fersim::Ai ai, é bom mesmo esse jogo? 
Tava fora da minha lista de aquisições, mas o pessoal parece tão empolgado que vou ter que pensar melhor 
Cara, eu acho sensacional! Todos os importantes prêmios que ele recebeu nesse ano foram merecidos, na minha opinião. Já o apresentei a uns 8 amigos e todos ficaram bastante impressionados com o jogo. É um euro econômico, mas você nem sente essa característica, já que a jogabilidade é bastante fluida e não há a necessidade de ficar fazendo contas complexas a todo momento.
A mecânica base é um deck building diferenciado. Todos começam com o mesmo deck e vão adicionando cartas que trazem benefícios e/ou ações/quotas das quatro empresas que você pretende investir. As ações dos jogadores são determinadas pelas cartas escolhidas no início do turno, entretanto há uma mecânica interessantísstima em que as cartas vão ficando presas no tabuleiro individual e sendo liberadas aos poucos durante a partida. É um jogo tenso, com alta interação (no mercado de compra de cartas, nas ações comuns do tabuleiro - como no Terra Mystica - e no controle de área das quatro empresas exploradoras).
Um detalhe bacana é que as empresas (Mombasa, Saint-Louis, Cairo e Cape Town) não pertecem aos jogadores. Cabe a estes expandi-las e decidirem em quais vale a pena investir. O problema é que sempre surge o dilema: é perigoso expandir demais uma empresa em que algum outro jogador já possui muitas ações/quotas (seja nas trilhas ao redor do tabuleiro, seja em cartas compradas no mercado). A tensão é gerada por esse fator, pois sempre há o risco de beneficiar mais outro jogador que você mesmo. É um jogo de oportunismo, de saber onde e quando investir e qual empresa expandir.
Outro aspecto relevante é que o Mombasa é um euro denso, médio-pesado, com muitos detalhes a serem assimilados. Isso pode afastar alguns jogadores. Todavia, como eu disse acima, a jogabilidade se torna bastante intuitiva e fluida já no primeiro turno. Difícil mesmo é conseguir administrar bem as cartas para que as ações sejam realizadas de forma satisfatória a cada turno. Sai fumaça da minha cabeça quando jogo!

E, por isso, pode também haver muito AP e downtime entre os turnos, dependendo dos jogadores.
O Alexander Pfister já se tornou um dos meus designers preferidos. O último lançamento dele em Essen (
Great Western Trail) tem tudo para se tornar um sucesso (já está subindo rapidamente no ranking do BGG), e eu achei simplesmente sensacional, tão bom quanto o Mombasa. E ele ainda consegue lançar jogos mais leves e com uma boa dose de estratégia, como o
Isle of Skye: From Chieftain to King, o
Broom Service, o
Port Royal, todos excelentes. Vale a pena ficar de olho nos jogos dele!
