Primeiro vamos aos novos itens na coleção.
+ Samurai (Ebay)
Samurai foi o segundo jogo do Reiner Knizia que conheci. Na época, a falta de tema me afastou, mas rejogando ele (versão Brasileira medonha de tão feia) me tornei fã do joguinho e comecei a conhecer melhor o designer que viria a marcar minha vida de board gamer.
Como já tínhamos a cópia feia no grupo decidi deixar pra lá a aquisição da versão ZMan/Fantasy Flight.
Passados 2 anos começou a me subir um comichão e o diabinho falava constantemente ao pé do ouvido: "Complete a coleção Euro Classics…. você deve completar!".
Quando chegou a nova edição do Taj Mahal eu vi o espaço vazio na estante e foi questão de dias até encontrar uma cópia do Samurai no Ebay e me arriscar na primeira compra por lá. Se não me engano veio da Austrália e levou uma taxadinha da receita.
+ Keyflower: Developer e Delivery Man (BGG Market)
Dois novos tiles Promos para Keyflower, meu jogo favorito menos jogado. Agora já gastei com Keyflower o equivalente ao preço de um Fiat Uno 91 2 portas.
+ Wildlands: The Thorns & The Roses (BGG Market)
Assim como Keyflower: Delivery Man, essa promo pro Wildlands veio no Brettspiel Adventskalender 2018. Não podia deixar passar.
Esses tokens de rosas/espinhos parecem tentar reduzir o espaço do mapa para partidas com 2 ou 3 jogadores.
+ Wildlands: The Unquiet Dead (Miniature Market)
Me torneio fã de um jogo que prometia não ter uma enxurrada de expansões, e cá estou eu comprando a primeira de umas 4 anunciadas. Okay, jogo me divertiu e acho que vai ser bem longevo pra comunidade e aqui pro grupo.
Esse time de mortos vivos é bem assimétrico em relação aos times da caixa base, pois são 6 personagens em vez de 5 e tem apenas dois símbolos nas cartas, permitindo uma flexibilidade muito grande na hora de qual bicho feio mover.
+ Isle of Skye: Druids (Miniature Market)
Acompanho o desenvolvimento dessa segunda expansão desde que a primeira foi lançada e recebeu reviews mornos da comunidade. Antes da expansão 2 se chamar Druids, ela tratava de fazer uso das estradas terminadas do seu reino. Por exemplo, se uma estrada terminasse em uma montanha, haveria uma mecânica onde ela se tornaria um tile de Mina, gerando algum tipo de recurso e pontos. Logo essa idéia foi abandonada (quem sabe volta na expansão 3?) e virou Druiden (em alemão).
+ Great Western Trail: Rails To The North (Miniature Market)
Fiz a pre-venda em outubro ou novembro, e foi enviada ali em dezembro, então levou um tempinho a mais pra chegar por conta do volume de compras típico do fim de ano. Chegou na mesma semana que a Conclave Editora fez anúncio que vai traze-la.
Mais sobre ela ali embaixo na parte de jogatinas (spoiler: adoramos!).
+ Diamant (Ebay)
Um jogo que sempre me trouxe boas experiencias foi Tesouro Inca. Blefe, a surpresa a cada virada de carta e a ganancia corroendo os participantes. Tudo isso sempre gerou muita risada. Se era pra ter um party game, e um só, que fosse esse. Mas a verão da Grow é tão meeh, não acham?
Conheci a implementação da Iello chamada Diamant, quase que uma versão de Luxo do jogo, e depois de muita busca pela versão em inglês (parece que a versão francês é mais fácil de achar) acabei embarcando novamente numa compra do Ebay que deu muito certo.
+ Santorini + Exp. Golden Fleece (Miniature Market)
Fiz a pré-venda da expansão e ela demorou horrores pra ser lançada, então o jogo base ficou pendurado lá no MM por SEIS MESES. Foi tanto tempo que eu já tinha mudado muito minhas preferências: menos jogos na estante e abstratos, jogos pra 2 e jogos familiares em baixa e descendo. A única coisa que se safaria nele pra mim seriam os poderes únicos, mais isso não era suficiente pra sustenta-lo.
Fiz até uma votação no Instagram perguntando "se eu gosto de jogos pesados, devo ficar com Santorini?"e a resposta foi 100% NÃO.
Vai pro espeto!
Meu primeiro leilão
Fiz meu primeiro leilão com tudo que queria mandar embora. Não tive lucro, com certeza, mas é importante deixar o desapego falar mais alto e lembrar do objetivo final: #EnxugaColeção.
- Caçadores da Galáxia Ed. Colecionador (Leilão)
Meu primeiro euro, comprado logo no comecinho da coleção, muito mais pelo tema do que pelo gênero. Esse teve o dedo dos influenciadores digitais que na época pós-financiamento coletivo continuavam falando muito bem do jogo, principalmente no YouTube.
Longe de ser um jogo ruim, na verdade joguei apenas duas vezes e logo depois a turma começou a comprar um monte de jogo, então esse foi ficando bem de lado.
O tamanho do setup me distanciou completamente de tentar jogar e avalia-lo melhor. Comprei o Insert de MDF pra tentar resolver essa questão mas ele me incomodou por não ter espaço para tudo da Ed. de Colecionador.
No final das contas percebi que não curto tanto jogos com as troquinhas de recursos típicas de Worker Placement e pasmém, tema descolado SciFi não me agrada num Euro (prefiro fazendinhas).
- Euphoria (Leilão)
Mais um que veio na empolgação por ser do designer do Viticulture e do Scythe (besteira de colecionar jogos do mesmo designer). Também me deixei influenciar fortemente pelos reviews do YouTube.
O que ninguém te conta nesses videos:
- a explicação das regras é cansativa, tanto que o próprio Jamey Stagmaier diz que não gosta de explicar
- as mecânicas são repetitivas: loop do aloca trabalhador -> pega recurso
- a assimetria dos recrutas é singela, os efeitos deles são parecidos
- o tema não brilha, mal aparece durante o jogo
Outra parada que me desanimava eram as penalidades das construções. Pessoal achava difícil ficar monitorando e acabava passando reto, esquecendo de aplica-las por boa parte do jogo. Tentei montar uns tokens pra distribuir pros jogadores, mas isso me alertou de que eu estava passando mais tempo tentando arrumar o jogo do que joga-lo. Desisti.
O último prego no caixão veio com o anúncio da expansão. Com esperança de que ela "corrigiria" tudo que eu não curti no jogo, me candidatei a tester pra receber o material em primeira mão. Assim que li o manual alpha do designer Morten Monrad Pedersen, percebi que não era aquilo que salvaria o jogo pra mim, por que no final das contas o meu relacionamento com o jogo ainda seria o mesmo.
No entanto, apesar de tudo, ainda jogaria ele, desde que eu não precisasse explicar.
- Flamme Rouge + Peloton + Promo (Leilão)
Adorei o jogo de início, como falei em Junho. Com empolgação peguei a imprescindível expansão Peloton, mas parece que ela fez parte da derrocada do jogo comigo. Jogar com 4 era uma coisa, jogar com 6 mudava bastante coisinha e o trabalho de "Narrador de Bingo" aumentava (tinha que controlar os turnos da galera). A aleatoriedade começou a pesar também e o jogo se tornava repetitivo e as decisões pareciam impactantes.
Deixei baixo a aquisição da nova expansão Meteo por perceber que aumentar a complexidade do setup e jogo não necessariamente deixaria o joguinho mais interessante pra mim.
Não foi dessa vez que encontrei o jogo de corrida definitivo.
- Navegador: Provilege Cards (Leilão)
Um dia pensei em ter esse jogo por causa do desginer Mac Gerdts, mas não foi fácil encontra-lo. Peguei as promos só pra garantir, mas com o tempo o jogo saiu fora do radar e as promos voaram.
- Exit: O Laboratório Secreto (Leilão)
Peguei numa troca tempos atrás, sendo minha última esperança com um jogo coop. Talvez o clima de puzzle fosse deixar tudo mais interessante, mas a falta de vontade de por ele na mesa acabou deixando o joguinho fechado em na gaveta.
Ludostore para pessoa física
Houve muita polêmica quando a LudoStore entrou no ar, mas opiniões acaloradas a parte, tive a oportunidade de iniciar o uso dela logo que foi liberado para pessoa física. Facinho de usar e colocar as opções, frete bacana pro comprador e facilidade pro vendedor.
Disclaimer: post não patrocinado.
- Pocket Imperium: Mech Worlds (Ludostore)
Vendi apenas uma Promo solta nesse mês, mas já serviu pra testar o sistema e comecei a cadastrar mais itens lá.
Jogatinas
Começamos o ano bem jogando Wildlands, que estava aqui fazia algumas semanas esperando ver mesa. Não me sentia seguro pra ensina-lo, mas um dos mapas usa menos mecânicas e ajuda bastante nesse momento introdutório.
Praia com tempo nublado, o cenário ideal para aprender e jogar o bem falado Gugong. Após sofrer um pouco no aprendizado conseguimos ter uma partida com bom andamento em 3. Deu pra sentir o potencial tático do jogo, o curioso elemento de hand building-unbuilding e os vários caminhos pra pontuar. Tivemos uma experiencia boa mesmo jogando, ensinando e sofrendo de AP compartilhado, imagina joga-lo com todo mundo tinindo?
Pra fechar a noite jogamos um Ganges a 2 adicionando a promo Mango Village. Essa mini-expansão adiciona um novo local de alocação para ativar os tais Mango Villages, que são tiles de encruzilhadas sem mercados ou castelos, mas que geram mais dados (achei eles bem fortes!). A partida terminou 0x0 com desempate pra mim por ter chego primeiro no encontro dos pontos.
O dia seguinte foi cheio de jogos.
Primeiro conheci The Climbers, um puzzle 3D competitivo. Um abstratão com poucas regras e bem fura olho. Todo mundo que chegava ia parando pra assistir e aprendia as regras só olhando. O jogo em 3 é bem competitivo, em 5 senti ele um pouquinho mais caótico e difícil de acompanhar. Gostei!
Na sequencia jogamos dois Flamme Rouge seguidos a 6 (com expansão Peloton). Meu receio em jogar com 6 pessoas é ter que comandar tudo: contar 123 e vai!, perguntar o valor da carta de cada próximo jogador, mover as miniaturas deles, fazer o vácuo entre os pelotões, distribuir as cartas de cansaço. Por sorte o grupo era bem treinadinho e as partidas foram mais leves nesse sentido. Os turnos eram rápidos, mal dava tempo de pensar direito e comecei a pensar se realmente é um jogo onde pensar faz diferença. Última partida com a minha cópia.
Continuamos com 7 Wonders. Todos sabiam jogar o jogo base, então pareceu ótima idéia adicionar a expansão Líderes. O resultado foram infinitas dúvidas sobre regras e iconografias da expansão. Um jogo que normalmente é leve (e da pra joga até 2 seguidas) ficou pesadão. Talvez o elemento Cerveja tenha "ajudado a atrapalhar", mas saímos cansados da sessão.
Para curar a dor de cabeça o pessoal foi jogar um abstrato de destreza chamado: Bocha.
Na segunda partida com minha cópia de Brass: Lancashire jogamos em 3. Chegou um primo gamer da Noiva acompanhado de um amigo random. Perguntei o que ele já tinha jogado algo e ele respondeu "jogo as coisas ai, com a rapazeada…". Okay, não ficou muito claro a aptidão do rapaz, mas a vontade de jogar Brassinho era gigante, então mandei a bochada de regras e não é que a galera curtiu? Ao longo da partida (+3 horas) a interação foi evoluindo e no final o clima estava muito bom. Três partidas de Through The Desert encerraram a jogatina.
E na loucura pelo Brass, me cadastrei na Order of the Hammer, um site anos 90 com implementação rankeada de Brass. O cadastro já foi cavernoso, tive que ir no BGG mandar mensagem pro administrador do site liberar meu acesso. Criei uma partida, entraram uns caras e começamos a jogar, mas a interface bizarra me afastou completamente. Cancelei a partida e vazei, não é pra mim.
GWT Rails To The North, chegou de supetão num sábado e viu mesa já no domingo, 3 vezes seguidas. A Noiva e eu desbravamos esse Norte e Oeste do continente americano espalhando nossos gados por todo lado. Expansão excelente!
Estreamos Starship Samurai do Felipe. Fui pro jogo com um pé atrás porque no BGG é listada a mecânica Take That. Pra minha supresa é um jogo levíssimo com batalhas que não ofendem. O texto nas cartas (texto nãããooo!) é bem suave e os jogadores manipulam poucas cartas ao mesmo tempo. Gostei bastante!
Fechei o mês com 7 partidas de Brass: Lancashire, um recorde para jogos desse quilate! A essa altura o jogo já luta pra ser meu Top 1, pau a pau com GWT.
Wishlist
Fiquei sabendo de um novo-antigo Knizia, ou seja, um jogo véio com cara nova pela mesma empresa que trouxe Medici das cinzas, a Grail Games. Stephenson's Rocket, um joguinho de trem, Zero sorte. Vou acompanhar mais de perto, mas os reviews no BGG de 10 anos até aqui são bem divididos.
Nas atualizações do BGG apareceu o tal Iwari, reimplementação de China/Web of Power. Com belíssima arte, o jogo é um controle de área sem dependência de idioma (ponto positivo). Me cadastrei em um newsletter e ganhei um componente de metal pra usar no jogo… mas pra isso preciso ter o jogo.
Não sei como cheguei no Escape from Aliens in the Outer Space. O tema me chamou atenção, olhei alguns reviews e logo percebi que era o jogo que eu não deveria pegar. Hidden Movement + Hidden Role… minha preocupação é que ele nunca seja jogado.
No próximo capítulo: Wargamer Gourmet
