Djow_::Como vocês ensinam esse jogo? Não consigo fazer conexões temáticas e nem sei por onde começar. ESTOU EM PARAFUSO. Me ajudem! kkkk
A galera já deu algumas dicas. Vou tentar ajudar tb com a minha (pouca) experiência.
A primeira coisa a se fazer é seguir a dica no final do manual: nunca jogue em 4 ou 5 jogadores com novatos. Eu iria além,
não jogue em 3p. Se tem 2 pessoas para vc ensinar, jogue com uma e deixe a outra apenas assistindo e aprendendo, ou deixe as duas jogarem entre si. Pode acreditar, já tentei explicar uma mesa cheia e a experiência não é nada boa.
Além disso, três
fortes sugestões minhas:
- Peça para os novatos ignorarem completamente o texto no centro da carta. Na primeira partida explique e jogue apenas a mecânica, e isso já será o suficiente para embananar os pobres gafanhotos.
- Ignore tb a regra das encomendas. São pontos importantes q podem mudar a pontuação de uma partida, mas ela pode ser ensinada em uma segunda oportunidade.
- Ignore também a regra da cobertura. Eu sei, essa é um tanto polêmica pq sem ela a escolha de completar uma carta na ala esquerda ou direta passa a ser irrelevante, e além disso as vendas passam a não fazer sentido no jogo. Mas (pelo menos pra mim) é uma das regras mais confusas para uma 1a. partida. Por hora ensine q cada carta nas vendas dá 1 ponto e se perguntarem "então qual é a diferença de colocar uma obra na galeria ou na loja?" diga apenas q isso depende de uma regra complicada q só um padawan digno saberá
Isso posto, comece a explicação com uma alteração quase imperceptível no "lore" do jogo. Ao invés de vc ser um trabalhador em um Tempo Budista, na verdade ensine q vc é uma especie de "organizador" do Templo e vc tem trabalhadores (cartas na sua mão) que te ajudarão a exibir e vender obras da melhor forma.
Após essa introdução rápida, na minha opinião a primeira coisa q vc deve ensinar de cara é a "nomenclatura" do jogo:
- Fale o lugar onde fica a tarefa (trabalhador da vez), os ajudantes (que ajudarão o trabalhador), a mesa de trabalho (materiais que ajudam os trabalhadores a criar as obras), as vendas (além de obras, seu templo tb vende matéria-prima), e as duas alas: galeria (para exposição) e loja (para vender). Tudo isso sempre apontando o local no "tabuleiro" individual e onde vem escrito, para o pequeno mancebo ir se acostumando.
- Tablado: infelizmente eu preferiria a tradução de "floor" para "chão" (depois de executar sua tarefa, o trabalhador cai no chão, cansado). Mas vc pode contextualizar q no Japão o chão é um tablado bem tratado, tb usado para se dormir, e no jogo é a "mesa", comum a todos os jogadores. Tematicamente falando, vc pode dizer q quando o trabalhador acaba de executar sua tarefa, ele cumpre seu objetivo de vida e se torna a essência do q ele é (vendedor vira o papel usado no contrato de venda, o monge se torna uma pedra, impassível, e por aí vai).
Aí é hora de explicar o fluxo do jogo. Como não há efeitos das cartas, tudo fica bem mais simples, basicamente:
- Limite de 5 trabalhadores na mão (tematicamente, muita gente, muita opinião, pouca objetividade).
- Escolher novo trabalhador para a tarefa.
- Usar os trabalhadores de cada oponente (tematicamente, os Templos Budistas se ajudam).
- Usar o seu trabalhador.
- Pegar os novos trabalhadores que estão prontos e vestidos apropriadamente.
A seguir explique cada um dos trabalhadores. Eu aconselho seguir essa ordem, começando do mais fácil:
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Monge: Com sua paciência e sabedoria, ele consegue motivar um trabalhador exausto do tablado a voltar a trabalhar, agora como ajudante.
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Oleiro: Como um ótimo artesão, ele consegue pegar a essência dos trabalhadores no tablado e usá-la como matéria-prima para as obras, levando-a para a mesa de trabalho.
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Vendedor: Ele é capaz de vender mesmo a matéria-prima ainda bruta (pode aproveitar para enfatizar aqui que cada venda nesse jogo vale 1 ponto, q por hora é suficiente, mas q essa regra é um pouco "diferente" no jogo "à vera").
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Alfaiate: Ele é capaz de costurar novas roupas para os trabalhadores, tornando-os aptos a trabalharem no próximo turno. Boa hora para explicar o conceito e funcionamento da "área de espera".
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Ferreiro: É o grande construtor, um dos trabalhadores mais importantes da época medieval, mas para construir ele precisa que os outros trabalhadores façam a sua parte. Essa é a hora de explicar o conceito de suporte, contando q ele precisa do suporte dos trabalhadores do jogador (na sua mão) para criar uma obra.
Aí, aproveitando a explicação do suporte, é hora de explicar o "criar", onde o trabalhador da vez na tarefa tb usa o suporte, mas da matéria-prima q está na mesa de trabalho. Lembre-se de salientar que o "completar" e o "criar" são, no final das contas oq faz o jogador ganhar o grosso dos pontos, nas alas.
E por último a ação de orar. Qualquer trabalhador, na sua vez, ao invés de trabalhar, pode decidir orar pelo bem do Templo, que pra eles seria ter mais um trabalhador para ajudar nas tarefas.
Por último, basta lembrar q cada trabalhador pode potencializar a sua ação caso tenha ajudantes (tanto o seu trabalhador quanto do oponente), explicar q o jogo termina qdo os trabalhadores acabam ou alguém faz 5 obras em uma ala e finalizar com a pontuação final, que nessa versão "capada" será apenas:
- Valor de cada obra nas alas.
- 1 ponto para cada venda.
Assim acredito q tudo encaixa bem na temática e tem uma linha lógica para entendimento do jogo pela primeira vez. Aí numa segunda partida, acrescente a cobertura e as encomendas, mas ainda não os efeitos das cartas, deixe isso para uma terceira partida, se ninguém fugir antes

Boas jogatinas e #joguemaismottainai