Oi, Gilson!
De uma certa forma, quando os jogadores sentam-se à mesa, estão celebrando um contrato social não escrito e implícito.
Este "contrato" prevê que todos vão seguir todas as regras, com o objetivo de todos se divertirem.
Há alguns jogos que preveem alguma trapaça, como o truco, mas de certa forma, mesmo esta trapaça é de certa forma regulamentada: se admitem sinais, mas a hierarquia das cartas é a mesma, são sempre 3 cartas por jogador, se você falar "truco" não pode voltar atrás, em mão de 11 não se pode dizer truco e etc. Há inclusive penalidades de pontos em caso de trapaças não admitidas.
Em Tinco, pelas regras do jogo, o primeiro jogador só pode pegar o caco do medalhão se formar 5 animais iguais.
Esta regra existe porque só com ela o jogo faz sentido.
Se ela não existir, os jogadores podem pegar cacos o dia todo, e nem precisariam das cartas. - rs
Mas o problema é que e provavelmente não irão se divertir fazendo isso, e o jogo perde a sua razão de existir.
Se algum jogador pegar por engano o caco errado, ele pode devolver e a partida pode continuar.
Como se trata de um equívoco, não acho que seja o caso de aplicar uma punição, até porque quem se equivoca geralmente fica envergonhado, e pode estar com alguma dificuldade com o jogo.
Se um jogador está reiteradamente fazendo isso propositadamente provavelmente está simplesmente querendo chamar a atenção ou realmente não entendeu que seguir as regras deixa o jogo mais divertido para todos.
Como "regra da casa" você pode estabelecer que a primeira pessoa que pegar o medalhão antes irá perder um ponto de vitória.
No entanto, acho que uma boa conversa com o jogador seria o suficiente.
De repente ele usa esta pequena lição para outros aspectos da vida.