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Análise: Viagem no Tempo

  • Por Luis Felipe Kretzmann Raimundini


    Um de meus títulos preferidos atualmente, além de uma agradável surpresa para todos aqueles com quem o joguei, é o jogo Viagem no Tempo, da MS Jogos, criado e desenvolvido por Marcos Macri e com arte de Marcelo Bissoli. Baseando-me nas partidas que tive e observei desse título, compartilho aqui as minhas impressões sobre o mesmo.


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    O JOGO
    Em Viagem no Tempo, cada jogador representa uma superpotência mundial que busca se mostrar superior às demais no domínio das tecnologias de viagem temporal, algo semelhante ao que o mundo viveu na época da Corrida Espacial. Para isso, cada potência enviará cientistas para diversos Períodos em busca de Provas Científicas que evidenciem que as viagens ocorreram.


    Encontramos 7 Períodos no jogo: Era dos Dinossauros, Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea e Futuro. Cada Período é dividido em 2, 3, 4 ou 5 Épocas, que é também o número de Provas Científicas disponíveis para aquele Período. No início do jogo, os jogadores distribuirão todos os seus cientistas entre as variadas Épocas, podendo, inclusive, ocupar o mesmo espaço que outros cientistas. Durante o jogo, o último cientista a sair de determinada Época garante uma Prova Científica daquele Período para o jogador que o controla. Para partir de uma Época, um cientista deve viajar no tempo.


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    Existem três métodos de viagem no tempo, sendo que cada Época possui dois deles disponíveis. Ao utilizar determinado método, o jogador o esgota naquela Época. Os métodos são:


    Máquina do Tempo: viaja-se através de cartas, que indicam para qual Período o cientista irá. O primeiro jogador a viajar dessa maneira para determinado Período também ganha uma Prova Científica bônus;


    Relógio do Tempo: todos os cientistas presentes na Época onde o Relógio é ativado devem viajar, além de ativarem determinados efeitos especificados no próprio Relógio, sobre o tabuleiro. Quem ativou o relógio é o último a partir;


    Nave do Tempo: o cientista viaja movendo-se ortogonalmente entre as Épocas. O número de espaços que andará depende da velocidade atual da nave, que muda cada vez que é usada.


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    Cada jogador possui cartas de ação que, assim como permitem que ele viaje no tempo através da Máquina do Tempo, têm efeitos diversos que podem ajudar ou prejudicar os jogadores, assim como os efeitos ativados pelo Relógio do Tempo. Também é possível conhecer Figuras Históricas, encontradas pelos cientistas quando esses viajam para um Período e Época especificados pelas Figuras reveladas. As Figuras Históricas podem fornecer pontos, Fichas de Cientista ou mandar cientistas para o Túnel do Tempo.


    O Túnel do Tempo é para onde vão os cientistas quando algo dá errado durante as viagens. Quanto mais cientistas caem no Túnel do Tempo, mais próximo esse fica de fechar. Quando o Túnel do Tempo fecha, todos os cientistas dentro do mesmo são mandados para o Buraco Negro, de onde nunca mais poderão sair.


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    Para evitar que seus cientistas fiquem perdidos para sempre no Buraco Negro, cada jogador possui Fichas de Cientista, que lhe permitem resgatar cientistas do Túnel do Tempo ou de Épocas travadas (quando ambos os métodos de viagem estiverem esgotados) e também enviar cientistas do Período Atual (fora do tabuleiro) para uma Época de sua escolha.


    Quando restarem 3 Provas Científicas ou menos sobre o tabuleiro, cada jogador realiza suas ações mais uma vez e então o jogo acaba. Todos revelam suas Provas Científicas e somam os valores aos pontos que conquistaram no decorrer do jogo. Cientistas ainda no tabuleiro, em Épocas travadas, Túnel do Tempo e Buraco Negro também valem pontos, respectivamente +1, -1, -2 e -3 pontos. Além disso, os jogadores ganham pontos extras de acordo com o número de Períodos visitados por cada um, o que pode ser verificado pela variedade de Provas Científicas recolhidas. Quem tiver mais pontos torna-se a superpotência mundial de maior prestígio no que se refere às tecnologias de Viagem no Tempo.


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    MINHAS OPINIÕES


    Uma das coisas que me fez gostar tanto do Viagem no Tempo foram as várias opções de ação que encontramos no jogo. Não é um jogo difícil, mas todas essas opções podem confundir um pouco nas primeiras partidas, sendo difícil pensar muito adiante e elaborar estratégias, principalmente quando estamos todos colocando nossos cientistas no tabuleiro, no início do jogo. Pode parecer uma tarefa sem muito sentido, no início, mas basta terminar o primeiro jogo para começarmos a pensar em possíveis estratégias, e o resultado disso será claro logo na próxima partida.


    As fichas ilustradas, tabuleiro e caixa seguem o padrão de qualidade que encontramos no Gran Circo, outro título da MS Jogos: material resistente, de alta qualidade. No entanto, achei as cartas muito finas. Temos outras fichas bastante simples, cilindros coloridos e discos brancos. Mas para quem não se importa com cubinhos, isso não deve ser problema algum. A arte do jogo, especialmente a do tabuleiro, é muito caprichada, e a forte iconografia torna as partidas mais intuitivas com o tempo, além de tornar o jogo independente de idioma.


    Outro ponto alto do jogo é o seu equilíbrio, e com base em minhas partidas de Viagem do Tempo e Gran Circo, digo que ambos os títulos da MS Jogos são bastante equilibrados e competitivos, com cada ponto fazendo toda diferença no final. Mas, diferente do Gran Circo, parte dos pontos do Viagem no Tempo permanece oculta até o final do jogo, e isso já nos garantiu diversas reviravoltas.


    Enfim, deixo aqui os meus parabéns ao Marcos Macri e ao Marcelo Bissoli por esse ótimo jogo. Superou expectativas de todos por aqui. Que a MS Jogos continue a nos trazer mais jogos assim, prezando tanto pela qualidade física quanto por mecânicas consistentes e interessantes.
    Fotos por: Guilherme Ferreira de Andrade e Marcos Macri

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    • LUDOSTORE
    R$ 193,00 (no boleto)

  • Um dos meus favoritos e da patroa também! Pelos mesmos motivos do Luis Felipe. Bem estratégico, às vezes difícil de pensar mais rodadas à frente e sempre pode haver reviravoltas no final. 

    Até fizemos uma variante simples pra dois jogadores, fechando alguns locais no tabuleiro, colocando os cientistas alternadamente de um terceiro jogador e começando com 3 fichas de cientistas. Funcionou bem até, jogamos duas ou três vezes, talvez precise de uma polida, mas no geral foi batuta.

    Quantos aos componentes é isso ali mesmo. Sleeves nas cartas é praticamente obrigatório, as minhas já estavam ficando com desgaste nos cantos.

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  • Interessante, gostei do review e me interessei pelo jogo!!

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  • Eu fiquei meio perdido com tantas opções. Tenho que jogar mais vezes, talvez vou gostar mais do jogo. 

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  • Flababoo::Interessante, gostei do review e me interessei pelo jogo!!


    Pra mim, é o melhor do Macri. Mas não joguei o Dogs nem o Ovni que, até onde sei, também são euros.. Recomendo muito!

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  • Parece ser massa esse, tb achei legal, o Ovini ja joguei e achei bem bacana.

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  • Dos 5 da MS Jogos, esse é o único que não joguei. Espero que lancem ele novamente!

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  • Jogo sensacional. Sem dúvida o melhor da MS Jogos. No início realmente parece complicado e o tabuleiro meio "psicodélico" pode assusstar um pouco os novatos, mas se tiverem dispostos a jogar o jogo rola numa boa. Joguei com dois primos, um de 15 e outro de 13 e foi bem divertido. Recomendo!

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  • Pesif::Jogo sensacional. Sem dúvida o melhor da MS Jogos. No início realmente parece complicado e o tabuleiro meio "psicodélico" pode assusstar um pouco os novatos, mas se tiverem dispostos a jogar o jogo rola numa boa. Joguei com dois primos, um de 15 e outro de 13 e foi bem divertido. Recomendo!

    Jogamos aqui também e foi a primeira vez que vi a May soltar um "Eu perco mas vou acabar com seu jogo!" haha
    Bem legal, me surpreendi com esse.
    p.s.: ela acabou com meu jogo e ainda venceu.

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  • joexadrez::Um dos meus favoritos e da patroa também! Pelos mesmos motivos do Luis Felipe. Bem estratégico, às vezes difícil de pensar mais rodadas à frente e sempre pode haver reviravoltas no final. 

    Até fizemos uma variante simples pra dois jogadores, fechando alguns locais no tabuleiro, colocando os cientistas alternadamente de um terceiro jogador e começando com 3 fichas de cientistas. Funcionou bem até, jogamos duas ou três vezes, talvez precise de uma polida, mas no geral foi batuta.

    Quantos aos componentes é isso ali mesmo. Sleeves nas cartas é praticamente obrigatório, as minhas já estavam ficando com desgaste nos cantos.

    Interessante sua Idéia para dois jogadores.  Quando ocorre a viagem pelo relógio, o terceiro jogador é controlado por quem?  pelo adversário?  E o relógio de ações vocês resolvem como com um terceiro jogador bot?

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