tabuleiro também são adicionadas 4 cartas de pontuação que possuem algumas condições especiais que, se atingidas, vão dar fitas coloridas aos jogadores e cada conjunto possui uma pontuação específica no final da partida.
O jogo vem com 12 cartas de pontuação. No manual vem algumas sugestões de combinações dessas cartas dentre combinações simples, normais ou complexas. Mas elas podem também ser selecionadas de forma aleatória. 
Essas combinações são essenciais para o jogo, são elas que ditam se a partida será mais tranquila ou se será mais longa e competitiva.



Além disso, não adianta correr com o jogo e fechar as 3 pinturas primeiro para ferrar o amiguinho e tentar deixá-lo com menos pinturas porque o jogo só termina após TODOS os jogadores finalizarem suas 3 pinturas.
Sendo assim, todo jogo se concentra na forma em que você agrupa suas cartas de arte, cada uma delas possuindo ícones que são responsáveis pela pontuação. As possibilidades de combinações são inúmeras e isso pode gerar um certo AP ao longo da partida.



Que o jogo é lindo todos já sabem, mas roda bem em 2?

Achamos que sim, mas provavelmente em mais pessoas é melhor por conta do draft. Em 2 jogadores as cartas de arte não "rodam" tanto. 
Isso dificulta um pouco porque, às vezes, nenhuma das cartas era interessante pra uma de nós, ou então esperávamos algum símbolo que não aparecia de jeito nenhum. Além disso, algumas vezes deixávamos de comprar alguma carta mais cara só para esperá-la baratear.
Nenhuma dessas situações aconteceria, provavelmente, em um jogo com 4 ou 5 pessoas.

É bom?

A nossa primeira partida foi extremamente rápida, durou cerca de 15 minutos e por termos usado a configuração básica achamos o jogo extremamente simples.
Mas nas partidas seguintes usamos as combinações mais complexas das cartas de pontuação que vem no manual. Com isso o jogo demorou bem mais e ficamos quebrando a cabeça para arranjar combinações boas para as pinturas numa tentativa de combar as cartas de pontuação e isso foi um ponto muito positivo para nós!

O que menos gostamos no jogo foram as cartas transparentes. Elas são maravilhosas sim, mas são PÉSSIMAS para embaralhar porque grudam umas nas outras.
Todas vem com um filme pra protegê-las e nós optamos por não tirar para que as cartas não arranhem por conta do embaralhamento. Mas depois de algumas jogatinas essa película protetora já está saindo.



Canvas é um ótimo jogo de entrada, pela sua beleza, temática e por sua mecânica ser extremamente simples.
E nós curtimos demais jogos em que podemos escolher o "modo" do jogo, tipo se será mais leve ou complexo.
Ele é um daqueles jogos para fazer um esquenta antes de uma jogatina mais pesada, e também é uma ótima opção para jogar em família.