FranciscoArena::Lamentável a tendência das pessoas de julgar o livro pela capa": é cada vez mais difícil pôr na mesa jogos considerados "feios" - por melhor que seja o design. Se não for a última novidade com arte que salta aos olhos, com personagens caricatos e 200 miniaturas na caixa, difícil convencer as pessoas. Vendi o Brass pq levei a diversos eventos, mas só de olhar a caixa ninguém nunca se animava - quem sabe agora que ele ficou "bonitinho".

Este paralelo de análise do jogo com o perfil do designer ficou muito interessante. Mantenham este formato, que ficou ótimo!

Me deu vontade de parar o que estou fazendo e ir buscar mais sobre este o After the Flood.

Rodrigo Neves e Fabio Tola, estão de parabéns. 

Parabéns pela resenha.

É muito legal esse modelo de dois resenhistas comentarem o mesmo jogo. E é ainda mais legal serem resenhados jogos que fogem do usual. O que já joguei do Martin Wallace foi sempre excelente.

Rodrigo Neves, vc encontrou uma fórmula de sucesso para resenhar jogos menos conhecidos.

Fábio Tola, acabo de confirmar que o meu Liberté foi comprado a vc. A produção é da Warfrog, mas o jogo é absolutamente sensacional. As diversas formas de acabar o jogo são o uma ideia nada menos que genial!

Rodrigo Alves::Parabéns pela resenha.

É muito legal esse modelo de dois resenhistas comentarem o mesmo jogo. E é ainda mais legal serem resenhados jogos que fogem do usual. O que já joguei do Martin Wallace foi sempre excelente.

Rodrigo Neves, vc encontrou uma fórmula de sucesso para resenhar jogos menos conhecidos.

Fábio Tola, acabo de confirmar que o meu Liberté foi comprado a vc. A produção é da Warfrog, mas o jogo é absolutamente sensacional. As diversas formas de acabar o jogo são o uma ideia nada menos que genial!

Excelente resenha, fiquei até surpreso por ser algo bem fora do usual. Eu já tinha ouvido falar desse jogo justamente por essa curiosidade de ter sido pensado justamente pra funcionar exclusivamente com três pessoas, com mecânicas já pensando em como resolver esse famoso problema de "dois brigam e o terceiro sai acumulando ponto loucamente". Aliás, quando fiz uma geeklist com jogos que me interessavam no BGG, apareceu um cara comentando que o Wallace resolveu repetir o conceito em outro jogo, chamado God's Playground (que segundo ele era até melhor que o After the Flood).

O Wallace tem muitas das características que admiro num designer, que o Tola já comentou aí em cima. Pra ser sincero não sou grande fã dos euros modernos que misturam mil mecânicas sem muitas conexões entre si em que a complexidade vem de regras complicadas - eu gosto mesmo é dos euros clássicos em que os designers escolhiam algumas poucas mecânicas e extraíam o máximo delas, fazendo com que o "peso" venha da gama de possibilidades táticas/estratégicas que os jogadores conseguem mesmo com um conjunto de regras. Geralmente o Knizia é lembrado por essas características em jogos de sua "fase de ouro" como Tigris&Euphrates, mas o Wallace é espetacular nisso também. Infelizmente nunca joguei o Age of Steam por ser muito difícil de achar, mas sou um grande fã do Steam, especialmente com a expansão Steam Barons que adiciona controle das companhias por ações. O Brass também é espetacular, uma forma interessantíssima de modelar uma economia em que os meios de produção e consumo são interligados e há cooperações momentâneas entre jogadores. Automobile joguei só uma vez e gostei também, e fiquei curioso pra conhecer o Ships.

E o "expurgo" do Luiz Cláudio me rendeu o Steel Driver, que não joguei ainda

lbleicher::Excelente resenha, fiquei até surpreso por ser algo bem fora do usual. Eu já tinha ouvido falar desse jogo justamente por essa curiosidade de ter sido pensado justamente pra funcionar exclusivamente com três pessoas, com mecânicas já pensando em como resolver esse famoso problema de "dois brigam e o terceiro sai acumulando ponto loucamente". Aliás, quando fiz uma geeklist com jogos que me interessavam no BGG, apareceu um cara comentando que o Wallace resolveu repetir o conceito em outro jogo, chamado God's Playground (que segundo ele era até melhor que o After the Flood).

O Wallace tem muitas das características que admiro num designer, que o Tola já comentou aí em cima. Pra ser sincero não sou grande fã dos euros modernos que misturam mil mecânicas sem muitas conexões entre si em que a complexidade vem de regras complicadas - eu gosto mesmo é dos euros clássicos em que os designers escolhiam algumas poucas mecânicas e extraíam o máximo delas, fazendo com que o "peso" venha da gama de possibilidades táticas/estratégicas que os jogadores conseguem mesmo com um conjunto de regras. Geralmente o Knizia é lembrado por essas características em jogos de sua "fase de ouro" como Tigris&Euphrates, mas o Wallace é espetacular nisso também. Infelizmente nunca joguei o Age of Steam por ser muito difícil de achar, mas sou um grande fã do Steam, especialmente com a expansão Steam Barons que adiciona controle das companhias por ações. O Brass também é espetacular, uma forma interessantíssima de modelar uma economia em que os meios de produção e consumo são interligados e há cooperações momentâneas entre jogadores. Automobile joguei só uma vez e gostei também, e fiquei curioso pra conhecer o Ships.

E o "expurgo" do Luiz Cláudio me rendeu o Steel Driver, que não joguei ainda

Ao que me parece é também o caso de um outro designer que eu gostaria de conhecer melhor, mas que tem jogos raros de achar (provavelmente porque infelizmente ele faleceu já há uns anos), o Franz-Benno Delonge. Tenho só o Fjords, um jogo curto pra dois jogadores muito bacana, mas ele tem também o Container que é um jogo econômico elogiadíssimo, o Big City, um jogo de construção de cidades que também virou raridade super procurada, os jogos de trem Transamerica e Transeuropa, etc.

Outro que me interessou foi o Peer Sylvester, que fez o excelente King of Siam / The King is Dead (nunca vi um jogo com decisões tão significativas com tão poucas regras!), e outros dois que queria muito conhecer o Wir Sind das Volk e o North American Railways.

Imagino que o único jogo "com excesso de regras" que eu tenho aqui seja o 1846, mas facilita um pouco o fato delas serem bem relacionadas ao tema.

lbleicher::Ao que me parece é também o caso de um outro designer que eu gostaria de conhecer melhor, mas que tem jogos raros de achar (provavelmente porque infelizmente ele faleceu já há uns anos), o Franz-Benno Delonge. Tenho só o Fjords, um jogo curto pra dois jogadores muito bacana, mas ele tem também o Container que é um jogo econômico elogiadíssimo, o Big City, um jogo de construção de cidades que também virou raridade super procurada, os jogos de trem Transamerica e Transeuropa, etc.

Outro que me interessou foi o Peer Sylvester, que fez o excelente King of Siam / The King is Dead (nunca vi um jogo com decisões tão significativas com tão poucas regras!), e outros dois que queria muito conhecer o Wir Sind das Volk e o North American Railways.

Imagino que o único jogo "com excesso de regras" que eu tenho aqui seja o 1846, mas facilita um pouco o fato delas serem bem relacionadas ao tema.

Já vi muitos elogios ao King of Siam

Rodrigo Alves::

lbleicher::Ao que me parece é também o caso de um outro designer que eu gostaria de conhecer melhor, mas que tem jogos raros de achar (provavelmente porque infelizmente ele faleceu já há uns anos), o Franz-Benno Delonge. Tenho só o Fjords, um jogo curto pra dois jogadores muito bacana, mas ele tem também o Container que é um jogo econômico elogiadíssimo, o Big City, um jogo de construção de cidades que também virou raridade super procurada, os jogos de trem Transamerica e Transeuropa, etc.

Outro que me interessou foi o Peer Sylvester, que fez o excelente King of Siam / The King is Dead (nunca vi um jogo com decisões tão significativas com tão poucas regras!), e outros dois que queria muito conhecer o Wir Sind das Volk e o North American Railways.

Imagino que o único jogo "com excesso de regras" que eu tenho aqui seja o 1846, mas facilita um pouco o fato delas serem bem relacionadas ao tema.

Já vi muitos elogios ao King of Siam

Acho ele espetacular. Pegando aquela ideia de jogos que "partem de uma única mecânica e exploram ela ao máximo para conseguir fazer um jogo com muita tática/estratégia em um pequeno conjunto de regras", ele faz isso com a mecânica de controle de área. O jogador tem apenas 8 ações pra usar ao longo de todo o jogo. Você começa com oito cartas, e na sua vez pode usar uma delas, cada uma permite fazer alguma coisa (trocar peças de lugar, trazer novas peças, mudar a ordem de resolução de uma área, etc". Sendo que depois que usou aquela carta, ela vai embora e você não pode usar mais - isto é, você corre até o risco de ficar sem poder fazer nada no final do jogo. Cada decisão é dificílima.
E além disso ele tem outra coisa super bacana que é rara de achar em jogos de tabuleiro: com 4 jogadores, você pode jogar em duplas: os dois jogadores que estão de frente pro outro têm que fazer o jogo se desenvolver para conseguir os mesmos objetivos, mas não podem conversar entre si, o que fica ainda mais interessante. Jogaço. A versão que eu joguei foi a reimplementação mais recente (The King Is Dead), mas pelo que soube muda pouquíssima coisa em relação ao King of Siam. Recomendo demais!

King of Siam é excelente.

lbleicher::Ao que me parece é também o caso de um outro designer que eu gostaria de conhecer melhor, mas que tem jogos raros de achar (provavelmente porque infelizmente ele faleceu já há uns anos), o Franz-Benno Delonge. Tenho só o Fjords, um jogo curto pra dois jogadores muito bacana, mas ele tem também o Container que é um jogo econômico elogiadíssimo, o Big City, um jogo de construção de cidades que também virou raridade super procurada, os jogos de trem Transamerica e Transeuropa, etc.