Bem-vindos a mais uma noitada de bons jogos na luderia mais bem frequentada de Brasília!
Quatro bordigueimeiros chegaram às 18h, uma hora mais cedo que o normal, pra brincar de KeyForge: Call of the Archons. Eu e Daniel (danielsousat) fizemos o duelo dos n00bs, enquanto Grahal (grahal) e Breno, já familiarizados com o jogo, usaram decks de verdade. O lance de cada deck ser único e não poder ser mexido é uma gracinha, mas o jogo em si, me desculpem, não tem nada de mais. Bem menos proteico do que outras criações de Richard Garfield, como Android: Netrunner ou mesmo Magic: The Gathering. Ainda pretendo jogar pelo menos mais uma partida, com um deck que não seja o deck dos novatos, mas não sei se minha impressão irá mudar. Aguardemos.
Com a chegada de Gordon (gordonplayer) e Leo Patch (PATCH_UFC), bateu o dilema de sempre: um mesão ou duas mesinhas? Geralmente fazemos duas mesinhas, mas alguém sugeriu uma partida de Imperial 2030, todos se olharam com aquela cara de "por que não?", e lá fomos nós.
Metade da mesa nunca havia jogado o jogo, e a outra metade (na qual eu me incluía) não jogava fazia tempo, de maneira que pedimos ao André Segóvia, um dos sócios da loja, pra passar as regras com a gente -- o que ele fez de maneira rápida e eficiente, finalizando com a regra de ouro do Imperial: "NÃO SE APEGUE A NENHUM PAÍS!". Quem vê aquele mapa mundi já pensa logo em conquistar a América do Norte e a Oceania ou 24 territórios à sua escolha. Não cometa esse erro. Desapegue, desapegue, desapegue.
Quem já jogou Imperial sabe que reproduzir uma partida lance a lance é um dos 12 trabalhos de Hércules. Não tenho essa pretensão. São inúmeras reviravoltas, os países trocam de mãos constantemente, os bancos suíços passam pra lá e pra cá, fábricas são construídas, fábricas produzem, navios e tanques se movem pelo mapa e se destroem, ações são compradas, dividendos são pagos, os países ficam quebrados, os países ficam ricos. E, incrivelmente para um jogo com 6 jogadores, não há caos. O jogo é um relógio suíço com 0% de gordura. Houve alguns momentos em que alguns jogadores se esqueceram da regra de ouro, se apegaram a um país ou outro e partiram pra uma sanguinária expansão territorial -- apenas para perderem o controle do mesmo país alguns turnos depois, logo antes de uma taxação, e experimentarem, então, aquele momento EUREKA.

Eu controlei relativamente poucos países ao longo da partida. Fui o primeiro controlador dos Estados Unidos, que logo abandonei (regra de ouro!) pra assumir o controle da China, que também não controlei por muito tempo. Devo ter controlado mais um país apenas, não me lembro qual, e por poucos turnos. Tentei fazer bons investimentos quando fui a Suíça ou quando estava com a peça do investidor, e fui acumulando minhas shares. Assumi o controle da Índia pela primeira vez na hora certa, no finalzinho da partida, quando boa parte das suas bandeiras estavam protegidas de ataques na Oceania e sua taxação precipitaria o final do jogo. Com um bom portfolio, venci com 140 e poucos pontos, mais de 20 pontos à frente do segundo colocado. A regra de ouro nunca falha. Partida maravilhosa da obra-prima de Mac Gerdts.
Minha viagem de férias miou, então vai ter muito jogo nas próximas duas semanas. Fui!
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