Excelente tópico e reflexões.
Moro em Santos/SP, e por aqui temos grandes redes varejistas e lojas de brinquedos em shoppings com estantes carregadas dos mesmos jogos antigos que jogávamos quando crianças nos anos 1980'. É o "Banco Imobiliário", o "Jogo da Vida", o "Detetive", o "War"...
Em outros países, quando você caminha pelos corredores de uma grande varejista como um Wallmart ou Best Buy, você encontra vários dos títulos modernos nas prateleiras. Então fico me perguntando, por que diabos os jogos modernos ainda são um "nicho de nerd" por aqui?
Sempre pensei que eventos de divulgação realizados da forma certa e nos locais certos poderiam fortalecer o setor e tirá-lo do nicho. Uma das ideias que tive foi conversar com as maiores lojas de brinquedo da cidade e escolher um dia da semana (todos os sábados, por exemplo) para, ser o "dia de tabuleiro". Neste dia, a loja concederia um espaço para que editoras instalassem mesas com monitores para demonstrar e vender seus jogos (talvez comissionando a loja que abriu o espaço ou com alguma outra forma de compensação). Fico imaginando pais que entraram para comprar um brinquedo para o aniversário de um amiguinho do filho, se deparando com uma mesa rodeada de pessoas de várias idades em torno de um jogão lindo na mesa. Desperta a curiosidade, se aproximam, observam com um pouco mais de atenção e percebem que "não é RGP", "não é War" e que pode ser bem divertido e saudável. Aí saem da loja com uma caixa debaixo do braço fazendo os donos do comércio pensarem à respeito do público que estão deixando de atender e da grana extra que poderia estar entrando. "Quem sabe não é o momento de abrir algumas prateleiras da loja para este novo público?"
Acho importante que exista uma boa variação no estilo dos jogos apresentados. Obvio que os jogos "levinhos e rápidos" são importantes para introduzir novos adeptos e devem sempre estar presentes, mas não podemos deixar de olhar por aqueles que têm interesse em desafios mais complexos.