Partida de estreia de todos. Levou um bom tempo para separar as peças, preparar o cenário e aprender o grosso das regras. As primeiras horas foram travadas, cheias de consultas acerca de diversas situações. Ficou claro que não terminaríamos dentro de 8 horas, como imaginávamos.
A divisão das casas ficou:
Trentini (Inglaterra)
Rafael (Papado)
Jorge (Otomanos)
Fabiano (Protestantes)
André (França)
Tiago (Habsburgos)

De começo, os Otomanos tiveram grande vantagem - montaram uma armada forte e conseguiram tomar posições importantes, ocupando toda a Hungria e batendo nas portas da Europa Ocidental - os Habsburgos tentaram impedi-los, levando grande exército para Buda e sendo massacrados. Em resposta, os Otomanos moveram seus exércitos, tomando Pressburg e, pior, sitiando Viena, após novo massacre.
Na Espanha, os Habsburgos espalharam e ampliaram seus exércitos, protegendo Navarra e Barcelona, o que assustou a França, que armou-se em Marselha e Bordéus, sob a supervisão do Rei Francis I; uma tensão grande que nunca chegou a se concretizar.
Parte disso deve-se porque a França e a Inglaterra fizeram o que fazem melhor: brigar entre si. Foram diversas escaramuças e batalhas em Ruão, Bolonha-sobre-o-Mar e até mesmo em Paris, duas vezes. Nenhuma dessas lutas foi definitiva - a maioria os ingleses levaram vantagem, porém os franceses, após aliarem-se com os Habsburgos, puderam se concentrar na guerra contra a Inglaterra, recuperando seus exércitos e marinha tão rápido quanto estes eram perdidos.
Os Protestantes iam traduzindo os textos sagrados e espalhando seus ensinamentos pela Alemanha e região, de maneira muito mais rápida do que o Papado era capaz de contra-reformar. Não demorou para apenas haver apenas poucos bolsões católicos no sul, perto da Itália. Os debates entre a Reforma e o Papado eram indeterminados.
Otomanos - 19
Papado - 18
Protestantes - 15
Habsburgos - 13
França - 12
Inglaterra - 10
Os Otomanos seguiam fortes, porém pararam de pressionar a Europa pelo oeste, satisfeitos em tomar Viena. Até porque várias vezes seu líder, Solimão, o Magnífico, teve de retornar para Istambul, atrasando o avanço dos exércitos. Mesmo assim, sua armada tomou os mares - tanto que puderam mover tropas para o norte da África e para a Itália, primeiro ocupando Messina e, depois, atacando Nápoles - novamente os Habspurgos não resistiram e perderam a cidade. O Papado ficou temeroso de ser invadido pelos Otomanos e passaram a recrutar exércitos.
O sucesso dos Habsburgos - que perdiam terreno em todos os locais, exceto na Espanha - veio no além-mar. Seus exploradores foram aos Grandes Lagos e ao Rio São Lourenço; e seus conquistadores dominaram os Incas e os Astecas; além de formarem 3 colônias, em Cuba, na Ilha de São Domingos e em Porto Rico. Isso foi essencial para o esforço militar na Europa, já que as riquezas (cartas) advindas daqui permitiram aos Habsburgos manter os recrutamentos e montagem de barcos para tentar resistir à maré Otomana.
França e Inglaterra continuavam em seu entrevero - porém o status mudou: a Inglaterra destruiu uma armada francesa que Ruão, só que a luta ali deu margem para um movimento ousado: os franceses, por Brest, invadiram a esvaziada Inglaterra e sitiaram e tomaram Londres! O Rei Henry VIII estava em York, ocupado em divorciar-se e casar-se duas outras vezes, na tentativa de obter um herdeiro, o que veio a ocorrer. Contudo, nem essa boa nova foi suficiente para recuperar o moral inglês quando o Henry suplicou por paz com a França, recuperando Londres, mas deixando o orgulho inglês na lama.
Vendo o povo inglês em busca de esperança, a Reforma chegou ali forte. Em pouco tempo, apenas algumas cidades importantes estavam fora da área de influência dos Protestantes. Em resposta às estripulias carnais do Henry e à entrada dos Protestantes, o Papa Clemente excomungou o Henry, trazendo uma crise interna da qual a Inglaterra quase não conseguiu recuperar-se.
Otomanos - 23
Papado - 19
Protestantes - 18
França - 16
Habsburgos - 15
Inglaterra - 12
O debates entre os Protestantes e o Papado prosseguia, com pouco resultado para conter a expansão da Reforma. Agora, após a instauração da Liga de Esmalcalda, a Reforma tinha os meios de uma nação, ao formar um exército, líderes militares e passar a tomar cidades para si. Os Habsburgos não gostaram disso, vendo sua parca influência na região declinar ainda mais, porém, diante da ameaça Otomana, era difícil fazer algo contra isso. Batalhas marítimas enormes ocorreram na Costa Bárbara e na Costa do Norte da África - a vantagem permanecia para os Otomanos, que passaram a aliar-se com piratas corsários sob o comando do Barbarossa.
Contudo, o perigo dos Otomanos não passou desapercebido às outras potências. Os Protestantes haviam auxiliado os Otomanos no passado, mas agora viram que tinham que fazer algo, e ajudaram os Habsburgos. Também a França emprestou sua armada do sul, que apesar de ser destroçada, ajudou a derrotar a imensa frota Otomana. Não era o fim dela, contudo houve ao menos um momento de respiro.
Os exércitos papais ocuparam Siena e Florença, com olhos em tomar Gênova. Só que esta cidade-estado mostrou-se mais dura de ser batida, expulsando as forças papais três vezes. No entanto, a pressão manteve-se e Gênova, afinal, foi ocupada. O Papa Clemente não fazia bem jus a seu nome, e queimou na estaca dois debatedores reformistas. E seu sucessor fez o mesmo com outro.
Após uma sequência de conflitos, na Argélia e na Tunísia, os Habsburgos tentaram retomar Nápoles, e falharam, e ainda perderam Malta e Trípoli - cidades de menor relevância, ao menos. Foram necessárias mais três tentativas para, afinal, o Rei Charles tomar Nápoles. Em seguida, o Charles foi para o Norte, lidar com a expansão protestante. Ele obteve sucesso em Tréveris e Mainz, só que Lutero pediu por paz, obtendo-a. Charles levou seus exércitos para Valladolid, e isso deu margem para que a Reforma pudesse completar seus objetivos, tendo oposição apenas do Papa.
Habsburgos - 20
Otomanos - 19
Papado - 19
Inglaterra - 19
França - 17
Protestantes - 16
Foram dois debates extremamente acirrados que, se vencidos pelos Protestantes, fariam estes vencer a disputa que tinham. Porém os debatedores papais foram incríveis e conseguiram reverter um quadro que parecia perdido. Talvez a decepção tenha sido demais para Lutero, que faleceu pouco após, deixando o controle da Reforma para Calvino, que tinha grandes dificuldades para converter os franceses - algo quase inesperado, em vista da extrema facilidade junto aos alemães e ingleses.
A Inglaterra teve boas notícias: o nascimento do Eduardo IV e conseguiu derrotar os escoceses com grande facilidade, já que a França largou mão desses aliados de forma a poder se concentrar em outro objetivo.
Os Otomanos, após 20 anos de guerra intermitente contra os Habsburgos, e estando bastante enfraquecidos em suas forças terrestres, acertaram um armistício. Mas isso não os impediu de tentar piratear cidades dos Habsburgos, porém o sucesso deles nesta empreitada foi limitado.
O Papado, em resposta ao seu bom momento, fundou uma Universidade Jesuíta em Leipzig e acelerou a construção da Catedral de São Pedro, conseguindo finalizá-la após grande esforço.
A França, mesmo sob ameaça de excomunhão para o Francis I, declarou guerra ao Papado, levando um exército gigante para perto de Gênova. Os Habsburgos e os Otomanos, após tantas perdas, fizeram um breve armistício, mas isso não impediu os piratas de atacaram cidades dos Habsburgos. Foi de pouco efeito, já que os Habsburgos agora estavam determinados a recuperar sua influência na Alemanha. Liderados por Charles, houve uma campanha determinada para destruir os exércitos Protestantes e tomar as cidades de Eleitorado - conseguindo, na campanha de 4 anos, entre 1540 e 1543, ocupar e deixar sob sua influência, Tréveris, Augsburgo, Wittenberg e Brandemburgo.
Os franceses, testemunhando essa expansão, preocuparam-se e, mesmo sendo aliados dos Habsburgos, tentaram contê-la - tomando Colônia e ameaçando Mainz. Os Habsburgos estavam próximos de sua vitória, mas careciam de Mainz para isso. Havia duas opções: atacar primeiro, com tropas de tamanho similar, e torcer pela vitória; ou deixar os franceses tentarem antes, de forma a não atacar, eliminar defensores, mas perder, deixando mais fácil a tarefa dos franceses. Os Habsburgos decidiram atacar, e apesar do resultado ser um empate, o que obrigou os exércitos dos Habsburgos recuarem, Mainz ficou vazia de forças, o que permitiu aos Habsburgos estenderem um braço amigo e lançarem sua influência ali.
Assim, a partida encerrou a vitória dos Habsburgos, ao final da 6a rodada, atingindo 26 pontos. O resultado final ficou:
Habsburgos - 26 pontos
Inglaterra - 22
Papado - 20
Otomanos - 19
França - 19
Protestantes - 18

E foi isso!
Abs,