joaoclaudio::Bom papo sobre a visão de mercado a partir dos designers.
Não tenho muitos jogos nacionais, e concordo com o ponto apresentado que a crítica é mais forte. No meu caso eu acredito que a maioria dos jogos nacionais são feitos pensando em ser um produto internacional. O que eu não vejo como um problema, acho que precisamos conquistar um espaço além das nossas fronteiras, mas são poucos os designers que estão estabelecidos no mercado nacional.
Acredito também que alguns jogos acabam não indo a frente por conta do nossa limitação gráfica. Mas ainda acho que em breve a gente chega lá, hoje os eventos tem mais espaço para protótipos e até alguns eventos exclusivos para protótipos.
Mas acho que em breve a gente chega lá
Eu tenho percebido isso também João: Existe uma preocupação muito grande de que um jogo nacional sejam ao mesmo tempo um produto de aceitação internacional.. E isso é uma consequência direta de que existe uma aceitação maior por parte dos jogadores brasileiros dos jogos que são de fora.
Caso bem recente é o do
Masmorra de Dados que "meteram o pau" de todas as formas possíveis e imagináveis e "de repente" o jogo foi reeditado por uma grande empresa internacional e o jogo virou um poço de elogios.
Não posso tirar a razão de quem busca aproximar seu jogo do que são os jogos gringos uma vez que existe um preconceito claro por jogos de autores nacionais, em especial dos novos autores que não são amigos das caras influentes da comunidade.
Contrapartida perdemos muito de nossa própria identidade quando jogos brasileiro não tem cara de um jogo brasileiro. Isso não é de todo ruim, mas quando você olha para o USA, consegue identificar a meniera deles criarem jogos, quando você olha para Portugual consegue criar uma linha de pensamento entre os principais autores. Mas quando você olha pro Brasil, é difícil imaginar mesmo que a longo prazo algo genuíno. A nível de mercado isso não faz diferença mas daqui há 10, 20 ou 50 anos pode vir a ser foco de estudo e pesquisa.
Eu não diria que temos uma limitação gráfica. Existem empresas bastante competente no Brasil, o que falta mesmo é gente especializada para direcionar a tecnologia que temos para atender a esse "novo mercado". Ao mesmo tempo falta abertura de espaço para os novos autores. Toda vez que surge algue´m criando um jogo, ele tem que trilhar a estrada a partir do zero, simplesmente por que quem já trilhou esse caminho guarda seus passos como segredo de estado. Dificilmente que já chegou lá compartilha "seus segredos" com os novatos. Em parte por medo, em parte por egoísmo mesmo.