Conde_dl::Agradeço o texto de despedida (que espero que não o seja).
Eu que fico sempre feliz por receber contribuições tão bem trabalhadas quanto as suas entre os comentários nos meus textos.
Já deixo claro que definitivamente não é um texto de despedida. Eu disse que eu gostaria de terminar o ano com um texto sobre jogos, pode não ser esse o texto. Eu ainda posso escrever outros, estou quase de férias no mestrado, o ano ainda não acabou

. Fora que é "terminar o ano", não "terminar o canal". Acho que esse canal já teve emoções demais para uma semana. Vamos voltar ao básico. Sempre que possível, voltarei a escrever de forma saudável.
Sobre o seu relato, muito rico em detalhes e interessante a sua perspectiva. Pueblo já foi um dos meus santos Graais também. Um jogo abstrato deveras criativo na forma de explorar o aspecto tridimensional das peças. Infelizmente, em virtude de sua raridade (leia-se preço), acabei deixando o sonho escapar. Acredito, inclusive, que parte do fascínio que eu alimentava sobre o jogo vinha justamente em função de seu aspecto inalcançável. Colocando de outra forma, se esse jogo vendesse aos montes no Brasil, talvez ele não me chamasse tanto a atenção assim.
É mais ou menos o que eu percebo com jogos como o El Grande, mas com uma dimensão um pouco menor por serem minimamente mais acessíveis do que Pueblo, por exemplo. Você consegue encontrar esse jogo vendendo por aqui algumas vezes por ano, às vezes mais de um ao mesmo tempo. A reflexão que aqui me proponho a fazer, inspirado nessa questão, é:
Se o El Grande, objeto desse
review em particular, fosse ainda assim um jogo clássico, mas com uma tiragem nacional elevada, digamos um Carcassonne ou Catan, será que ele ainda despertaria o interesse e o fascínio de tantos? De maneira alguma diminuindo o brilhantismo presente nas mecânicas que compõem o jogo, isso é inegável. Onde eu quero chegar, todavia, é que eu tenho a impressão de que muita gente "quer" esse jogo, mas por motivações não muito claras, e a resultante disso é um choque de realidade ao se abrir a caixa, jogá-lo e enfim perceber que não era aquilo tudo que eles pensavam esse tempo todo.
É apenas a minha impressão, por isso deixo a minha contribuição com esse
review bastante extenso no intuito de tentar trazer o máximo de informação possível, nesse sentido, mas sem dar a entender que eu estou apenas jogando o manual na cara da pessoa. Obviamente, se o leitor quisesse ir a fundo a fim de esclarecer essa dúvida, ele poderia ir direto à fonte. Justamente por isso me propus a tentar uma abordagem intermediária entre o manual e o
review.
Eu gosto de controle de área. Não é uma das minhas mecânicas favoritas, já tive mais jogos de controle de área na minha coleção. El Grande se mantém por uma série de aspectos citados em meio ao texto (cubinhos, Espanha, arte histórica, mecânicas bem amarradas, eu realmente gosto disso tudo), mas reconheço que, quando eu fiz uns cortes na minha coleção nessa pandemia, um dos critérios inconscientes que me levaram a manter certos jogos era justamente o fator raridade. Eu vendi alguns jogos que não são vendidos no Brasil, mas o pensamento vigente foi "se eu me arrepender, ainda é razoavelmente fácil de encontrá-lo de novo". Não me arrependi de ter passado adiante nenhum deles e talvez não me arrependesse de passar o El Grande também. Como disse, não é como se não houvesse outros controles de área igualmente interessantes por suas respectivas razões e controle de área nem chega a ser uma das minhas mecânicas favoritas, como disse a princípio.
Atualmente eu trafego mais entre jogos econômicos (empréstimo, flutuação nos preços, mercado de ações, etc.) e engine building (deck building, bag building e afins).