Antes de mais nada, esse é um review totalmente desprovido de viés. Se você ainda tem alguma dúvida, basta ver meu avatar, mais claro e imparcial do que isso, impossível.
Bom, agora que você já está plenamente convencido de esse review é íntegro e coerente...
Ei, espere, não se vá
...
Vai ter paçoca no final, eu prometo...
Ah, legal, você ainda está aqui. ^^
Bom, como eu vinha dizendo antes dessa
chantagem argumentação sólida e consistente, St. Petersburg é um jogo excelente e
belo, mas isso o jovem leitor já sabe. O que o jovem juvenil quer saber é o porquê desse fenômeno oculto chamado São Petersburgo.
Bom, vamos lá...
São Petersburgo (russo: Санкт-Петербу́рг, tr. Sankt-Peterburg) é a segunda maior cidade da Rússia, politicamente incorporada como uma cidade autônoma (ou cidade federal). Ela está localizada ao longo do rio Neva, na entrada do Golfo da Finlândia, no Mar Báltico. Em 1914, o nome da cidade foi...
Espera, estou recebendo um comunicado aqui da produção.... O que houve?... Sim, o tema, o que que tem? Como assim não tem tema?! Cancelaram o tema?!
Gente, é um pouco constrangedor falar isso, mas o tema está em falta...
COMO ASSIM VOCÊ ESTÁ ME FALANDO QUE O JOGO É AMBIENTADO NA RÚSSIA E EU NÃO VOU ME SENTIR ASSIM?!:
Bom, então, na verdade o jogo é um euro sem sal, sem alma, que você tem que fazer conta e tal, no final quem tem mais pontos ganha e coisa assim...
Cara, na real, você precisa dar uma olhada nessa sua tara por pontos de vitória, sério. Conselho de amigo. Nada pessoal, sabe... Leva a mal não.
Então, eu já te falei que o jogo tem uma arte
belíssima?
Interessante, conte-me mais...
Pois bem, além de um traço único e inconfundível, no jogo figuram personalidades ilustres brasileiras...
Pera, pera, você não falou que o jogo se passa na Rússia?!
...
Ah, pode crer, não tem tema, licença poética... Tá, estou minimamente intrigado. Hoje em dia todo tema é colado com cuspe mesmo, mas bacana eles prestigiarem nossos ídolos brasileiros. Quem aparece nesse jogo?
Oras, temos nada mais nada menos que nosso eterno compadre Washington.
Seu ordinário! Nem parece com ele tanto assim! 
Você sabe que a palavra ordinária não é bem um xingamento, né?
ordinário
adjetivo
- 1.
conforme ao costume, à ordem normal; comum.
"fatos o."
- 2.
que se repete regularmente, ou se faz presente a todo instante.
"o médico fazia visitas o. aos pacientes"
Enfim... Devo dizer que o Compadre Washington sorridente, você só encontra na expansão. O jogo base só vem com ele triste.
Ah, legal, ainda tem essa!
Great Western Trail tem
três malucos tristes na capa e ninguém fala nada. Isso é bullying porque você não valoriza a cultura nacional...
Mas o jogo é ambientado na Rússia.... deixa pra lá, segue a ladainha aí.
Além do mais, essa dualidade entre o Compadre Washington triste e feliz é
claramente uma referência àquele célebre disco do Chico Buarque. Só não vê quem não quer!!!
Ah, vá! Tenho certeza que sim...
É... nesse caso, eu sou obrigado a reconhecer... a semelhança é incrível. Não pode ser mesmo coincidência.
Ah é? Então o que você me diz do Tiririca plantando trigo!?
Ih... se empolgou...
Abestado, não é que o cabra é igualzinho o.O"!!! Tá, você tinha minha atenção, agora você tem meu interesse, conte-me mais sobre esse jogo.
Então, deixando o tema de lado, pois é nítido que esse jogo tem muito mais referências brasileiras do que russas (esse jogo deveria se chamar São Gonçalo), São Petersburgo é um jogo de maquinha de pontos...
Não vá! Tem paçoca no final, lembra?
Em São Petersburgo, temos 4 tipos de cartas:
Trabalhadores, construções, aristocratas e upgrades ("trading cards"). Ou como eu prefiro falar:
verdes,
azuis,
laranjas e
coloridas.
Essas cartas podem te dar dinheiro:
No canto superior esquerdo temos o custo da carta. No fundo, temos o rendimento dela. Isso mesmo, jovem, uma carta que custa 3 e te dá 3 dinheiros por rodada.
PROFIT!
Cartas que te dão pontos:
Essa custa 8 e te dá 2 pontos por rodada. Não foi difícil, viu? Você já está aprendendo!!! Eles crescem tão rápido
Cartas que dão pontos e dinheiros:
(nem todos os aristocratas dão pontos e dinheiros)
Cartas que têm habilidades especiais:
Cartas que te permitem comprar pontos com dinheiro, cartas que aumentam o limite inicial de cartas na sua mão de 3 para 4, cartas que possuem um preço para serem baixadas, mas que na mesa valem mais do que você pagou por elas, cartas que te permitem comprar cartas fora da rodada, etc.
E finalmente, os upgrades, que são cartas que substituem a carta que sofreu o upgrade:
Nesse caso, você joga fora uma carta da sua mesa da cor correspondente e coloca essa no lugar pagando a diferença. Se eu tiver uma carta azul de custo 8 e fazer o upgrade para a carta azul acima na ilustração, que custa 10, eu teria que pagar um total de 2 por isso. E eles me disseram que matemática não me levaria a lugar algum...
Os efeitos dessas cartas acima eu vou deixar como dever de casa pra você descobrir por conta própria. Jovem inteligente, cheio de saúde.
Voltando.
A cada rodada, um baralho terá suas cartas distribuídas nos espaços do tabuleiro e as pessoas poderão:
- comprar essas cartas (pagando seu custo)
- colocá-las na mão para mais tarde (sem pagar o custo)
- usar as habilidades ativadas das cartas da mesa ou
- baixar uma carta que estava anteriormente na sua mão (pagando seu custo)
- passar a vez
Cada jogador recebe aleatoriamente tokens correspondentes aos símbolos das cartas nos baralhos, indicando que eles serão os primeiros jogadores em cada uma dessas fases. Uma rodada é composta por quatro fases.
Então, digamos que eu seja o primeiro na fase dos trabalhadores (cadeirinha), eu posso comprar primeiro, selecionando provavelmente o trabalhador mais rentável naquela fase da rodada. Em sentido horário, os jogadores vão pegando as opções seguintes e essa dinâmica segue até que todos decidam passar a vez. Quando isso acontece, uma nova fase se inicia na sequência (construções) e o jogador com o token correspondente será o primeiro jogador daquela fase, jogadores seguem no sentido horário até que todos decidam passar e assim sucessivamente. Ao final das quatro fases, aquela rodada acaba e os tokens de primeiro jogador também são passados em sentido horário.
Sempre que uma nova fase começa, o tabuleiro é preenchido de modo que haja sempre 8 cartas na mesa. Em outras palavras. Digamos que haja 8 cartas verdes (trabalhadores) na mesa. Compramos 5 delas. Todos passamos a vez. Na fase seguinte, a das cartas azuis (construções), 5 cartas azuis serão repostas na mesa e assim sucessivamente.
Repare que no tabuleiro há espaços para duas fileiras de cartas, algumas ficam em baixo, outras ficam em cima, mas por que isso?
Ao final de cada rodada, todas as cartas que restaram na fileira de cima vão para a fileira de baixo.
Todas as cartas que se encontram na fileira de baixo têm um desconto de 1 dinheiro em seu valor.
Ao final de cada rodada, as cartas que já estavam na fileira de baixo vão para a pilha de descartes, liberando aqueles espaços para novas cartas.
Quando um baralho acabar, essa será a rodada final e quem tiver mais pontos vence o/
Recapitulando:
1. Uma rodada contém 4 fases, jogadores têm tokens que indicam quem é o jogador inicial de cada fase e o jogo segue no sentido horário.
2. Há sempre 8 cartas disponíveis para compra no tabuleiro central.
3. Jogadores podem comprar essas cartas ou guardar na mão para mais tarde (limite de 3 cartas na mão).
4. Quando todos os jogadores passarem em sequência, a fase acaba e a mesa é preenchida novamente com cartas da nova fase nos espaços disponíveis (obs: jogadores que passaram podem continuar jogando nos turnos seguintes, eles não estão de fora daquela fase quando eles decidem passar a vez. Na verdade, passar a vez pode ser um movimento estratégico nesse jogo); (obs 2: se não tem espaço para novas cartas entrarem, a nova fase começa com as cartas que já estavam ali, sem acréscimo de nenhuma carta nova).
5. Ao final da rodada, as cartas que permaneceram na fileira de cima vão para a fileira de baixo e as cartas que estavam na fileira de baixo vão para a pilha de descarte.
Essa é uma imagem de um cachorrinho super felpudo porque eu achei que tinha teoria demais e talvez você pudesse estar cansado.
O que eu ainda não te contei é como essas cartas interagem a cada fase. Na verdade é bem simples e intuitivo: na fase daquela carta, você recebe o benefício nela contido. Ou seja, os trabalhadores rendem dinheiros (e alguns deles pontos) na fase dos trabalhadores, as construções na fase das construções e assim vai. Na fase dos desenvolvimentos (upgrades) não tem rendimento porque apesar do verso colorido, na prática, os desenvolvimentos funcionam como cartas de suas respectivas fases (um upgrade azul conta como uma carta azul na mesa).
Outra coisa legal que você precisa saber é que quanto mais de uma carta você tem, mais desconto você ganha para comprar a próxima igual. O primeiro tiririca custa 9, o segundo custa 8 e assim sucessivamente.
Exemplo prático: eu tenho um tiririca na minha mesa e no mercado há um tiririca na fileira de baixo. Se um tiririca sozinho custa 9, com 1 de desconto por estar na fileira de baixo e mais 1 de desconto por já ter outro tiririca na minha mesa, esse tiririca tá muito barato. Se comprasse um terceiro tiririca, ele sairia por 6. É uma pechincha. Dá pra fazer um exército de tiriricas.
"Ô menino lindo!"
Por último, mas não menos importante, para você sair daqui com seu diploma tabajara de jogador oficial St Petersburg de várzea, vamos falar dos aristocratas.
Os pobres jovens perplexos a essa altura devem estar doidos para ter o jogo, foram pesquisar mais a fundo, porque eles não sabem como eles conseguiram viver esse tempo todo sem essa oitava maravilha do mundo moderno e, em sua
busca por conhecimento, se depararam com isso aqui:
Luis, explica, cara, eu tô confuso.
Você disse que eles dão dinheiros nas suas respectivas fases.
Certo.
O laranjinha custa 4 e dá 1 dinheiro a cada rodada.
Certo.
O verdinho custa 3 e dá 3 dinheiros a cada rodada.
Certo.
Só há uma conclusão possível...
...
Esse jogo é quebrado, jogo ridículo, perdi meu tempo lendo seu texto! Vacilão do c@$#&*$!!!
Acontece, meu caro jovem exaltado, que ao final do jogo, na última rodada, depois que o baralho acaba, os aristocratas fornecem
BÔNUS! (uhul!)
Auto explicativo com essa maravilhosa ilustração encontrada só nos melhores tabuleiros. Além de todos os pontos conseguidos ao longo da partida, você ganha 1 ponto por ter 1 aristocrata, 3 pontos por ter 2 aristocratas
com imagens diferentes, 6 pontos por 3 aristocratas com imagens diferentes, etc.
Pra fechar, ao final do jogo, você ganha mais 1 ponto para cada 10 dinheiros que você tem consigo e
perde 5 pontos para cada carta que continuou na sua mão, então cuidado com as coisas que você guarda na sua mão, você não pode descartar cartas deliberadamente.
Quem tiver mais pontos de vitória ao final do jogo ganha (como tudo nessa vida
).
Tá, que legal, Luis, sou um profissional credenciado de St. Petersburg após ter lido toda essa
ladainha análise rigorosíssima, agora me diga,
por que eu deveria jogar esse jogo?
Ótima pergunta, meu querido jovem jovial.
Bom, além disso tudo que eu falei, que já seria mais do que o suficiente pra você ligar agora e pedir o seu o quanto antes, mas ligue agora, somente os 50 primeiros vão ganhar inteiramente grátis esse shake de cogumelo do sol...
Ahem, voltando, a pergunta de um
milhão, o que faz com que eu goste tanto desse jogo?
St. Petersburg é um jogo extremamente honesto em sua proposta e ele o faz tão bem que, dentro de sua simplicidade, novas nuances vão surgindo e pouco a pouco vamos escavando e explorando e percebendo sutilezas dentro de um design tão simples e claro que a única dúvida que resta são as opções que o próprio jogo tem a oferecer: "devo fazer essa jogada ou não?" e mais importante "por quê?".
St. Petersburg é um jogo sobre tempo e tempo é dinheiro e dinheiro são
pontos de vitória (uhh).
Ah, tem ampulheta no jogo, já não quero!
Não, pequeno jovenildo, tempo no sentido de que você tem que aproveitar as oportunidades, se antecipar ao fato, ler a mesa, se adaptar e prever tendências.
Esse jogo é muito mais xadrezístico do que parece. Uma regra tão simples, como essa que define como as cartas vão sendo disponibilizadas na mesa, altera totalmente como cada jogador vê o desenrolar das fases. Até mesmo a ordem de cada turno afeta muito nisso.
"Ok, eu sou o terceiro jogador na fase dos nobres. Se todos os jogadores passarem a vez agora, somente dois nobres vão aparecer na mesa e eu vou ficar sem nobres nesse turno. Vale a pena eu segurar alguma carta na minha mão?"
Você sabe que o jogo é bem feito quando a ordem do turno te faz pensar, e muito.
Até mesmo a carta que você vai manter na sua mão e por quanto tempo você vai fazê-lo, quando você vai baixá-la, etc.
São limitações tão simples, mas que se desdobram num mar de possibilidades e questionamentos.
Esse jogo é só isso: compre cartas com seu dinheiro inicial (25 moedas), essas cartas te darão mais dinheiro a cada rodada, compre mais cartas dessas, compre cartas que te dão pontos a cada rodada, compre cartas que valem mais pontos ao final do jogo e vença seus jovens coleguinhas.
É burocrático, repetitivo, sem graça... pode ser, mas é absolutamente sincero. Ele não te promete nada além do que ele entrega. Você vai sentar à mesa com seus jovens confrades por cerca de 30 minutos e girar uma maquininha de pontos à base de cartas, quem fizer melhor em meio a essa dança de flutuação de cartas vence a partida, ganha o respeito, a glória e a admiração de todos os pares, etc.
A satisfação de ter aquela bola de neve crescendo, mais dinheiro, mais ponto a cada rodada, é algo indescritível. É uma abstração pura e simples, mas se você for daqueles que gostam de ver os números subindo sem razão alguma aparente, só porque isso te faz se sentir bem, esse é o jogo pra você.
Você não precisa se preocupar com N recursos diferentes "ah, troco comida por madeira, madeira por pedra, pedra por ouro e ouro por um contrato que no final vai me valer 3 pontos se eu tiver dois rubis". Não, meu caro jovem, é só ponto e dinheiro, dinheiro e ponto e desceu na mesa, já tá rendendo.
A satisfação que eu tenho em jogar esse jogo é análoga a fazer uma aplicação financeira, abrir o celular e descobrir que ao final do mês você rendeu tantos %, só que numa versão minimalista de boardgame. A graça do jogo é ver quem faz isso melhor em cerca meia hora.
A sutileza que esse jogo apresenta como ponto de inflexão, o clímax do jogo, me faz lembrar um pouco o jogo
Dominion, mas de um jeito ligeiramente diferente. Eu explico:
O ápice do Dominion é saber quando você para de comprar dinheiro e passa a comprar pontos de vitória. Saber esse momento não é nem um pouco trivial, sobretudo porque ele depende de uma série de variáveis, que vão desde a configuração da mesa inicial até a postura dos demais jogadores em meio à partida.
Acontece que no Dominion, quanto mais pontos você acumula no seu baralho, menos eficiente ele fica, mas é um mal necessário, afinal...
já sabemos, nessa vida "só pontos de vitória interessam" nananananam" [speaking in a sarcastic tone]
Saint Petersburg, por outro lado, é a síntese do efeito bola de neve. Você coloca uma construção na mesa, ela vai acumular pontos até o final do jogo. Ou seja, você comprou um prédio básico que custa 5 dinheiros, ele gera 1 ponto por rodada, a partida levou 13 rodadas, tecnicamente, você fez 13 pontos por 5 dinheiros (2,6 pontos por 1 moeda), me parece um excelente negócio, visto que no jogo temos prédios que custam 17 dinheiros e dariam apenas 5 pontos, caso fossem deixados pra comprar na última rodada somente (certamente um movimento desesperado)... Por outro lado, se você comprar esse prédio de 5 pontos por rodada na primeira rodada, você teria 65 pontos por 17 dinheiros, um rendimento aparentemente bem maior (3,82 pontos por 1 moeda). O que vale mais, comprar o de 5 e guardar um dinheirinho ou comprar o de 17 e deixar render mais no médio/longo prazo?
Acontece que se, ao invés disso, você tivesse comprado um trabalhador que também custa 5 e te dá 3 de dinheiro a cada rodada, a partida teve 13 rodadas, ou seja, ele te retornou 39 dinheiros de forma parcelada e com esse dinheiro eu posso comprar outros prédios de pontos nos turnos seguintes, ou mais ainda, outros trabalhadores que vão te dar mais dinheiro nos turnos que ainda restam e eventualmente mais prédios, etc. Vocês que leem meus textos, já devem ter reparado que eu gosto muito de jogos com uma pegada econômica que lidam muito com essa questão de
custo de oportunidade.
Não tem gabarito, isso também depende de tanta coisa, sobretudo da ordem das cartas. O próprio ato de segurar cartas na mão, sem necessariamente comprá-las naquele momento, pode se configurar como uma jogada muito agressiva, sobretudo cortando aquele último aristocrata diferente que seu jovem colega estava colecionando. A postura dos jogadores também afeta muito. Passar não te elimina daquela fase, então digamos que você passe o turno a princípio, mas seu oponente fez uma jogada inesperada que mudou seu curso de ação! Você ainda tem um direito de resposta e uma chance de flexibilizar os planos. Lembre-se, a fase só muda quando todos passam. Parece uma regra boba, mas faz toda a diferença do mundo em um ambiente de competitividade apurada.
Agora a notícia bombástica. Apesar de ter jogado esse jogo um par de centenas de vezes ou algo assim, eu sou bem ruim nesse jogo. Perco mais do que ganho, mas não me canso de jogar, de me desafiar, de tentar otimizar aquela maquininha de dinheiro e pontos, de observar o que os caras bons fazem e tentar reproduzir. Isso é o tanto que esse jogo representa pra mim: ele me dá vontade não só de jogá-lo de novo, mas de fazê-lo cada vez melhor. Não é todo jogo que me desperta isso, mas aqueles que assim o fazem, certamente têm um espaço de prestígio na minha coleção.
Bom, você que já é leitor assíduo do canal, já espera por essa parte. Vamos aos prós e contras (eu falei lá no começo que a análise era desprovida de viés, esse aqui é um canal íntegro ^^):
Prós:
- Jogo fácil de ser explicado.
- Partidas rápidas e dinâmicas (baixo downtime)
- Profundo, seguramente não é um jogo superficial apesar das regras simples (exige uma certa curva de aprendizagem para aqueles que curtem essa pegada)
- Arte indescritivelmente única
Contras:
- Arte tosca (blasfêmia)
- Repetitivo (você claramente não entendeu a proposta do jogo, jovem, volte ao primeiro parágrafo e leia tudo de novo)
- Sem tema (sério, você leu mesmo esse texto direito? Esse jogo é a brasilidade pura... ah não, pera)
- Difícil de encontrar à venda (mas você pode jogá-lo nas plataformas online, particularmente recomendo o Yucata porque está melhor implementado e tem mais recursos apesar da interface mais simples, mas também tem no BGA)
- Dinheiro de papel (sim, reconheço, isso é bro... desestimulante; comprei moedas de metal genéricas só por causa disso)
Por último, mas não menos importante. Uma opinião mais que pessoal (
Ah, vá! Vai me dizer que todo o texto até aqui foi perfeitamente neutro?!). Nunca joguei a segunda edição desse jogo, mesmo ela tendo mais coisas e tudo mais. Não posso criticar algo que nunca joguei. Tudo que posso dizer é que, a meu ver, a primeira edição do jogo não precisa de mais nada. O jogo é perfeito do jeito que é. Esse é o tanto que eu gosto desse jogo. E eu realmente não gosto da arte da segunda edição. Nada contra, mas acho as escolhas de algumas imagens duvidosas (estou falando com você, criador de ovelhas), além do estilo não falar muito com o meu. Ainda assim, se só encontrar a segunda edição, Saint Petersburg não deixa de ser um jogão se você leu essa
porcaria análise profissional toda e se identificou ao menos um bocado.
Vou apenas deixar as imagens da segunda edição falarem por si
...
EI!!!
Que foi?
NÃO ESTÁ ESQUECENDO DE NADA NÃO?!
Como assim?
NÃO SE FAÇA DE DISSIMULADO, EU LI ESSA BAGAÇA ANÁLISE MUITO BEM FUNDAMENTADA TODA E LÁ NO COMEÇO VOCÊ PROMETEU QUE TERIA PAÇOCA!
Verdade, promessa é dívida.
Conforme o prometido, aqui está o paçoca.
Espero que você tenha entendido essa referência, foi bem forçada a piada e igualmente ruim haha. Valeu a pena 
.
Obrigado pela leitura.
Canal do Luis Perdomo.
Análises sérias, imagens não tão sérias assim.
(não se esqueça dos easter eggs nos hyperlinks)
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