Esse sentimento, o de "o jogo não está virando, vamos parar? Cansei, vamos fazer outra coisa" é terrível, e pode acontecer até com jogadores experientes que estão conhecendo um jogo novo.

Mas tem também o o oposto disso, que é a maravilhosa sensação de ver os jogadores se levantando pra jogar. É tipo quando o Ash Ketchum vira o boné pra trás, quando o Zoro põe a bandana, quando os Power Rangers chamam o Mega Zord. Quando um jogador se levanta, é porque ele está atrás de sangue, o círculo mágico não é mais um círculo, é um octógono. E aí você vê que o jogo funcionou.

Quando vou apresentar os jogos começo com algum bem simples, geralmente card games, só pra esquentar e colocar o pé na água (essas duas metáforas não funcionaram mto bem juntas haha) tipo Coloretto, Pega em 6 ou Love Letter. Com isso eu consigo sentir qual a facilidade das pessoas com regras e estratégias. Lógico q todo mundo vai entender Love Letter mas ver isso acontecer sempre me parece uma boa dica. Aí a partir disso escolho os próximos jogos. Geralmente jogo 3, quando tem tempo, mas nada muito demorado.

Quanto à escolha dos jogos, essa ideia de deixar a pessoa escolher pelo tema não me apetece muito, e acho q o convidado fica até mais seguro de saber q eu já pensei na experiência toda previamente. E sei lá, não sei se é bem a palavra, mas acho q é subestimar um pouco as pessoas achar q elas não vão se interessar pelo tema de Puerto Rico. As pessoas pra quem eu já expliquei o jogo, e colegas q conhecerem de outra forma, (vale observar q são todos adultos) q eu mostrei acharam interessante o tema, ainda mais q o jogo é relativamente temático.

Wololo é uma referencia ao Age of Empires. O priest falava isso pra converter as tropas dos inimigos.

Não canso de recomendar Ticket to Ride pra início de tudo, é meu queridinho pra apresentar pra jogador novo, o jogo é uma grande sobremesa, é lindo desde a caixa, insert e componentes, chama aos olhos de cara... é muito fácil de ensinar e a pessoa compreender, da pra jogar com crianças e idosos, no final da partida as pessoas querem jogar de novo pq entenderam o jogo e conseguem visualizar estratégias novas apenas pela experiência da partida inicial e quer tentar outras coisas... óbvio que vai do bom senso de quem ta ensinando de não sair bloqueando a pessoa de cara pq pode arruinar a experiência mas se vc joga na sua, a maioria dos jogadores iniciantes sai construindo seu jogo sem interferir nos dos outros e sente progressão clara nele... pra mim seria o jogo pra banir de vez os bancos imobiliarios, jogo da vida e war das lojas grandes, é o santo graal dos gateways, one train to rule them all kkkkk

Ah não, agora eu uso camisa do time oponente!!! O ruim era quando você usava macete bigdaddy e os malditos convertiam até seu possante. Era tenso.

Vocês deixaram o melhor pro próximo episódio. Não sei ensinar um jogo. Ensino tipo aqueles livrinhos: vá para página 15. Agora pra 32. Agora pra 2. Me enrolo todo e fico esquecendo de detalhes.  Vou ter que aguardar mais um pouco! Falando nisso, gostei de que vocês Adiantaram o tema do próximo episódio. Podiam fazer isso mais vezes.

Não foi mencionado no programa a máxima: é mais fácil encontrar alguém que já jogue jogos de tabuleiro do que convencer alguém a participar do hobby.
Acho que, apesar de isso ser muito verdade, é importante a gente quebrar esse paradigma que JdT são só para grupos específicos de pessoas e tentar espalhar a diversão fora das telas. Aqui em casa, sempre que tem gente que nunca jogou, tento apresentar algo leve pra mostrar que existem jogos diferentes dos clássicos que entretem muito e não são pesados, podendo ser jogados por todos.

Dixit, Catan, Ticket to Ride, Tsuro of the Seas  e 7 Wonders são jogos que sempre ou quase sempre funcionam. Nenhum deles tem efeito rubber-band e tem regras simples e fáceis de entender. Desses jogos, a únicas coisas que as pessoas não entendem até hoje é como pontuar com as cartas verdes do 7Wonders.

Quanto a esses novatos no mundo dos JdT, concordo com vocês que as regras tem que ser mais flexíveis pra que não causem frustração ou desânimo. O importante é a diversão de todos, mas não devemos transformar o novato em Café com Leite.  Geralmente eu dou dicas valiosas para essas pessoas, mesmo que iso seja muito ruim pro meu jogo. Mas deixo a pessoas decidirem como jogar - Tenho que me controlar pra não virar o jogador alfa e jogar sozinho o jogo. O dono do jogo geralmente fica com a responsabilidade de coordenar o entretenimento, o que é difícil em grupos muito heterogêneos. É um pouco complicado agradar a todos, principalmente em grupos com novatos e veteranos.

Por fim, Arkaham Horror não seria um jogo de terror devido ao horror que as regras trazem pros leitores dos manuais? Devo imaginar que o jogo causou pavor nos amigos do PH. Nenhum deles deve querer mais tocar nesse jogo.

Caras, muito bom esse podcast!!! Estou maratonando todos os eps e já cheguei no último.

Eu nunca tive esse problema pois comecei com o Terra Mystica e joguei muito damas, dominó, ludo, super trunfo, enfim, sempre fui apaixonado por esse mundo de jogos de tabuleiro.

Quando vou explicar algum jogo, sempre tento contextualizar ou contar a "histórinha" do jogo. Também tento ligar as ações a algo que faça sentido no jogo e explico sempre as formas de pontuar e pontuação de final de jogo. Até hoje deu certo.

E por favor, me digam qual a música que tocou bo encerramento desse episódio! Ela é muito boa e não achei ela pra ouvir de jeito nenhum.

Raio::E por favor, me digam qual a música que tocou bo encerramento desse episódio! Ela é muito boa e não achei ela pra ouvir de jeito nenhum.

A música é a "I Don't Want to Check my bank Account", de Louis Cole. Estava errado na descrição do episódio, mas já fizemos a correção!