Lexicos1973::jevver2::Sou contra a "justiça" que muitos estão fazendo com as próprias mãos e que pode tomar proporções maiores do que a própria justiça, tornando-se injusta!
Se a Fire on Board deve algo, que pague na medida, segundo os critérios de quem tem competência para julgar e estipular os valores da pena: um juiz.
Mas tem muita gente que já espera que ninguém mais compre nada da Fire on Board, nada, que feche as portas... em resumo, como se uma pessoa que cometesse um erro (mesmo grave) não pudesse mais fazer nenhum negócio neste mundo pelo resto da vida (seja vender tabuleiro, geladeira, etc), não pudesse mais trabalhar em nada.
Isso não é justiça.
Concordo que a justiça deve ser feita. Concordo que justiceiros não podem ser um poder paralelo. Concordo que a FoB deve pagar sua pena.
Agora não concordo com essa ideia de que uma pessoa comete um erro e deve ser deixada pra lá.. Não é o erro de alguém que mandou 5000 cartas serem impressas com erro de português. Não é o erro de alguém que confundiu uma data, perdeu um prazo, jogou com o mercado e saiu perdendo.
O que o João Barcelos fez, não foi um deslize. Foi uma atitude desleal. Foi ser o "brasileiro que leva vantagem" ao pior conceito possível. É tudo o que estamos querendo evitar tentando passar o Brasil a limpo. Não acho que tenha sido um erro. Foi uma trapaça pensada e executada, atropelando o bom senso, a ética e a moral. Ser condescendente com o que ele fez e dar novas chances é dizer que para ter um jogo de tabuleiro (livro de D&D no caso) na estante, vale qualquer esquema. Isso é absurdo e inadmissível. A galera está certa em boicotar e expressar toda a desaprovação com essa atitude. Se alguém passa a mão na cabeça em uma hora dessa e considera isso um erro menor, nem dá para imaginar as atitudes que seguirão erradas ou no precedente que isso abriria para que qualquer editora de boards atual, faça gato e sapato dos consumidores.
Isso pode não ser justiça como dos tribunais, mas é uma forma,a meu ver, muito justa de punir essa empresa. Para que nunca mais se repita no nosso meio.
Concordo com o Lexicos1973.
Mas nem penso em mudar minha postura com a FoB só por uma questão de Justiça.
Penso em autopreservação mesmo. O manda-chuva dela se mostrou inescrupuloso e desonesto. Simples assim.
E aí eu vou confiar no cara, sabendo disso?
Se um dia eles fizerem um financiamento coletivo, eu não entro. Se entrar, estarei considerando como um risco real ficar a ver navios.
Se fizerem uma pré venda indispensável, só compro com um atravessador de confiança que me garanta minha grana.
E se o cara me pedir uma caneta emprestada, eu, na melhor das hipóteses, entrego sem a tampa.
O cara mostrou a que veio.
Independente da questão moral subjacente, não dá pra ignorar a experiência. Não é um caso de preconceito ou perseguição. É opinião pautada em fatos ocorridos. Se você não aprende com os erros dos outros, vc faz da sua vida muito mais difícil do que ela precisa ser.