Ilha dos Gatos é um jogo estilo Tetris de alocação de peças em que os jogadores devem tentar resgatar os gatos da ilha antes que o “temível” pirata Vesh Darkhand chegue para destruir a ilha e o mundo, lançado via kickstarter e agora no Brasil chega pela Meeple BR.
O objetivo é conseguir fazer o máximo de pontos em 5 rounds, se consegue isso através do posicionamento dos gatos e tesouros dentro do seu barco. A pontuação é um trabalho basicamente de evitar perder pontos, seja por cômodos incompletos ou ratos visíveis e também completar as lições (objetivos) que dão mais pontos ao final do jogo.
Cada gato não tem uma pontuação específica, mas podem formar famílias conforme a quantidade de gatos se tocando, além disso existem os gatos Oshax que são uma espécie de coringa que ajudam a aumentar a família felina com o passar do jogo.
Temos também os Tesouros Raros que dão 3 pontos ao final e os tesouros comuns que servem mais para tapar aquele buraquinho que ficou descoberto e tentar evitar perder pontos no final.

Ilha dos Gatos tinha tudo para ser um tile placement simples, e até consegue isso um pouco com o seu modo família, mas a complexidade e mecânicas extras parecem estar mais jogadas em cima só para não se perder na multidão de outros jogos iguais.
O draft de cartas é bem desnecessário mas compreensível, já que a quantidade de recursos “extras” na rodada fica completamente na mão desse draft e da sorte, por que todo mundo sempre recebe os mesmo 20 peixes independente da performance no jogo. O custo em peixes para compra dos gatos é algo que não tem razão alguma de serem divididos entre 3 ou 5 a não ser o fator aleatório de sorteio do saco o que fica meio estranho.
O jogo possui mais dois modos além do clássico. A versão família que tira o draft de cartas e o custo dos gatos tornando ele um jogo mais simplificado e a versão solo que introduz a irmã má do jogador que com dois decks de cartas que removem gatos e dão uma atrapalhada na sua estratégia, isso causa mais raiva que o próprio vilão do jogo.
Esse que fica meio perdido no meio da história, como uma ameaça sinistra de plano de fundo que nunca chega. Ele é um vilão com objetivos de destruição mundial que não passa medo ou urgência em correr atrás de salvar os gatos e faz pensar que talvez, só talvez, fosse melhor um jogo sobre parar ele de uma vez por todas. Por temática daria na mesma se ela fosse sobre uma senhora solteirona querendo povoar o quintal de casa com gatos e se fazer valer do clichê.

Ilha dos Gatos é um jogos estratégico o suficiente para quem curte um jogo mais pesado enquanto também acha lugar para os não gamers se divertirem, com a pegada tetris dá uma cara de quebra cabeça e sentimento de segurança em já ter jogado algo parecido sem levar um enxurrada de ações e mecânicas. Com duração de uma hora a uma hora e meia não cansa e sempre dá vontade de dar um pulinho para visitar os bichanos novamente.
Ficha Técnica:
Editora: Meeple BR
Designer: Frank West
Mecânicas: Colecionar Componentes, Colocação de Peças, Reconhecimento de Padrão, Seleção de Cartas
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