Por Bob Durf
Fonte: http://www.boardgamegeek.com/thread/1140090/i-will-return-stronger-and-more-powerful-ever
Here I Stand, quando eu finalmente consegui obter este jogo, ele provou ser um dos jogos mais originais e ricos que eu já joguei. Eu classifiquei-o com notas altas e esperei que ele ficasse com esta nota alta por um bom tempo. Infelizmente, eu tive que baixar as suas notas ligeiramente. Por quê? Porque Virgin Queen é ainda melhor do que o seu antecessor épico. Jogabilidade, estratégia, acessibilidade e componentes estão um passo acima de Here I Stand.
Componentes: Os componentes são em sua maioria de alto nível. O tabuleiro do jogo é provavelmente o melhor que eu já vi em termos de originalidade e equilíbrio entre beleza e jogabilidade. As cores ricas e o mapa distorcido com pequenas adições, como as assinaturas dos líderes, ajudam ainda mais. Um ponto negativo para o mapa é que tem menos espaço para mesas retangulares, em comparação com Here I Stand. Isso coloca mais ênfase em cartas na horizontal. Eu não me importo, mas eu teria gostado, pelo menos, que a Trilha de Vitória ficasse no tabuleiro principal.
As fichas parecem de melhor qualidade em Virgin Queen. Minhas fichas do Here I Stand estão desgastadas e um pouco rasgadas, devido ao alto tempo que tenho o jogo e várias partidas que fiz. As cartas são de alta qualidade, com a exceção das cartas matrimoniais. Por alguma razão, elas tendem a dobrar mais fácil do que o baralho normal.
Não consigo comentar sobre o livro de regras, uma vez que muita coisa foi retirada do Here I Stand. As regras são fáceis de seguir, embora o material em “Novo Mundo” é um pouco mais difícil de entender do que outras coisas nele.
Jogabilidade: Se você já jogou Here I Stand, a jogabilidade é semelhante, mas bem mais suave. Em particular, o aspecto religioso é muito melhor integrado, e realmente melhora a jogabilidade. Quase todo mundo está de alguma forma envolvido com religião desta vez, e o processo de conversão é fácil de entender e fácil de usar. Isso faz com que as lutas religiosas fiquem mais fáceis até mesmo para as pessoas com pouca interação direta com elas. O jogo também entra no balanço das coisas muito mais rápido, sem eventos tardios, como os piratas Barbary ou a Liga Schekamakshgdebksjdh segurando os jogadores.
A única área mais confusa é na fase de resoluções ao final do turno. Em Here I Stand, exploração e colonização eram resolvidos nesta fase. Em Virgin Queen tudo deve ser resolvido como ciência, artes, casamento e colônias, e muitos dados rolam na mesa ao mesmo tempo, retardando o jogo. Eu gosto de todos esses sistemas e funcionam bem isoladamente, mas a resolução de todos na mesma fase, especialmente os casamentos, tiram a suavidade do jogo.
Estratégia: Se eu disse em Here I Stand: "Aqui está a sua narrativa nesta história épica", em Virgin Queen eu digo: "Aqui está a história épica, escreva sua própria narrativa." Todo mundo pode fazer quase tudo, e todo mundo está muito mais ligado e interativo do que nunca. Na maioria dos casos, você pode sentir como se pudesse fazer o que quiser, e você geralmente pode. As mãos geralmente maiores de cartas significam que são menos propensas a ter uma mão ruim, e os eventos são tudo de bom, com o retorno dos favoritos dos fãs, como “Traição!”. Portanto, você pode planejar estratégias de longo prazo com bastante confiança, enquanto sua compra de cartas pode alterar decisões táticas que você pode fazer durante cada turno.
Pela minha experiência até agora, cada poder parece ser bastante equilibrado. Os jogadores precisam deste equilíbrio automático do jogo. A França é uma potência em Pontos de Vitória se não tiver pressão. Os Protestantes são muito mais divertidos para o meu grupo, enquanto eles são capazes de atingir uma área maior, se desejarem. Os Otomanos também parecem muito mais divertidos, com mais flexibilidade em ação, e mais motivos para negociar e interagir com todos os outros jogadores. Espanha terá suas mãos cheias, e certamente se divertirá mesmo se for atacada por quase todos, devido ao seu poder e eventos, como a Armada. A única coisa que cheira quase mal parece ser o Sacro Império Romano. Eles funcionam bem, mas parece que eles foram colocados em jogo para o caso de necessidade, e eu sinto quase uma falta de inspiração com eles em relação aos demais poderes. Isso não quer dizer que eles não são divertidos ou equilibrados, longe disso (suas cartas de casa criam enorme diversão na negociação), mas eles não se sentem tão poderosos em qualquer outro aspecto do jogo comparando com os outros poderes.
Eu li em um monte de lugar, as pessoas falando sobre estratégia militar no Virgin Queen e a suposta falta de retorno que ela traz. No meu grupo, eu não achei que Virgin Queen seja um jogo pacífico. Na verdade, mais opções disponíveis para cada poder significa que mais poderes estão ameaçando e interagem mais uns com os outros. A guerra geralmente não ganhará o jogo por si só, mas é uma estratégia muito razoável para qualquer jogador, dependendo das circunstâncias. Nós tivemos um ganhador militar pela Inglaterra como resultado de jogadas decisivas inteligentes, e a maioria dos nossos outros vencedores têm feito a sua parte de manobras inteligentes. No entanto, este aspecto militar do jogo é certamente dependente do grupo. Com um outro conjunto de jogadores menos viciosos, a parte militar foi muito menos relevante. A Inglaterra jogou por 3 rodadas sem lutar uma única batalha, enquanto a França jogou como não militarista o tanto quanto possível, procurando ganhar Pontos de Vitória de outras formas.
Parece-me que um jogador militar pode arruinar a posição de um outro poder, independentemente dos ganhos em Pontos de Vitória. Um bom exemplo foi um jogo onde o Sacro Império Romano produzia muitos Pontos de Vitória, quando teve seu exército atropelado e destruído. Os resultados foram devastadores, e uma pilha de Pontos de Vitória não ganha o jogo, se você não tem nenhuma maneira de obter mais. Uma outra partida aqui viu o jogador Otomano equilibrando guerra, patronagem e diplomacia de forma inteligente para uma vitória. Um jogo equilibrado é, talvez, a melhor ideia, embora a estratégia não militar e estratégia militar possam ser eficazes, especialmente se for um grupo misto e os jogadores orientados militares são colocados uns contra os outros.
Geral: Virgin Queen é um jogo bastante superior à Here I Stand. Ele se expande sobre o grande tema e, em seguida, faz com que a jogabilidade fique menos padronizada e mais aberta. As negociações tornaram-se muito melhores e mais intensas em um sistema de jogo onde todos os poderes podem efetivamente atacar uns aos outros. Tem um monte de peças em movimento, mas todas elas trabalham juntas em ótima forma. Um excelente jogo que é realmente um jogo de civilização considerando a soma de suas partes.
Pontos Fracos
Virgin Queen: Sério, um nome terrível. Here I Stand evoca uma forte imagem de força, retidão e perseverança. Virgin Queen (Rainha Virgem) evoca nada, fora um lábio enrolado ou sobrancelha levantada. Fica difícil atrair jogadores para um jogo com um nome tão estranho. Quero dizer, sim, a piada da Rainha Virgem durante o jogo é muito engraçada. Mas vale a pena esta má escolha do nome? Nós dissemos a um cara que o jogo chamava "Idade da Armada" para levá-lo em uma sessão.
Rebeliões: é muito pior perder uma cidade para uma rebelião do que para um exército inimigo. Há algo psicológico nisto que incomoda bastante!