Assim como dei meu parecer a respeito das 6 ESTRATÉGIAS do RF90, é hora de dar uma passadinha por um dos itens mais importantes (se não mais importante) deste jogo que são o calcanhar de aquiles de qualuqer jogo de corrida: AS PISTAS.
MONZA
Em comparação com a pista real, MONZA me pareceu cumprir seu papel. Trechos de alta mesclados com trecho de baixa tornam essa pista bacana para quem está começando. Trata-se de uma pista de alta velocidade e portanto com vários pontos de ultrapassagem - principalmente antes e após a Parabólica, além de possuir freadas fortes - achei que isso tudo foi muito bem portado para o tabuleiro.

Mas como nem tudo são flores, Monza (real) tem boa área de escape e portanto é raro fazer aparecer um Safety Car por alguma lambança de algum piloto fora da pista. Sendo assim, não era necessário colocar 2 pontos de SC nela - mas como o fator DIVERSÃO tem que ser levado em conta e se trata de um lançamento (é preciso agradar a maioria e não apenas aos puristas), vamos dar um desconto. Na média o resultado ficou muito bom, apesar de não ser muito desafiante.
HUNGARORING
Esta pista eu confesso ter ficado decepcionado. Eu lembro que Hungaroring na época do Senna era uma corrida EXTREMAMENTE CHATA, pois não havia pontos de ultrapassagem - até mesmo a reta era muito curta e apenas carros muito superiores conseguiam a façanha de ultrapassar neste local.

Isso não se refletiu no RF90, onde Hungaroring é mais lenta que Monza porém com vários pontos de ultrapassagem. Apesar da existência de uma grande quantidade de curvas, nada disso consegue trazer para o tabuleiro a sensação de "dificuldade" da época. Uma pena, mas como já foi dito, por se tratar de um lançamento, o fator DIVERSÃO deve ter pesado bastante e lançar um circuito cheio de frescura poderia afastar ainda mais os jogadores casuais.
Dois pontos a destacar: O criador do jogo admitiu que a ideia não era mesmo fazer nada muito mirabolante nestas pistas justamente por se tratar de lançamento e também declarou estar ciente das dificuldades em se criar circuitos com diferentes desafios mas levou isso em conta quando definiu as zonas de frenagem e o montante de "prejuízo" que cada carro sofre ao sair da pista.
O segundo ponto a destacar é que MONZA e HUNGARORING são dois circuitos bem distintos que valorizam mais a HABILIDADE do que a ESTRATÉGIA. Você não vai perceber muita diferença entre uma BALANCE usada em Monza e outra em Hungaroring, mas vai perceber bem ao usar um LAPPING, PITTING ou REFLEXES nestes dois circuitos.
SPA-FRANCORCHAMPS
Sem considerar as Extremes Trajectories eu diria que SPA cumpre o seu papel: foi uma pista que conseguiu captar bem algumas características REAIS do circuito: Rápido, vários pontos de ultrapassagem e grande possibilidade de uma chuva infernizar a vida dos pilotos.

A expansão trouxe tudo isso: Muitas seções de retas espalhadas por toda a pista, curvas de alta (composta de apenas uma seção e sem zona de frenagem) e o sistema de sorteio de chuva foi alterado (em relação as outras pistas) para permitir ao jogo começar com chuva fraca.
E as Extremes Trajectories? Sinceramente não acrescentam nenhum desafio ESTRATÉGICO para esta pista e sim desafio TÁTICO, portanto serve apenas como uma "pimentinha" pra tornar esta pista diferente de Hungaroring.
Em tempo: Um acréscimo interessante na expansão (Mônaco e SPA) e que foi muito bem vinda para diferenciar essas duas pistas de suas antecessoras é que algumas track cards que se referem a uma mesma curva podem conter símbolos de combinação.
Isso permite jogar duas Track Cards de uma mesma curva juntas, abrindo a possibilidade de um jogador mover "uma barbaridade" num determinado trecho, podendo assim simular uma "volta mais rápida da pista". Isso não ocorre em MONZA e HUNGRIA, onde o jogador só consegue combinar uma Track Card com uma Race Card.