Joguei Caylus pela primeira vez recentemente. Nós éramos 4 jogadores e a partida durou aproximadamente 3 horas. O jogo tem um ritmo comum a vários jogos modernos, com o início lento e com poucas opções, e que rapidamente acelera até alcançar um momento de inflexão para o fim da partida.
No início da partida, sem acesso aos prédios mais valiosos e com a construção da etapa inicial do castelo sendo muito valiosa, este foi um objetivo comum. Foi difícil conseguir os recursos em poucos espaços de coleta, e ainda se posicionar bem para para construir ganhando os favores reais. Até então, eu não tinha visualizado o potencial de pontos 'passivos' em ter um prédio gerador de recursos desde o início. Por isso, apenas 1 prédio de madeira de gerar recursos foi construído no início, em seguida construímos os prédios mais valiosos em pontos e que só convertem recursos.
Nesse momento, entrávamos na construção dos muros do castelo, e eu percebi que poderia ser importante me preparar para um bom fim de jogo. O retorno para construir os castelos só iria ficar menor, enquanto haviam ótimos prédios de pedras. Assim, após diversas tentativas cortadas pelo provost, eu construí um prédio de recursos de pedra, o primeiro após o de madeira. Em seguida, eliminei o prédio básico de tecido, colocando meu prédio de pedra como fonte única deste recurso, além das conversões. Isso me garantiu pontos e recursos passivamente até o fim do jogo.
Nesse momento que percebi como a interação, mesmo que sutil, é importante nesse jogo. Antes que eu partisse para qualquer construção de fim de jogo, um dos jogadores, que tinha uma forte posição em dinheiro, construiu o prédio que converte dinheiro em ouro. Eu aproveitei e construí o prédio que converte ouro em pontos de vitória, e no turno seguinte fiz uma jogada forte em dinheiro e me aproveitei da conversão dinheiro-ouro.

Isso ligou o alerta dos jogadores para meu próximo movimento. Com isso, consegui alguns turnos em que marcaram minha conversão enquanto eu juntava dinheiro e movimentos do provost, e fiz mais uma rodada convertendo dinheiro-ouro e usufruindo da mina. Com o adiantar do jogo, eu buscava apenas ficar entre os últimos na ponte, mover o provost para adiantar o jogo e entrar no prédio da conversão. A ideia era acabar com o jogo o quanto antes, e nisso vi outro brilho do jogo. Quando um jogador sacrificou muito dinheiro para que o jogo durasse mais uma rodada, mesmo sem evitar a ativação de qualquer prédio.
Na última rodada, o primeiro jogador entrou direto no prédio que converte ouro em pontos para aproveitar/bloquear a ação. Eu fui direto ao provost e quando fui, em seguida, pelo dinheiro, o jogador que pegou a conversão ainda comentou que eu queria muito que o prédio não ativasse. E no meu último trabalhador eu entrei no prédio do Arquiteto, o último construído na trilha, exatamente sob os Bainliff/Provost. Era o posicionamento decisivo para finalizar a partida. Fui o segundo a passar e adiantei o provost até o último espaço, eu era o segundo da ponte, mas os restantes não tinham dinheiro para impedir o fim do jogo. O arquiteto garantiu um prédio de prestígio que valeu 10 pontos e finalizar o jogo garantiu a vitória apertada.