Descolado::Eu tenho um hábito que acho pouco comum: levo meus jogos para minha EMPRESA (trabalho numa sala com 10 pessoas), monto alguns tabuleiros (quando há espaço), como se fosse uma exposição e deixo lá por uma semana.
Não falo absolutamente NADA. Apenas deixo montado e fico na minha. Uso isso tanto para estudar reações quanto para chamar atenção para o hobby.
Já levei PANDEMIC, TICKET TO RIDE, GEARS OF WAR, TIDE OF IRON, FORMULA D, TOUCH OF EVIL, FURY OF DRACULA, THUNDER ALLEY, SOCCERO, entre outros.
Alguns jogos meus amigos olham... pegam nas peças... leem algumas cartas mas não pergunta nada.
Outros apenas se limitam a indagar "Cara, nem quero saber como se joga isso..."
E outros (poucos) sim são mais curiosos, querem saber "mais ou menos" como jogar e já fui até convidado para uma apresentação mais formal em suas casas no fim de semana.
Percebo com isso que a mera imagem de muitas peças, tokens, cartas parece primeiramente ASSUSTAR as pessoas, elas nem querem saber do resto. Venho fazendo isso a uns 2 anos, sempre que nossa equipe é trocada.
Para meus demais conhecidos (que tem pouco contato com tabuleiros) os jogos mais pedidos são os party games (TTR, PANDEMIC, LA BOCA, SOCCERO) e por ai vai.
Acho que eu concordaria com vc até alguns anos atrás... quando era uma batalha conseguir um grupo, dava para contar nos dedos os eventos pelo Brasil), e a maioria "cruzada" de alguém que curtia boards era "converter" (odeio esse termo!) novas pessoas ao hobby.
Hoje em dia o mercado cresceu (ainda é pequeno, mas se compararmos com uns 3~5 anos atrás, não existe nem comparação). Temos diversas editoras trazendo jogos para o Brasil, canais de review em port., seilá quantos grupos e boardgames no facebook... E isso gera um interesse maior (meaning: um maior número de interessados) em jogos como Twilight Struggle.
Acredito que levar um jogo para o trabalho e mostrá-los para pessoas que não se interessam (pelo menos não muito) pelo hobby não é uma boa indicativa de como o mercado vai aceitar o jogo pq, bom... pq essas pessoas provavelmente não iriam comprar um board para começo de conversa. E, sim... é claro que um jogo todo coloridinho, com cartas bonitas, miniaturas vão chamar mais atenção do que um com counters e cartas com uma arte extremamente questionável.... e é claro que pessoas que não tem muito conhecimento do hobby vão achar que "número de componentes = maior complexidade". Realmente acredito (ou pelo menos espero) que quando a Devir anunciou o TS ela não estava esperando que, no futuro, o jogo fosse o maior gateway do Brasil... acho que eles estão mirando no pessoal que já joga bg, tem alguns jogos na coleção e querem experimentar o antigo "número 1 do BGG".