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  3. El Grande
  4. El Grande ( ͡° ͜ʖ ͡°) (inclui certificado)

El Grande ( ͡° ͜ʖ ͡°) (inclui certificado)

El Grande
  • avatar
    LuisPerdomo12/12/20 22:13
    avatar
    LuisPerdomo
    12/12/20 22:13
    639 mensagens MD

    [Aviso: este review não é recomendado para jovens menores de 18 anos. Contém: história e desmatamento]

    Primeiramente, devo-lhes pedir perdão, pois esse é sem dúvida mais um review recheado de vieses, jovens. Antes de chegarmos aos vieses propriamente ditos, vamos a uma contextualização histórica. 

    El Grande é ambientado na Espanha, século XV, época em que cubinhos disputavam ferrenhamente o controle dos territórios mais prósperos e, por isso, extremamente valiosos.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/cc68a_b346lh.png

    “Valiosos de que maneira?”

    Indaga o jovem curioso. 

    “Ouro, terras férteis, água?”

    Muito mais sério do que isso, jovens. Pontos de vitória.

    Aqui começa o primeiro viés. Meu tata...taravô Perdomo fugiu da Espanha, apavorado com as atrocidades geradas pela guerra cúbica espanhola.

    Seu destino?

    Isso mesmo, “jóvenes” (jovens). “Brasil” (Brasil). Meu Brasil brasileiro.

    - ¡Hay muchos cubos!

    Ele disse. E eu traduzo: “Existem muitos cubos”. Foram essas as suas últimas palavras. Eu lembro muito bem, eu segurei sua mão enquanto ele dizia (naquela época podia porque ainda não tinha Covid).

    A ganância pelos pontos de vitória fez com que “los cubos” (os cubos) deixassem de lado sua natureza pacífica e caíssem na porrada (“¡peleando mucho!”). Era o pior dos tempos, jovens.

    Se não fossem por essas tristes páginas escritas no grande livro da história da humanidade, hoje eu não estaria aqui para passar a palavra adiante, jovens.

    El Grande revive esse período tenebroso do nosso passado com um dos propósitos mais nobres de se estudar história: para que os erros do passado jamais sejam repetidos.

    Imagino que vocês já tenham reparado, um jogo repleto de tema, como eu sei que vocês gostam.

    “Luis, o meu El Grande tem meeples no lugar de cubos!”

    Jovem, na boa, saia do meu texto agora! Apenas saia. Você não merece estar aqui!

     “Mas…”

    “Get out!” (“¡vaya!”) [vaza daqui, menor!]

    O segundo viés vem por parte da minha namorada, mais precisamente o pai dela. Meu sogro tem 1,95 m de altura. Ele é conhecido em suas redondezas como “o grande”. 

    Talvez você não manje muito de espanhol, jovem, mas não tem problema. Exatamente por isso tomei o cuidado de colocar todas as traduções em meio às palavras estrangeiras no decorrer do texto. Acontece que em português “El Grande” significa “O grande”. Coincidência? Eu acho que não, ¡jóvenes!

    Eu não tenho por que não gostar desse jogo. É muita imersão. Agora, fica aqui a questão pairando no ar: e você? Será que esse jogo é para você, jovem leitor(a)?

    El Grande - 2 a 5 jogadores


    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/91787_b346lh.png


    (Eu tomei a liberdade de censurar o peão do Rei porque sua imagem original poderia chocar pessoas mais sensíveis. El Grande foi criado em 1995, naquela época os jogos não eram ambientalmente sustentáveis. Você ficaria estarrecido(a) ao saber a quantidade de madeira dedicada na produção de uma única peça. Preferi não mostrá-la a fim de preservar os jovens leitores.)

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/e1188_b346lh.png


    Feita a denúncia, vamos às mecânicas do jogo.

    Assim como na Espanha do século XV, como muito fielmente reproduzido pelo jogo, confrontos bélicos eram decididos por cartas de ação. “Como eu acesso essas cartas de ação?”, você me pergunta. Percebe-se que o(a) jovem dormiu bastante nas aulas de história. É mais do que óbvio que são com cartas de poder, naturalmente. 

    “Ahh…”.

    Esses são alguns exemplos de cartas de ação:

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/2a814_b346lh.png


    “Ah, que legal! O jogo é em português!”

    Nana nina não, jovem. O jogo é em alemão, como na Espanha. Esses são paste ups facilmente encontrados na própria Ludopedia. Existem versões do jogo em inglês também, mas nesse caso você estaria simplesmente cometendo um assassinato histórico. Não se fala inglês na Espanha. D’oh!

    Essas são algumas das cartas de poder:

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/1d81f_b346lh.png



    Note que tanto as cartas de poder quanto as cartas de ação apresentam um ponto em comum: esses pequenos jovens aprisionados em quadrados. Você não consegue vê-los em sua essência porque cartas são basicamente componentes em 2D. Na realidade, eles são cubinhos. Você que não dormiu na aula de geometria sabe muito bem que cubinhos são formas em 3D. Há aqueles que discutem se 2D é melhor do que 3D, mas isso é papo para aquela galera que curte uns desenhos japoneses esquisitos, esses negócios assim. Isso é papo para o Rising Sun, aqui é El Grande. Não percam o foco, jovens!

    “Luis, cubinhos são pessoas?”

    Jovem, cubinhos são o que eles quiserem ser. Aqui não tem preconceito geométrico, jovem. Respeito, por favor.

    Tudo bem, você viu um monte de cartas, aprendeu mais história do que em todo o ensino médio e ainda não entendeu a dinâmica do jogo. Tudo que você compreendeu é que pessoas, assim como cubinhos, merecem respeito.

    As cartas de poder variam de 1 a 13 (nós não vamos discutir política aqui, jovens). Cada jogador possui um conjunto dessas mesmas cartas, apenas variando a cor para cada um deles. Quanto maior o número na carta, menor o número de pessoinhas aprisionadas em quadradinhos. No espaço individual de cada jogador, há duas áreas onde seus cubinhos ficam distribuídos: a província e a côrte. Na côrte estão à sua disposição os cubinhos que podem ser diretamente colocados no tabuleiro. Os cubinhos que começam na província (a maioria deles) devem ser levados para a côrte primeiro e somente aí eles ficarão aptos para uso. Fazendo uma analogia com futebol, ou o jovem millennial não entende, o tabuleiro é o campo, na côrte estão os jogadores se aquecendo para entrar em jogo e na província estão os jogadores do banco de reservas. Você não pode levar o jogador do banco diretamente para o campo sem aquecimento, se não ele fica com câimbra. (Até parece, esses jovens mais juvenis hoje em dia nem assistem futebol. Geração leite com pêra. É tudo Tik Toks, irmãos Neto, FreeFire, Baby Shark… saudades dos anos 90… uba uba uba ê).

    “Luis, já me perdi!”. Volte, jovem. Foco aqui. Você tem os cubinhos no aquecimento (côrte), prontos para uso, e os da reserva (província). Como eu levo os cubinhos da reserva para o aquecimento? É o número de pessoinhas emolduradas na sua carta de poder. Exemplo: Enzo escolheu a carta 6 na vez dele, então ele leva 3 cubinhos da reserva para o aquecimento. Repare que quanto maior o número da carta, menor o número de pessoinhas.

    E para que serve o número da carta? Quanto maior for o seu número, antes você jogará. Números altos fazem com que você jogue na frente dos números menores, mas você provavelmente terá menos cubinhos à sua disposição para serem colocados na mesa.

    “E se duas pessoas colocarem o mesmo número, Luis?”

    Não pode. Se você escolheu um número, ninguém naquela rodada pode escolher aquele número. Assim é garantido que não haverá empate na definição da ordem dos turnos.

    Definida a ordem dos turnos, jogadores escolhem então as cartas de ação que desejam jogar naquela rodada. Ah, eu já falei que o jogo tem um número fixo de rodadas? Toma essa, War! Na partida completa são 9 rodadas de ação intercaladas com 3 rodadas de pontuação.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/b28a0_b346lh.png


    Essa é uma típica carta de ação. Vamos analisá-la. Repare que na parte inferior da carta tem mais um jovem aprisionado entre quatro linhas. Nesse caso, isso significa que você poderá levar um de seus cubinhos do aquecimento para o jogo, finalmente. Além disso, tem um efeito nessa carta. No caso, o efeito é esse aí que está escrito. Como os jovens de hoje em dia não gostam de ler, eu vou ler para você: “Mova quaisquer 4 Caballeros no Tabuleiro!”. 

    Você escolhe a ordem das ações que quer executar. Na realidade, se você quiser, você pode simplesmente optar por não executar a ação da carta, isto é, provavelmente pegando essa carta apenas para negá-la aos seus oponentes. Caballeros é um nome hispânico gourmet alemão para cubinhos. Vamos ficar com cubinhos por razões evidentes. Nesse caso, você pode mover cubinhos seus e dos seus oponentes. Em outras palavras, você pode mover seus cubinhos para um lugar melhor e os cubinhos dos seus oponentes você move para algum lugar zoado qualquer, tipo o Brasil. Mentira, não tem Brasil no tabuleiro. Por falar nisso, acho que já está na hora de te mostrar o tabuleiro.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/10176_b346lh.png


    Como previamente mencionei na seção histórica, naquele século, a Espanha estava segmentada em regiões, divididas conforme os pontos de vitória que cada terra era capaz de oferecer. El Grande é um controle de área no sentido mais puro da palavra: se você tem mais cubinhos do que os demais confrades, você pontua mais. Esse é o tipo de jogo que fica mais interessante com mais pessoas, por exemplo 4 jogadores, pois assim, todos os três segmentos de pontuação em cada território são considerados. Com 3 jogadores, apenas os dois maiores números em cada território serão considerados, e com 2 jogadores, apenas a maior pontuação em cada território é levada em conta.

    Se porventura dois ou mais jogadores empatarem em número de cubinhos naquela região, eles pontuam a pontuação subsequente e assim sucessivamente. Exemplo: em Valência o primeiro jogador em número de cubinhos fica com 5, o segundo com 3 e o terceiro com 1. Digamos que na rodada de pontuação Enzo, Xandão e Bob Esponja tenham 4 cubinhos cada e Cazalbé tenha apenas 3 nessa região. Ninguém marca os 5 pontos da primeira posição, os três primeiros empatados ficam, na verdade, com 3 pontos cada (a segunda colocação) e Cazalbé fica com a terceira colocação, marcando apenas 1 pontinho. Pobre Cazalbé, dormiu na praça.

    Repare lá em cima que há cartas de ação com pessoinhas aprisionadas em quadradinhos que variam en quantidades de 1 até 5. Essas cartas de ação são divididas em cinco pilhas, respectivamente, uma pilha para cada número de quadradinhos ao fundo. Ao final de cada rodada, mesmo que não utilizadas, todas essas cartas são descartadas e uma nova carta vinda de cada pilha é disponibilizada de forma aleatória. Todas menos uma:

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/66bf5_b346lh.png


    Esse manolo aqui. O rei. Sei que você ficou na dúvida entre ele e o Pelé na hora de clicar no link. Podia ser qualquer um dos dois, mas você só saberia ao clicar. É o hyperlink de Schrödinger. Muitos jovens não entenderão essa piada. Millennials...

    O rei é uma das cartas mais interessantes do jogo e, como disse anteriormente, essa carta está disponível durante todas as rodadas do jogo. Primeiramente porque ela é a única carta que lhe permite enviar até 5 cubinhos do seu aquecimento para o jogo. Você já reparou no exemplo acima que ter mais cubinhos do que seus amigos é importante pois é isso que lhe concede os valiosíssimos pontos de vitória, que valem mais do que dólar. O que eu não te falei ainda é como aquele peão de tamanho inapropriado funciona.

    Curto e grosso, na região onde o rei se encontra, ninguém entra e ninguém sai. Ninguém mexe ali. Contudo, se tratando desses quadradinhos que ficam no fundo das cartas de ações, jogadores só podem colocar seus respectivos cubinhos em regiões adjacentes à região do Rei. Uma última coisa, sempre que a região onde o rei se encontra for pontuada, se um jogador ficar em primeiro isolado (empates não contam), ele ganha 2 pontos adicionais. Parada obrigatória para meme da Nazaré bolada com a matemática aqui.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/3c983_b346lh.png


    Vamos ilustrar a situação com outro exemplo prático. Digamos que o jovem Cazalbé tenha escolhido a carta do Rei na sua vez. Se ele quiser impedir que os jogadores interajam com alguma região em particular porque isso o prejudicaria, ele pode então decidir por colocar o Rei ali. Lembrem-se, ninguém entra e ninguém sai enquanto o Rei estiver ali. Colocando de outra forma, na região do Rei, a única coisa que você pode fazer é tirar o Rei dali usando a própria carta do Rei. Em seguida, ele pode colocar seus 5 cubinhos distribuídos entre as regiões adjacentes (ou no castelo, mas falaremos disso depois).

    Continuando o exemplo: Outra possibilidade para o menino Cazalbé seria, ao invés disso, colocar primeiro seus até 5 cubinhos em regiões adjacentes à do Rei e depois movê-lo para outro lugar qualquer (Guaporé, Guaporé). Possivelmente algum lugar onde ele garanta que as novas adjacências do Rei não afetarão a vantagem numérica de seus cubinhos. Na realidade, analisando o estado da mesa, a situação se desmembra em uma árvore de possibilidades, partindo de “movo o Rei primeiro ou já coloco os cubinhos?” para “para onde eu movo o Rei e por quê?”. 

    É importante salientar que, ainda que você possa escolher a ordem das ações contidas na sua carta, você deve sempre completá-las por inteiro, isto é, você não poderia começar a colocar uns cubinhos, parar no meio, executar a ação principal e então continuar de onde parou ao colocar os cubinhos no mapa, por exemplo,
    São sempre ações relativamente simples como: “pontue essa região”, “mova cubinhos”, “remova cubinhos”, “acrescente cubinhos”, etc., mas são as implicações de cada escolha que fazem com que esse jogo ainda tenha relevância até hoje. No começo de cada rodada, quando as novas cartas são reveladas em suas respectivas pilhas, os jogadores devem ter em mente cenários de tomada de decisão como: “Quantos cubinhos eu tenho disponíveis para jogo? Devo começar com uma carta de poder de alto valor e garantir uma ação mais forte ou seria melhor eu aumentar a minha disponibilidade de cubinhos para as próximas rodadas, assim eu terei mais flexibilidade nas escolhas seguintes?”.

    Entretanto, se tratando justamente da rodada seguinte, quem começa decidindo a primeira carta de poder? O primeiro a decidir é importante, se ele escolhe a maior carta, ninguém mais poderá escolher o mesmo número que ele e assim ele garante que poderá escolher a ação que desejar. O momento de usar a carta de poder de valor mais alto (13) é crucial. É uma vantagem competitiva enorme, se usada no momento certo. Obviamente todos pensam a mesma coisa que você, partindo do pressuposto que todos estão em um mesmo nível em termos competitivos. Bom, na primeira rodada isso é decidido aleatoriamente, mas da segunda rodada em diante, o jogador que ficou por último na rodada anterior será o primeiro a escolher a carta de poder. “Os últimos serão os primeiros”. Na maioria dos casos essa máxima não se aplica, mas aqui até que isso é verdade. Os demais jogadores seguem escolhendo suas cartas de poder no sentido horário.
    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/c72a4_b346lh.png

    Muita teoria, você deve estar cansado(a). Aprecie esses nachos kawaii por um tempo. 

    Agora você já sabe quase tudo, jovem. Eu sei que são muitos detalhes, mas falta pouquinho. No final deste curso, você vai ganhar um certificado, prometo. Tenho certeza que você vai ficar tão feliz quanto o pessoal da capa desse jogo:

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/84ad2_b346lh.png


    Esse semblante que você nota nos nossos nobres confrades espanhóis se chama satisfação. Perceba a alegria de viver presente no olhar obstinado desses desbravadores do novo mundo. Uma obra de arte. Arte é algo extremamente relativo, pessoal, subjetivo e frequentemente supervalorizado de forma artificial ao longo da história, inclusive nos dias de hoje, com o objetivo fundamental de se lavar dinheiro. Não está mais aqui quem falou. 

    Uma obra de arte, jovens.

    A essa altura do campeonato (“reserva”, “aquecimento”, “futebol”, entendeu o trocadilho, ein?, ein? - estou fazendo aquele lance do trocadilho com os dedinhos, mas você não está vendo) você deve estar se perguntando: “cadê o tal Grande que dá nome ao jogo?”.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/0f08f_b346lh.png


    Jovem, Grande. Grande, jovem. Agora vocês estão devidamente apresentados.

    Se você não reparou que a carta com 4 carinhas lá em cima faz menção ao tal Grande, você não pode jogar esses jogos de dedução, jovem. Você fracassou no teste. Não se preocupe, jovem, você ainda ganha o certificado se chegar até o final deste texto. Você fracassou no teste da dedução, jovem...
    Na preparação do jogo, cada jogador começa em uma região definida aleatoriamente com dois de seus cubinhos e o seu respectivo “Grande” (ou simplesmente Grande em português).

    “Só agora que você fala desse detalhe do setup?!”

    Ah, jovem, isso aqui não é um tutorial…

    “Mas você falou que tem um certificado e tudo!”

    E onde você já viu um tutorial oferecendo certificado? Eu, hein! Isso aqui é um curso credenciado, jovem. É outra pegada. Voltando...

    Apenas um breve esclarecimento quanto à terminologia usada aqui, nós temos os cubinhos (erroneamente chamados de “Caballeros”) e um cubinho grande (também conhecido como Grande). Note que eu disse claramente “cubinho grande” e não “cubo”. São coisas completamente diferentes. Um cubinho grande não necessariamente faz um cubo!

    Lembrem-se, cubinhos são o que eles quiserem ser. Eles podem ser cubos ou cubinhos grandes, mas não cabe a você decidir. Aqui tem respeito.

    Ok, e o que esse tal Grande faz? Ele também vale 2 pontos adicionais para o jogador daquela cor sempre que ele pontuar em primeiro de forma isolada na região onde seu Grande se encontra. É fundamental ressaltar que o Grande não conta para a contagem da maioria de cubinhos na região!

    “Por quê?!”

    Porque ele não quer, jovem. Respeito, já falei. 

    Exemplo prático: Bob Esponja tem um Grande e 3 cubinhos em uma região, Cazalbé tem 2 cubinhos, Enzo e Xandão estão empatados com 1 cubinho cada. Aquela região é pontuada. Bob Esponja recebe a pontuação máxima + 2 pontos extras por ser o primeiro na região com seu grande. Cazalbé recebe a segunda maior pontuação. Enzo e Xandão ficaram empatados em terceiro, pela regra, eles ficam com a pontuação subsequente, que não existe, pois não existe um “quarto lugar” nas distribuições de pontuação por área. Se, por acaso, nessa mesma região também tivesse o pino do Rei, Bob teria +2 pontos adicionais, além dos 2 pontos fornecidos pelo Grande.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/82a2d_b346lh.png


    Essa é aquela carta lá de cima que interage com o Grande (a essa altura eu vou deixar a pronúncia em espanhol mesmo, jovem) e eu sei que você não reparou. Não minta para mim, jovem. Essa carta faz com que você possa mover seu Grande para outra região mais vantajosa. É possível ter Grandes de jogadores diferentes em um mesmo território, mas eles só contam o possível bônus para suas respectivas cores. Um detalhe ainda não mencionado é que, se tratando do efeito principal da carta, ao mover cubinhos ou o Grande, como nesse caso, você pode movê-los para qualquer região e não somente as regiões adjacentes à do Rei. Você ainda não pode movê-las para a região do Rei dessa maneira. A região do Rei é tipo “You shall not pass!” (¡No puedes pasar!).

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/07e75_b346lh.png


    Outra carta com quatro quadradinhos no canto que merece nossa atenção aqui é essa da figura acima. Com ela, você pode literalmente mudar a forma como uma região é pontuada, como demonstrado na figura seguinte:

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/a8a39_b346lh.png


    Há dois pequenos tiles de pontuação que podem ser usados para encobrir a pontuação original de uma região a partir do uso dessa carta. Um deles (imagem: [4, 0, 0]) serve para piorar a pontuação de uma região. Somente o primeiro ganha 4 pontos e nada mais para os demais. É esperado que você use esse tile sobre a região de outro coleguinha que está na frente no placar. O outro tile [8, 4, 0] dá uma pontuação bem gorda para o primeiro colocado, mas use-o com moderação. Você nunca sabe quando alguém vai tirar a sua maioria e te deixar em segundo com medianos 4 pontinhos. Com grandes tiles vêm grandes responsabilidades.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/deaff_b346lh.png


    Há uma série de outras cartas interessantes que merecem nossa atenção, mas para este curso eu vou parar por aqui na carta de Veto. Acho que vou deixar o restante como tarefa de casa. Não se preocupem, não vai valer ponto.

    “Ah, se não vale ponto, então nem vou fazer! hueuheuhue”

    Ah, essa juventude transviada…

    Para quem joga Magic, essa é bem fácil. Trata-se da “contramágica” do El Grande. Coincidentemente a carta contramágica tem custo 2 e a carta de Veto tem 2 quadradinhos no canto. Coincidência? Eu acho que não.

    É o que está escrito na carta, jovem, dessa vez não vou ler para vocês, senão vocês ficam mal acostumados. Até a próxima rodada, você tem o poder de cancelar o efeito principal de uma carta de ação à sua escolha (não o efeito secundário de colocar os cubinhos segundo o número de quadradinhos naquela carta). Essa carta tem um efeito psicológico fantástico porque outros jogadores podem ficar receosos de pegar uma carta com o efeito muito forte, uma vez que eles sabem que você pode decidir cancelá-los. Hoje a gente cancela coisas com o uso das redes sociais, mas naquela época era assim que fazíamos, jovens, com a carte de Veto.

    Finalmente, conforme o prometido, vamos falar do “Castillo” (Castelo), Eu falei lá em cima em algum lugar que há 9 rodadas de ação e 3 rodadas de pontuação. Cada rodada de pontuação ocorre ao final de três rodadas de ação consecutivas. Eu também mencionei em algum lugar no meio dessa massa de texto que você pode colocar seus cubinhos em regiões adjacentes à região onde se encontra o Rei ou colocá-los no Castelo. Cubinhos que são movidos pelos efeitos de cartas também podem ser depositados no Castillo dentre as opções. Eu sei que falei, eu apertei um Ctrl + F e confirmei. A diferença é que muito provavelmente o(a) jovem ficou confuso(a) porque não sabia que castelo é “castillo” em português. Pegadinha. Dessa vez eu coloquei ao contrário. Era só para saber se vocês estavam acordados. Mentira, vocês já estão todos no celular vendo seus Tik Toks enquanto eu estou aqui falando sozinho…

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/b22c0_b346lh.png


    Essa estrutura é tão grande que não faz nem mais sentido eu censurar o Rei lá atrás. Virou bagunça, jovens. Perdoem-me. Eu vou botar uma classificação indicativa lá no começo do texto. Muita madeira consumida nesse jogo. 

    Press F to pay your respects to the dead trees.

    F

    Para falar do Castillo, eu preciso falar também da rodada de pontuação. Sempre que você opta por colocar um ou mais cubinhos no Castillo, você literalmente os joga dentro dessa base de madeira. Eles vão se acumulando à medida em que os jogadores decidem depositar seus cubinhos dentro dele e ficam ali escondidos até a rodada de pontuação. Jogando conforme as regras originais, é preciso ter uma certa memória sobre quantos cubinhos de cada jogador estão ali dentro. Na versão online, por exemplo, existe a opção de manter o número de cubinhos no Castillo visível para todos.

    “Ou ainda, você poderia simplesmente jogar sem a estrutura de madeira do Castillo...”

    Não, jovem, simplesmente não. Muitas árvores morreram para que tivéssemos esses Castillos. 

    F.

    Sem mencionar que é muito legal jogar os cubinhos lá dentro, hehehe ^^. Eu diria que você pode anotar sempre que alguém coloca os cubinhos ali (a quantidade depositada deve ser anunciada pelo jogador), mas isso tiraria um pouco da graça do jogo para aqueles que gostam de (tentar) confiar na memória.

    Muito bem, chegamos na tal rodada de pontuação, e agora? A primeira coisa coisa que todos fazem é selecionar secretamente uma região com esses discos:

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/ca386_b346lh.png


    Feito isso, o Castillo é enfim revelado. Tam dam daaam! (sonoplastia).

    O Castillo conta como uma região considerada para a pontuação como todas as outras. As maiorias são checadas e pontos são distribuídos conforme explicado anteriormente.

    Nesse momento, todos os jogadores revelam seus discos indicando as regiões previamente escolhidas. Todo mundo que tinha cubinhos no Castillo deve movê-los para as regiões escolhidas nos discos e aí que as outras regiões são finalmente pontuadas uma a uma seguindo aquelas regras de pontuação.

    Jovem, isso faz toda a diferença do mundo. O Castillo e o Rei, a meu ver, são o que tornam esse jogo verdadeiramente interessante em função das interações sociais que ele proporciona. Há um pouco de leitura de mesa com uma pegada de Teoria dos Jogos, se você sabe do que eu estou falando, na hora de escolher para que lugar você vai mover seus cubinhos depois que o Castillo é revelado. Pense comigo. 

    Exemplo prático: Xandão tem 5 cubinhos em uma região, você tem 2. Você tem 4 cubinhos em seu Castillo, Xandão tem 2. Se você escolhe a região do Xandão, você fica com 6 e passa ele na hora de pontuar. Se Xandão se defende escolhendo a mesma região, ele fica com 7, garantindo a maioria. Aí fica a questão. Você arrisca colocar ali, mesmo sabendo que Xandão pode se defender, ou você tenta outra região mais “garantida”, mesmo que menos frutífera em pontos. O mesmo vale para o jovem Xandão. Ele se defende, mesmo sabendo que ele já tem uma boa vantagem ali e dificilmente vão atacá-lo ou ele tenta expandir para outras regiões cavando alguns pontinhos a mais?
    Não tem resposta certa, jovens. Isso depende de tanta coisa. Esse jogo proporciona vários momentos como esse. Ao final da rodada de pontuação, o jogador com mais pontos de vitória é declarado o vencedor, assim como em praticamente tudo nessa vida, jovens, convenhamos.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/63f73_b346lh.png


    Vamos aos prós e contras:

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/6ca35_b346lh.png

    Prós:

    - Cubinhos
    - Cubinhos grandes
    - Arte maravilhosa (principalmente a capa)
    - Sólido design (como os cubinhos)
    - Espanha (minha família veio de lá, por isso os sobrenomes diferentões)
    - Pode ser jogado gratuitamente no site yucata.de
    - Uma boa opção para jogar com 4~5 jogadores
    - Tema extremamente presente, conforme demonstrado na introdução deste texto
    - Apesar do meu texto extremamente carregado de detalhes e palhaçadas, na prática, esse jogo é relativamente simples de se ensinar. É possível ensiná-lo no decorrer da partida, inclusive. Resumidamente trata-se de: “determine a ordem do turno, selecione uma carta, aplique ou não o efeito, depois de 3 rodadas, pontue. Repita o processo 3 vezes. GG”. A complexidade do jogo é média.
    - Altamente interativo para aqueles que gostam de euros, mas querem algo que vá além do multiplayer solitaire.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/82eaa_b346lh.png

    Contras:

    - Desmatamento.
    - Ainda não publicado no Brasil.
    - Não tão recomendável para uma partida com 2 jogadores por não ter seu potencial de interatividade totalmente explorado.
    - Ainda que haja certa margem para se antecipar às ameaças reveladas nas cartas a cada rodada, existe a possibilidade de ocorrerem interações negativas diretas (take that). Jogadores que preferem multiplayer solitaire podem não se identificar com esse aspecto.
    - A versão mais recente desse jogo trocou os charmosos cubinhos por meeples e isso é no mínimo um crime.
    - Para jogadores de Ameritrash, o tema simplesmente não existe, mas isso é só porque você não comprou a minha viagem lá no começo.
    - A versão digital do yucata.de possui um bug clássico que congela a partida em algumas circunstâncias não muito bem conhecidas pelos administradores do site. Já aconteceu umas 2 vezes comigo em um universo de umas 20 partidas, então eu estimaria grosseiramente que pode acontecer de você perder um jogo assíncrono cerca de 10% das vezes. Eu perguntei para os administradores do site e eles disseram que a pessoa que programou o jogo no site deixou assim, sumiu já faz um tempo e ninguém lá se dispõe a mexer no código.

    Considerações finais:

    El Grande é um jogo cujas mecânicas estão muito bem alinhadas, apesar do aspecto completamente abstrato. Esse jogo poderia facilmente ser ambientado no Japão e se chamar 大きいですねー?w, por exemplo (eu assumi uma liberdade poética no título ficcional, olha eu entregando minha nerdice...).

    O jogo é bom? Sim, a prova viva é que ele sobreviveu esse tempo todo no mercado.

    “Jogo da vida também!”

    Tá, desculpa, jovem, reformulando. A prova viva é que ele sobreviveu esse tempo todo no mercado dentro do status de board game moderno.

    “As versões mais recentes vêm na forma de Big Box com expansões, o que acha?”

    Eu só tenho a versão básica dos anos 90. Já joguei esse jogo algumas dezenas de vezes entre a versão online e a física e nunca senti a necessidade de acrescentar uma expansão.

    “Ele é essencial? Se eu nunca jogar esse jogo, eu nunca vou ser considerado um boardgamer raiz?”.

    Jovem, nenhum jogo é essencial, você já deveria saber disso. Nós, assim como os cubinhos, podemos ser o que nós quisermos, independentemente de termos ou não jogado o jogo x ou y. El Grande é um bom controle de área (ponto). Existem outros também muito bons por outras razões mil e mais acessíveis, vendidos no mercado nacional. 

    Se um dia você tiver a oportunidade de jogá-lo, você vai poder constatar que trata-se apenas de um jogo bem feito, que superou a barreira do tempo em função de seu aspecto inovativo. Você pode até achá-lo ruim, caso você se identifique mais com a seção dos contras esboçada anteriormente.

    O que eu definitivamente não recomendo é você morrendo de desespero em um leilão porque “se você não comprá-lo agora, você não vai ter nenhum outro controle de área decente para jogar”. Pense nisso.

    Obrigado por ter lido até o final.

    Tome aqui o seu certificado:

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/c4100_b346lh.png


    Um forte abraço,

    Luis Perdomo

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    Comentários:

  • LuisPerdomo
    639 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo12/12/20 22:16
    LuisPerdomo » 12/12/20 22:16

    Gostaria de terminar o ano com um texto sobre um jogo, não as minhas falhas recentes.
    Feliz ano novo.

    17
  • marcosestevo
    229 mensagens MD
    avatar
    marcosestevo13/12/20 00:24
    marcosestevo » 13/12/20 00:24

    Sempre tive curiosidade com esse jogo. Agora deu pra ter uma ideia melhor de como ele funciona.

    1
  • LuisPerdomo
    639 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo13/12/20 00:53
    LuisPerdomo » 13/12/20 00:53

    marcosestevo::Sempre tive curiosidade com esse jogo. Agora deu pra ter uma ideia melhor de como ele funciona.

    E você ainda tem um certificado para provar ;)

    1
  • Conde_dl
    260 mensagens MD
    avatar
    Conde_dl13/12/20 02:04
    Conde_dl » 13/12/20 02:04

    El Grande (1995), por anos, figurou no topo da minha lista de desejos. Nos tempos do meu "início" no hobby moderno (já que tabuleiro jogo desde moleque) lá pela década de 2000, eu corri para adquirir o Catan (1995), o Carcassonne (2000), por anos esperei (até que consegui) comprar um exemplar do Elfenland (1998) (para qual fiz PnP da expansão Elfengold (1999), já que não teria a chance de ver uma no Brasil) e, também, adquiri um Ticket to Ride (2004) e um Small World (2009) (que viu pouca mesa aqui em casa).

    A verdade é que na medida que fui conhecendo a imensa diversidade dos euros e abstratos, cada vez menos os controles de área me interessaram. Tanto que o pobre Small World foi ficando de lado e, hoje, se vê mesa uma vez ao ano, ele está com sorte. Aliás,  mais ou menos o número de vezes que meus exemplares de "O jogo dos Conquistadores (2006)" e "Angus Batalhas Medievais (2004)" conseguem ver mesa. Muito mais para girar e justificar eles na coleção (sou um muquirana que busca um Custo por Partida - CP - próximo de R$10, então faço questão de girar a coleção) do que por serem hypes de interesse local.

    Com a queda brutal do meu interesse nos jogos de controle de área,  num dia esquecido no passado, simplesmente,  tirei o El Grande da lista de desejos. Como outros jogos-desejo da mesma geração como Scream Machine (2003), Funny Friends (2005) e Factory Fun (2006).  Hoje, o único sobrevivente destes ermos tempos é o Pueblo (2002). Uma raridade que só vi duas vezes em leilão na Ludopedia e por pornográficos 600 ou mais dinheiros...assim preferi mantê-lo só como um sonho da juventude. 

    Gostei de ler mais sobre meu abandonado desejo de compra, mas não mudou meu interesse. Simplesmente,  jogos de controle de área não me animam mais. Foram os tempos em que joguei dezenas de partida de War II (1980) (que está proibido em casa há uns 15 anos, pois dava briga SEMPRE kkk) com prazer e animação. Hoje, se é para jogar algo para passar o tempo e sem quase pensar, Ticket to Ride (2004), Puerto Rico (2002), Carcassonne (2000), Elfenland (1998), Potion Explosion (2015), Rummikub (1977), Scrabble (1948) ou até mesmo pequenas raridades como Niágara (2004) e Austrália (2005) estão no topo da lista. Ahh sim, Niágara (2004) é outro velha-guarda que, eventualmente,  consegui adquirir. O que me lembra, de novo, do maldito Pueblo.....

    Agradeço o texto de despedida (que espero que não o seja).

    2
  • andre_fcl
    439 mensagens MD
    avatar
    andre_fcl13/12/20 02:40
    andre_fcl » 13/12/20 02:40

    O El grande vai chegar ao BGA também em breve, ele esta em Alpha teste ainda. 

    3
  • LuisPerdomo
    639 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo13/12/20 11:27
    LuisPerdomo » 13/12/20 11:27

    Conde_dl::Agradeço o texto de despedida (que espero que não o seja).

    Eu que fico sempre feliz por receber contribuições tão bem trabalhadas quanto as suas entre os comentários nos meus textos.
    Já deixo claro que definitivamente não é um texto de despedida. Eu disse que eu gostaria de terminar o ano com um texto sobre jogos, pode não ser esse o texto. Eu ainda posso escrever outros, estou quase de férias no mestrado, o ano ainda não acabou ;). Fora que é "terminar o ano", não "terminar o canal". Acho que esse canal já teve emoções demais para uma semana. Vamos voltar ao básico. Sempre que possível, voltarei a escrever de forma saudável.

    Sobre o seu relato, muito rico em detalhes e interessante a sua perspectiva. Pueblo já foi um dos meus santos Graais também. Um jogo abstrato deveras criativo na forma de explorar o aspecto tridimensional das peças. Infelizmente, em virtude de sua raridade (leia-se preço), acabei deixando o sonho escapar. Acredito, inclusive, que parte do fascínio que eu alimentava sobre o jogo vinha justamente em função de seu aspecto inalcançável. Colocando de outra forma, se esse jogo vendesse aos montes no Brasil, talvez ele não me chamasse tanto a atenção assim.

    É mais ou menos o que eu percebo com jogos como o El Grande, mas com uma dimensão um pouco menor por serem minimamente mais acessíveis do que Pueblo, por exemplo. Você consegue encontrar esse jogo vendendo por aqui algumas vezes por ano, às vezes mais de um ao mesmo tempo. A reflexão que aqui me proponho a fazer, inspirado nessa questão, é:

    Se o El Grande, objeto desse review em particular, fosse ainda assim um jogo clássico, mas com uma tiragem nacional elevada, digamos um Carcassonne ou Catan, será que ele ainda despertaria o interesse e o fascínio de tantos? De maneira alguma diminuindo o brilhantismo presente nas mecânicas que compõem o jogo, isso é inegável. Onde eu quero chegar, todavia, é que eu tenho a impressão de que muita gente "quer" esse jogo, mas por motivações não muito claras, e a resultante disso é um choque de realidade ao se abrir a caixa, jogá-lo e enfim perceber que não era aquilo tudo que eles pensavam esse tempo todo. 

    É apenas a minha impressão, por isso deixo a minha contribuição com esse review bastante extenso no intuito de tentar trazer o máximo de informação possível, nesse sentido, mas sem dar a entender que eu estou apenas jogando o manual na cara da pessoa. Obviamente, se o leitor quisesse ir a fundo a fim de esclarecer essa dúvida, ele poderia ir direto à fonte. Justamente por isso me propus a tentar uma abordagem intermediária entre o manual e o review.

    Eu gosto de controle de área. Não é uma das minhas mecânicas favoritas, já tive mais jogos de controle de área na minha coleção. El Grande se mantém por uma série de aspectos citados em meio ao texto (cubinhos, Espanha, arte histórica, mecânicas bem amarradas, eu realmente gosto disso tudo), mas reconheço que, quando eu fiz uns cortes na minha coleção nessa pandemia, um dos critérios inconscientes que me levaram a manter certos jogos era justamente o fator raridade. Eu vendi alguns jogos que não são vendidos no Brasil, mas o pensamento vigente foi "se eu me arrepender, ainda é razoavelmente fácil de encontrá-lo de novo". Não me arrependi de ter passado adiante nenhum deles e talvez não me arrependesse de passar o El Grande também. Como disse, não é como se não houvesse outros controles de área igualmente interessantes por suas respectivas razões e controle de área nem chega a ser uma das minhas mecânicas favoritas, como disse a princípio.

    Atualmente eu trafego mais entre jogos econômicos (empréstimo, flutuação nos preços, mercado de ações, etc.) e engine building (deck building, bag building e afins). 

    3
  • LuisPerdomo
    639 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo13/12/20 11:31
    LuisPerdomo » 13/12/20 11:31

    Delacr0ix::O El grande vai chegar ao BGA também em breve, ele esta em Alpha teste ainda. 

    Isso é uma excelente notícia! Gosto muito do jogo no Yucata, mas confesso que os eventuais bugs e a dificuldade de se criar um jogo em tempo real às vezes me desanimam um pouco. Fatores que espero serem solucionados em sua implementação no BGA. 

    Só torço do fundo do meu coração que eles optem pela versão com cubinhos, não meeples. Nada contra meeples, mas eu os troco por cubinhos sem pensar duas vezes. Troco miniaturas por cubinhos sem pestanejar.

    0
  • Cmtefe
    87 mensagens MD
    avatar
    Cmtefe13/12/20 13:19
    Cmtefe » 13/12/20 13:19

    F

    1
  • LuisPerdomo
    639 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo13/12/20 13:20
    LuisPerdomo » 13/12/20 13:20

    Cmtefe::F

    Aguardei ansiosamente por esse comentário. 

    F

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