Sven::Prezado Conde,
parabéns pelo seu depoimento. Me vi em alguns pontos do seu texto.
Comecei a jogar RPG, aqui em BH, nos idos de 1990 e meu grupo e eu compramos todos os mundos do AD&D (Greyhawk, Ravenloft, Dragonlance, Dark Sun, Forgotten Realms, entre outros). Jogamos por quase uma década e depois de algumas brigas, paramos de jogar. Também joguei muito War, Waterloo, Petrópolis e outros. Jeguei a criar dois jogos com dois amigos meus, inclusive com fórmulas complexas de valorização de dinheiro. Fiquei sem comprar jogos por quase 20 anos, pois os antigos não me satisfaziam mais e não conhecia os board games modernos. Fui para o mundo digital, que também gostava muito e comprei um PS3, um PS4 e um PS Vita. Já brinquei muito com o meu filho nestes consoles e, no ano passado, assistindo a sessão Mundo Geek do Jornal das 10 na Globo News vi uma reportagem sobre o jogo X-COM (não gosto de jogo). Foi quando voltei a me interessar em Board Games de novo, mas agora beeeemmm mais seletivo. Não gosto mais de jogos de interpretação, como os que você falou, por exemplo, Eldritch Horror, Zombicide, ou outro do gênero. Atualmente, eu só compro jogos que tenham um fundo histórico como, por exemplo, Francis Drake (adoramos este jogo aqui em casa, Exceeeelente!!!!), Concordia (nota 1000 pra este jogo), Navegador (estou esperando chegar), Imperial 2030 (fantástico), Constantinopolis (comprei recentemente), Kemet (jogão), Airlines Europe (delicioso), Ticket to Ride Europe (todos adoramos jogá-lo aqui em casa, inclusive minha esposa), Antike II (outro muito bom). Como viram, aqui gostamos muito dos jogos do Mac Gerdts. Este ano pretendo comprar, no final do ano, outro jogaço do Gerdts, o jogo Steamships Company, que deverá ser lançado em Essen, uma vez que já era para ter sido lançado ano retrasado. Como podem ver, os jogos de tabuleiro vieram para ficar e, para ser sincero, os vídeo games perderam muiiiiito espaço aqui em casa. Como disse anteriormente, é board na cabeça. Embora tenha escrito dois livros (tese de doutorado e dissertação de mestrado), não gosto de escrever textos muito longos, mas você me inspirou hoje, Conde. Desculpe-me pelo texto longo. Vou terminando por aqui, antes que fique mais longo ainda.
Até.
Caro Sven!
Belíssimo depoimento o seu também
Fico feliz que meu texto o tenha inspirado a compartilhar um pouco mais da sua experiência. Além disso, não se preocupe com o tamanho do texto. Eu sou jornalista e escrever e ler é uma das coisas que mais gosto de fazer, junto, óbvio, a jogar boardgames rs (curiosamente eu me dou muito bem em jogos de trivia como
Perfil,
Quest,
O jogo de Veja, etc.... ser um especialistas em generalidades ajuda bastante nessas horas hehehe).
Ademais, creio que os jogadores de boardgames atuais não sejam avessos a leitura (já viu o tamanho de alguns manuais de regras?! rs) e a profusão de blogs e canais no youtube com reviews bem embasados e escritos, mostra que somos uma comunidade de bom nível intelectual em todas as esferas e afeita as mais diversas linguagens, da lúdica a alfabética rs
Para não ser injusto, vale destacar que eu joguei RPG D&D entre a sexta e oitava séries do ensino fundamental, fui mestre, montei mapas, histórias, etc. Mas não foi algo que efetivamente me encantou. Descobri que achava sensacionais (e ainda acho) as ilustrações em pastel feita para os livros, encartes, etc, de livros da séries Forgotten Realms e Dungeons & Dragons (sem contar as cartas de Magic, que eu não tenho ideia de como se joga, mas acho belíssimas), mas que era muito mais agradável e proveitoso (pelo menos para mim) ler as obras de Tolkien, do que necessariamente ficar emulando histórias nestes universos e jogando dados rs (aliás, eu tenho meio que ódio profundo de dados haha).
Continue firme no seu avanço nos jogos e continue juntando a família e amigos, eu considero esse o principal valor e diferencial em se jogar boardgames, trata-se de uma atividade que reúne pessoas, presencialmente.
Um abraço!