Notas:
1. Tirado de https://jogoeu.wordpress.com/2013/07/01/the-boss/
2. Essa versão vai até 6 jogadores, porém atualmente o jogo é de 2 a 4 jogadores, com uma expansão de 5-6 jogadores que está OOP.
3. A última versão foi lançada pela Blue Orange Games, cujo manual logo logo aparece na ficha do jogo!

Sinopse:
Em The Boss os jogadores fazem parte da Máfia e têm de levar a cabo alguns “negócios” em diferentes cidades dos Estados Unidos. Para isso, os jogadores terão a ajuda de gangsters e alguns freelancers do crime para ganhar posição dominante nessas cidades. O objetivo deste jogo de dedução e maiorias é obter o máximo de dinheiro “sujo” possível no fim do jogo.
Como se joga:
Cada jogador recebe 9 cubos de Gangster (6 grandes e 3 pequenos). Os cubos grandes representam os criminosos que os jogadores recolhem no final de cada uma das rodadas; os cubos pequenos representam freelancers do crime e só podem ser usados uma única vez durante todo o jogo. Todos colocam o seu disco na casa de partida no pequeno tabuleiro que acompanha o jogo.
Dispõem-se as cartas de personagem em função do número de jogadores conforme a tabela de baixo:

A ordem de colocação faz-se usando a ordem crescente dos números inscritos nas respetivas cartas (no canto superior direito). A carta de Chicago começa sempre na segunda posição e vai mudando de posição ao longo do jogo.
No caso jogarem 6 jogadores são usadas todas as cartas de cidade e todas as cartas de personagem.
O jogador mais velho recebe o disco branco que define o jogador inicial. Embaralham-se as 5 cartas de policia e forma-se um baralho ao lado do tabuleiro com a face virada para baixo.
O jogo decorre num máximo de 5 rodadas com 5 turnos cada uma (correspondente a cada carta do jogador), isto é, uma rodada corresponde a jogar as 5 cartas que cada jogador tem na sua mão.
No fim de cada rodada distribuem-se os proveitos e executam-se as sanções.
No início de cada rodada o jogador inicial (JI) coloca uma carta de personagem com a face virada para baixo, debaixo de cada uma das cidades correspondentes a essa personagem (como se pode ver na imagem em baixo).
No último turno de cada rodada, a ordem de turno é diferente da inicial, o jogador inicial passa a ser aquele que tiver mais gangsters e freelancers à sua frente, ou seja, o jogador que tiver mais gangsters e freelancers é o primeiro, o segundo é o que tiver mais a seguir e assim por diante até ao último jogador, que será o que menos gangsters e freelancers tiver à sua frente. Em caso de igualdade o primeiro é o que estiver mais próximo do JI.
De seguida, o JI embaralha as cartas de personagem restantes e distribui 5 a cada jogador.
No fim do 3º turno (em cada uma das rodadas), ou seja, todos os jogadores terão ainda 2 cartas na mão para jogar, vira-se uma carta de polícia, se essa carta for a 3ª carta de polícia com a mesma cor (em conjunto com as cartas de polícias tiradas em rodadas anteriores), o jogo termina no fim dessa rodada.
No seu turno os jogadores executam as seguintes ações:
- Jogar gangsters/freelancers numa cidade (facultativo);
- Jogar carta de personagem (obrigatório).
Em todos os turnos exceto no último de cada uma das rodadas, o JI começa por decidir se quer ou não colocar 1 ou mais dos seus gangsters/freelancers numa carta de cidade, esta ação é facultativa. No caso de querer colocar na cidade de Chicago, o jogador precisa de ter já gangsters/freelancers jogados em turnos anteriores.
Um freelancer só pode ser jogado se for associado a um gangster, nunca sozinho, no entanto, os freelancers têm o mesmo valor que um gangster. Os gangster são recuperados no fim do jogo enquanto que os freelancers são retirados do jogo depois de terminar a ronda em que forem usados.
Os gangsters e os freelancers não podem ser, nem mudados nem tirados de uma cidade em turnos subsequentes.
Depois, o jogador tem de jogar uma das cartas de personagem que tiver na mão por baixo da cidade correspondente a essa personagem. Essa carta é colocada com a face virada para cima de forma a que todos possam ver a que valor corresponde.
A colocação de gangsters/freelancers não determina a cidade onde podemos jogar a nossa carta de personagem, isto é, podemos jogar os nossos gangsters/freelancers numa cidade e a nossa carta de personagem noutra cidade diferente.
No fim da rodada todas as cidades são avaliadas em termos de maiorias (excepto Chicago), o jogador com mais gangsters/freelancers em cada uma das cidades conquista o valor/sanção que está escondida por baixo da respetiva cidade.
No caso de Chicago o ganho do jogador que tenha aí maioria é receber metade (arredondado para baixo) do somatório das últimas cartas de cada uma das cidades que estiverem à sua esquerda. No exemplo de cima, quem controla Chicago é o jogador vermelho que irá ter de repartir com AlCapo o somatório das últimas cartas de New York (3M$), Boston (0M$) e Detroit (4M$), num total de 7M$. Ao Alcapo caberá 4M$ e ao jogador vermelho 3M$.
No início de cada rodada a carta de Chicago troca de posição com a carta de cidade que estiver imediatamente à sua direita e só depois se colocam as cartas de personagem voltadas para baixo, por baixo de cada uma das cidades e se completa o procedimento de início de uma nova ronda como explicado anteriormente.
O fim do jogo acontece na rodada em que a 3ª carta de polícia da mesma cor saia. O vencedor será aquele que tiver mais dinheiro no fim dessa ronda e após a avaliação das diferentes cidades.
Avaliação:
The Boss não encantou muito aqui pela nossa banda mas é sem dúvida um belíssimo jogo no seu género. A dedução nem sempre agrada a todos enquanto mecanismo, no entanto, é irrefutável que estamos em presença de um jogo muito bem estruturado a partir desta mecânica.
As deduções nos primeiros jogos são por vezes difíceis de fazer e é recorrente a sensação de dúvida até quase ao fim de cada ronda.
O material do jogo é de boa qualidade e quem dera a muitas editora terem o pragmatismo da Blackrock que colocou o jogo numa caixa adequada ao material, escusando-se a servir-nos um jogo pequeno numa caixa de tamanho médio, como se vê muitos jogos com esta dimensão a serem empacotados. Parabéns por isso. As regras estão francamente mal estruturadas, é um ponto bastante negativo, na minha opinião.
A leitura das regras devia ser bem mais fácil do que acaba por ser, apenas porque as regras do jogo estão mal definidas. Um aspecto a melhorar seguramente em futuras edições!
Um jogo barato e muito interessante para jogar em pouco tempo e com grupos grandes!