Relato de Sessão Nº 01:
Nosso negócio é apresentar jogos e espalhar amor.
Como parte de nossa ida ao Diversão Off-line, minha esposa e eu pusemos finalmente nossas mãos no Gunrunners, lançamento fresquinho da Pensamento Coletivo. E aqui estou eu para dividir minhas impressões das primeiras partidas do jogo, a reação dos demais participantes, e comentar a aplicação das mecânicas do jogo.
O que é o Gunrunners? Jogo lançado originalmente em 2013 pelo americano Steve Finn (também autor de Biblios), com arte da brasileira Raffaella Ryon e projeto gráfico do também brasileiro Filipe Cunha.
Como rola o jogo? Em uma partida de Gunrunners, cada jogador representa uma agência internacional e, alternadamente, envia seus agentes (cartas) para as várias regiões do jogo, onde, por meio de rolagem de dado, vão sendo colocados cubos representando carregamentos de armas. Esses agentes podem ser colocados secretamente, isto é, virados para baixo, ou serem expostos por outros jogadores, quando são virados para cima. Quando uma região tem quatro agentes expostos, uma batida acontece, e, então, as caixas são distribuídas de acordo com os valores das cartas alocadas pelos jogadores. O jogo acaba após a sétima batida e o jogador com mais pontos (caixas) vence!
Alguns agentes têm habilidades especiais que são resolvidas quando eles são expostos! (o jogo lançado pela Pensamento Coletivo já está em Português)
(Crédito da imagem: lucasaresende, Ludopedia)
Objetivo do relato de sessão não é dar uma explicação detalhada das regras. Para saber em detalhes como o jogo funciona, dê uma olhada nos gameplays do Igor Knop, do On Board ou do Jack Explicador.
Investigação em andamento! À direita das regiões: agentes expostos.
(Crédito da imagem: lucasaresende, ludopedia)
Vamos à Sessão:
2 partidas com 3 jogadores – Este que vos escreve, André, jogador com certa experiência em boards, e Eduardo, jogador iniciante.
Primeira Partida:
A primeira partida começou com André ganhando boa vantagem sobre nós, usando bem suas cartas altas no início e explorando as habilidades dos agentes. Aqui cabe uma nota sobre curva de aprendizado: André tem boa experiência com Smash up, jogo que também utiliza controle de área por cartas, e isso o ajudou bastante. Do meio para a frente, Eduardo e eu demos boa encostada, mas não o suficiente para impedir a vitória do André!
Em Gunrunners, o jogador que está jogando deve deixar o dado à sua frente. Já que a ação de um jogador pode exigir decisões de outros participantes (ativar habilidades dos agentes). Isso pode levar àquela pergunta: “de quem é a vez mesmo? ” Tivemos um pouco disso na primeira partida.
Resultado: André – 23; Eduardo – 20; Vinnie – 19
Lição da primeira partida: Controle bem suas cartas altas. Se usá-las no início, seu final será difícil. Vide o André...
(Crédito da imagem: Vinnierj, ludopedia)
Segunda Partida:
O fim da primeira partida foi seguido por um uníssono “vamos jogar de novo!!!!”, acompanhado de um breve comentário/ameaça do Eduardo para o André: “agora te pego! ” E ele cumpriu a ameaça; aliás nós dois acabamos dedicados a “caçar” o André. Aqui uma nota sobre o meta-jogo: o André tinha ganhado o jogo que tínhamos jogado antes de começar Gunrunners. Então, acho que rolou aquele pensamento de “não vamos deixar esse cara ganhar tudo hoje...” Hehehe.
A partida começou mais estudada e com mais fluidez. Todo mundo deixando o dado à frente para não confundir. Batida após batida, avançávamos quase juntos em pontos. Mas, para horror do Eduardo, o resultado foi o mesmo. Dá-lhe André!
Resultado: André – 24; Eduardo – 17; Vinnie – 16
Lição da Segunda Partida: Momento crucial do Gunrunners, quando o Diretor é revelado – carta mais à direita – e a única carta do André (seis vermelho) vai ser chutada para fora da Região no exato momento da batida.
(Crédito da Imagem: Vinnierj, ludopedia)
Impressionou a compreensão e o engajamento total do jogo por parte do Eduardo, nosso novato, e como o Gunrunners, muitas vezes classificado como micro-game, tem espaço para para acomodar uma análise mais profunda, como foi o caso do André. Gunrunners tem tudo para ser um gateway muito presente nas mesas brasileiras. E eu perdi miseravelmente... mas não vou ficar chorando não. Até a próxima! Obrigado pela leitura!
Notícia importante:
Gunrunners inicia uma série de jogos da Pensamento Coletivo, a “Small Box”, que já tem um segundo título para 2016. MasKmen, um jogo de vaza com temática wrestling.