Pode ser jogado de 1 a 4 jogadores com duração média de 90 minutos.
Em Cosmos, os jogadores são
protoplanetas que orbitam uma estrela chamada
Beta Eva.
Essa grande estrela tem uma expectativa de vida de 7 bilhões de anos, por isso, o jogo se passa durante
7 rodadas, cada uma delas representando 1 bilhão de anos. Ao longo desse tempo, os jogadores devem melhorar características do seu protoplaneta, como: temperatura, gravidade, atmosfera e rotação, ganhando pontos de evolução e tornando-o, até o final do jogo, um planeta completo.
O jogo funciona mais ou menos como um deckbuilding, em seus turnos os jogadores baixam cartas, realizam seus efeitos e podem comprar mais cartas que ficam disponíveis em 4 baralhos diferentes no tabuleiro central. Só que diferentemente de outros jogos com essa mecânica, em Cosmos para as cartas voltarem para a mão e poderem ser reutilizadas é necessário baixar uma carta específica chamada "Novo Ciclo", ou seja, é imprescindível gerenciar bem a mão e utilizar as cartas com bastante estratégia, no melhor momento possível. Até porque o jogo é extremamente apertado de recursos.
Cada rodada de Cosmos é dividida em
5 fases: manutenção, fase dos jogadores, fase estelar, fase de translação e fase de ajuste de temperatura.
Na
1ª fase é aberta uma carta de evento que possui diversos efeitos e os recursos são distribuídos no tabuleiro.
Já a
2ª fase é onde os jogadores realizam suas ações. Nela, em turnos alternados, todos escolhem uma carta da mão, baixam, executam seus efeitos, e, se quiserem, podem comprar uma carta aberta dos 4 baralhos disponíveis no jogo. Através dessas ações é possível absorver elementos presentes no tabuleiro e usá-los para realizar melhorias nos protoplanetas. No início da partida, por exemplo, todos realizam 3 ações, porém conforme algumas melhorias são feitas em suas rotações, o número de ações dentro de um turno pode aumentar em até 5. Outra característica é a força gravitacional que quando melhorada permite a absorção de elementos que estão mais distantes dos protoplanetas. Já a melhoria na atmosfera permite que os jogadores ultrapassem alguns limites na trilha de pontuação.
A
3ª fase é a fase Estelar, nela os elementos são atraídos pela
Beta Eva, ou seja, são movidos 1 espaço em direção ao centro do tabuleiro.
Já a
4ª fase é a de translação onde os protoplanetas se movimentam em torno da sua órbita.
A
5ª e última fase é a de ajuste de temperatura, de acordo com as cartas de evento. A maioria delas possuem ícones que causam alterações na temperatura dos protoplanetas. O ideal é que a temperatura esteja equilibrada já que no final isso pode tirar pontos de vitória.
O jogo conta ainda com uma pitada de assimetria dada por cartas de microorganismos. Cada jogador começa a partida com 1 carta. Elas possuem diferentes habilidades e determinam com quais recursos os jogadores irão começar a partida.
Além disso, cada protoplaneta tem uma órbita específica o que dá a eles certas vantagens e desvantagens.
Em nossas partidas de 2 jogadores sentimos que o planeta mais próximo a
Beta Eva,
o azul, sempre conseguia mais recursos do que o que estava mais afastado. Mas com certeza precisamos jogá-lo mais vezes e com mais pessoas.
Cosmos, apesar das regras simples, aparenta ter diversos caminhos para a vitória e já se mostrou bastante difícil de dominar.
Como foi dito anteriormente, durante o jogo são utilizados 4 baralhos diferentes. Em cada partida, 3 desses baralhos se repetem, mas 1 deles pode mudar.
O jogo base conta com 4 desses baralhos variáveis que possuem diferentes características e podem ser escolhidos aleatoriamente antes da partida começar. Isso gera uma maior rejogabilidade ao Cosmos.
Só nesse pequeno resumo, acho que já deu para perceber que o Cosmos é um jogo extremamente temático e achamos incrível como o Diego conseguiu unir tema e mecânica de uma forma única. Dá pra notar que para o jogo ser desenvolvido teve uma série de estudos por trás e muito cuidado em cada detalhe. Por aqui somos muito fãs de astronomia, mas por algum motivo os jogos com temática espacial nunca nos conquistaram (com exceção do Tiny Epic Galaxies).
Mas com o Cosmos foi diferente. Ele nos fascinou! Amamos a experiência de "ser um planeta" e buscar melhorá-lo.
A arte do jogo é linda, as cartas, produzidas pela Copag, são um espetáculo a parte. Diversas vezes nós parávamos de jogar e ficávamos admirando-as.
Ficamos imaginando como o jogo ficará lindo na mesa com os componentes 3D da
Gorilla 3D.
O único ponto negativo fica para o tabuleiro que achamos ele um pouco "lavado", algumas informações são difíceis de enxergar, mas nada que atrapalhe o gameplay.
Regras simples e altamente estratégico, Cosmos é um grande euro nacional!
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