Ótimo artigo Rodrigo.  Não sei se crescem na proporção que prega o teu texto, mas acho que estão mais evidentes.  Por exemplo, aqui no sul, tem designers que estão ralando fazem anos, mas não existe tanto espaços como os grandes centros.  E o que observo é que com o exemplo daí, o pessoal tem criado mais coragem de mostrar os protótipos.  Então, parece que o número aumentou bastante.  Um exemplo foi a quantidade de FCs nacionais nesse ano, não são jogos que foram criados ontem, são jogos que foram criados e estão sendo testados por anos, mas agora que estão "pintando" oportunidades.

Excelente texto, traz realmente muito do que vemos como Designers e participante de eventos.

Em minha opinião faltou apenas uma análise de outro agente desta bolha: o perfil do mercado editorial do Brasil. As editoras nacionais não abrem espaço para os designs locais na mesma proporção do aparecimento de excelentes jogos (veja que estou excluindo os jogos em desenvolvimento, levando em conta apenas os que já estão prontos para editar). A quantidade de projetos no concurso da Papaya que começou em Fevereiro deste ano já dava um "cheiro" deste fator.

As editoras mais conhecidas nacionalmente (evito usar o termo "grande", pois cria uma falsa impressão de empresas de grande porte) estão focadas quase que exclusivamente em reprints de blockbusters com idioma localizado para o PT-BR, e isto não é por "birra" ou "sacanagem" dos editores, mas sim como um fator mercadológico para atender o consumidor que procura em essência os importados... Aí outra figura, o nosso velho "complexo de vira-lata" acaba ajudando: "sommeliers", "boardgamers de carteirinha" e demais em sua maioria torcem o nariz pro nacional fora e hype.

Mesmo assim, fico feliz em ver editoras novas apoiando e abraçando jogos nacionais (como o Overdrive, projeto que curti desde quando vi pela primeira vez e que ficou meio que empacado em uma editora conhecida e que graças a uma nova editora agora vai sair!) e algumas mais conhecidas abrirem o portfolio pro nacional também, em destaque para a RedBox com as divulgações dos projetos da galera do Rio.

Designers estão surgindo, muitos projetos estão surgindo. Regiões "inóspitas" e "esquecidas" como por exemplo o Nordeste (a qual faço parte) estão produzindo muita coisa (quem tiver interesse, procure por Gamebook SPAtótipo no ISSU / Google), mesmo sem ter visibilidade e encarando a distância dos editores. Agora, basta o publico começar a pedir por estes projetos para que as editoras mais conhecidas abram os olhos. As novas editoras que apóiam o design nacional estão surgindo (AINDA BEM!), mas ainda não atendem a demanda de bons projetos.

Acredito que em 5 ou 10 anos, ao lermos novamente este post, teremos uma grata sensação saudosista de como o passado era difícil, heheheh! O mercado tende a amadurecer e quem aguentar firme sem deixar estourar junto com a bolha deve colher algo bom.

Abração meu chará, e mais uma vez parabéns pelo seu texto!

Ótimo texto!

Mas não entendi muito bem o que aconteceria se uma bolha de game designers explodisse. Iria fechar editoras, designers entrariam em depressão? 

Um significado interessante sobre Bolha: tudo aquilo que nos ilude sobre a natureza da realidade e ao mesmo tempo, serve como apoio para prosseguirmos vivendo.

Jetro::Ótimo texto!

Mas não entendi muito bem o que aconteceria se uma bolha de game designers explodisse. Iria fechar editoras, designers entrariam em depressão? 

Um significado interessante sobre Bolha: tudo aquilo que nos ilude sobre a natureza da realidade e ao mesmo tempo, serve como apoio para prosseguirmos vivendo.

Então Jetro, pensei algo parecido.  O pior que poderia acontecer é ter jogo encalhado.  Ter mais oferta que demanda.  Isso não tenho dados para afirmar se está acontecendo.  Um amigo lojista disse que está, mas não tenho nada consistente sobre isso.

Nessa geração, o sonho do adolecente não é mais ser jogador de futebol, e sim criador de jogos ou ilustrador.

O mercado saturou rapidamente com jogos eletrônicos, além de ser difícil promover algum rentável, mesmo em mobile.

Vejo hoje, que os boardgames estão servindo para substituir esse sonho de muito mortais, ja que o caminho ainda parece menos impossível que o de jogos eletrônicos.
 

MOITA1980::Ótimo artigo Rodrigo.  Não sei se crescem na proporção que prega o teu texto, mas acho que estão mais evidentes.  Por exemplo, aqui no sul, tem designers que estão ralando fazem anos, mas não existe tanto espaços como os grandes centros.  E o que observo é que com o exemplo daí, o pessoal tem criado mais coragem de mostrar os protótipos.  Então, parece que o número aumentou bastante.  Um exemplo foi a quantidade de FCs nacionais nesse ano, não são jogos que foram criados ontem, são jogos que foram criados e estão sendo testados por anos, mas agora que estão "pintando" oportunidades.

Obrigado Moita! Mesmo que sejam designers escondidos que só agora estão se mostrando, o efeito acaba sendo o mesmo. E essa multiplicação não é um problema em si, avó até que quantidade gera qualidade. Mas o nosso ecossistema tem que aprender a lugar com isso para que bons jogos não se peçam por falta de espaço para demonstração.

Rodrigo Zuzu::Excelente texto, traz realmente muito do que vemos como Designers e participante de eventos.

Em minha opinião faltou apenas uma análise de outro agente desta bolha: o perfil do mercado editorial do Brasil. As editoras nacionais não abrem espaço para os designs locais na mesma proporção do aparecimento de excelentes jogos (veja que estou excluindo os jogos em desenvolvimento, levando em conta apenas os que já estão prontos para editar). A quantidade de projetos no concurso da Papaya que começou em Fevereiro deste ano já dava um "cheiro" deste fator.

As editoras mais conhecidas nacionalmente (evito usar o termo "grande", pois cria uma falsa impressão de empresas de grande porte) estão focadas quase que exclusivamente em reprints de blockbusters com idioma localizado para o PT-BR, e isto não é por "birra" ou "sacanagem" dos editores, mas sim como um fator mercadológico para atender o consumidor que procura em essência os importados... Aí outra figura, o nosso velho "complexo de vira-lata" acaba ajudando: "sommeliers", "boardgamers de carteirinha" e demais em sua maioria torcem o nariz pro nacional fora e hype.

Mesmo assim, fico feliz em ver editoras novas apoiando e abraçando jogos nacionais (como o Overdrive, projeto que curti desde quando vi pela primeira vez e que ficou meio que empacado em uma editora conhecida e que graças a uma nova editora agora vai sair!) e algumas mais conhecidas abrirem o portfolio pro nacional também, em destaque para a RedBox com as divulgações dos projetos da galera do Rio.

Designers estão surgindo, muitos projetos estão surgindo. Regiões "inóspitas" e "esquecidas" como por exemplo o Nordeste (a qual faço parte) estão produzindo muita coisa (quem tiver interesse, procure por Gamebook SPAtótipo no ISSU / Google), mesmo sem ter visibilidade e encarando a distância dos editores. Agora, basta o publico começar a pedir por estes projetos para que as editoras mais conhecidas abram os olhos. As novas editoras que apóiam o design nacional estão surgindo (AINDA BEM!), mas ainda não atendem a demanda de bons projetos.

Acredito que em 5 ou 10 anos, ao lermos novamente este post, teremos uma grata sensação saudosista de como o passado era difícil, heheheh! O mercado tende a amadurecer e quem aguentar firme sem deixar estourar junto com a bolha deve colher algo bom.

Abração meu chará, e mais uma vez parabéns pelo seu texto!

Obrigado Rodrigo! Tenho uma visão mais pragmática sobre a preferência do brasileiro por jogos internacionais. Acho que nos faltam ainda mecanismos que chancelem a qualidade de um jogo. Por enquanto, os únicos que temos são o prêmio Ludopedia e a própria reputação anterior do autor (para os poucos que tem uma, como Halaban, Macri, Fel e Daniel Alves). Jogos de fora vem chancelados por ranking do bgg, reviews da dice tower e Rahdo, prêmios, etc. Em qual jogo vc como consumidor apostaria seu dinheiro? Temos que criar bons mecanismos de chancela aqui tbm.

Jetro::Ótimo texto!

Mas não entendi muito bem o que aconteceria se uma bolha de game designers explodisse. Iria fechar editoras, designers entrariam em depressão? 

Um significado interessante sobre Bolha: tudo aquilo que nos ilude sobre a natureza da realidade e ao mesmo tempo, serve como apoio para prosseguirmos vivendo.

Acho que pro mercado não aconteceria nada, é até bom. Mas da perspectiva dos designers, disputar espaço de demonstração e teste é bem ruim, e pode fazer com que alguns bons jogos não ganhem o espaço que mereçam.

yscalybur::Nessa geração, o sonho do adolecente não é mais ser jogador de futebol, e sim criador de jogos ou ilustrador.

O mercado saturou rapidamente com jogos eletrônicos, além de ser difícil promover algum rentável, mesmo em mobile.

Vejo hoje, que os boardgames estão servindo para substituir esse sonho de muito mortais, ja que o caminho ainda parece menos impossível que o de jogos eletrônicos.
 

Não duvido. Não conheço o mercado de jogos eletrônicos, mas pelo que sei o mercado de jogos indie está bem saturado.