Resumo: Em Machu Picchu cada jogador é um príncipe e andando, você faz as coisas acontecerem. O tabuleiro do jogo consiste em um número de distritos que desencadeiam ações únicas. Você pode caminhar para qualquer distrito vizinho, ou, se preferir, para qualquer distrito, pagando uma lhama. Em cinco áreas você pode produzir bens (milho, lhamas, coca, potes e pano). Ao chegar em uma área em primeiro lugar, você ganha o bônus atual lá e outros jogadores que investiram na produção lá também pode produzir contra um custo de 1 milho. Quatro distritos contêm um templo onde você pode sacrificar. Três templos são dedicados ao Sol, Puma e Condor cada, e aqui você pode sacrificar o lama, mas somente se você tem sacerdotes em sua folha de pagamento para executar o serviço. Sacrificar é importante, porque você começa movimentos extra na trilha do Inca, que é crucial à vitória. Dois distritos têm oportunidades para expandir seu portfólio, investindo em produção. Investir não é livre. Um distrito cuida da produção de milho e lama, enquanto o outro permite que você compre a produção de pano, panela e coca. As Casas especiais (para Sacerdotes e Virgens) permitem que você coloque esses sacrificadores valiosos na folha de pagamento. A Central Plaza é onde você pode comprar e vender seus produtos. Você pode manipular o mercado um pouco antes de fazer a sua coisa, quer por fazer o preço de um bom ir para cima ou para baixo. Finalmente, o relógio do sol dá-lhe a oportunidade de recuperar os investimentos feitos, assim que você pode ajustar seu trabalhador do inca em algum lugar mais produção ou frutuoso. Em Machu Picchu você tem inúmeras formas de marcar pontos. Esses são: sacerdotes condor, puma ou sacerdotisas sol; agricultores, pastores, plantadores de coca, oleiros e tecelões. Mas você só pode marcar pontos para as categorias, se têm os cartas de sacrifício correspondentes. A única maneira de obter tasi cartas é competir e chegar no cume da trilha de sacrifícios. Toda vez que você chegar ao cume, você compra três cartas, e depois descartar duas, incluindo uma em sua mão. No fim da partida, para cada sacerdote ou unidade de produção que você possui ganhará um ponto multiplicado pelo número de símbolos de cartão de sacrifício que você tem desse mesmo tipo. O grande problema é que Machu Picchu esta em vias de uma invasão pelos espanhóis. Este acontecimento infeliz acontece se no final do jogo nem todos os sacerdotes ou virgens forem adquiridos. Se esse terrível destino acontecer, o jogador com o maior valor de pontos de ouro nos cartões de sacrifício triplicará sua pontuação e o segundo a duplicará.
Impressões: The Princes of Machu Picchu é o jogo com classificação mais baixa de Mac Gerdts e, embora a sua classificação média não seja ruim, é uma boa indicação de que este jogo é muito menos bem recebido do que os seus outros títulos. Isso é ruim, porque é uma experiência de jogo bastante única. Agora, certamente ele merecia alguns ajustes para sua atualização. Um dos pontos mais bacanas dele são os meeples de madeira... são várias peças que ficam bem bonitas na mesa. Mecanicamente, o jogo é focado no gerenciamento de recursos. Os cinco principais recursos do jogo (milho, lhamas, folhas de cacau, cerâmica e roupas) podem ser usados para comprar Incas, que permitem que você gere mais recursos ou um dos três tipos de telhas sacerdotais (virgens do sol, sacerdotes condor e padres puma). Há também alguns lugares que fornecem algumas ações especiais, como um mercado que permite que você use o milho para comprar e vender os outros tipos de bens, e um relógio do sol que permita que você remova Incas. O grande problema neste jogo é a longa demora da partida, aliada a turnos com downtime expressivo e uma lenta curva de evolução da produção. Demora demais para fazer o motor render... isto faz com que o jogo fique cansativo. Outro ponto é que as cartas de sacrifícios tem muitas combinações diferentes de pontuar, que dependendo da sorte, pode ajudar muito a um jogador ou lançar sua estratégia por água abaixo. Alguns podem dizer... mas existe o distrito de pedra do sol para remover os incas e realocá-los... eu sei, mas é trabalho dobrado, perde-se a eficiência. Acaba funcionando como um paliativo. O ponto mais complicado mesmo é com relação a vitória espanhola que triplica a pontuação do jogador com mais ouro. É um jogo de poucos pontos e pontuação justa, com pouca diferença. O ouro é totalmente aleatório, tem cartas de 3 a 7 ouros. Em uma partida com 4 jogadores, onde todos pegaram de 5 a 8 cartas de sacrifício, qualquer um pode ser o vencedor por um golpe de sorte. Eu acho este jogo fascinante e extremamente interativo. Há uma proposta clara aqui otimização de recursos e criação rotas a curto prazo. Uma pena que a pontuação de fim de jogo e sua arrastabilidade pese negativamente para muitos jogadores.
Coleção: Eu faço coleção dos jogos do Mac Gerdts e vejo potencial neste jogo. Gosto da proposta, da mecânica central e da produção. Ele fica na coleção. Mas me decidi que nas próximas partidas farei alguns ajustes da casa: diminuir em dois o número de dias (rodadas), cada jogador ganhar 3 cartas de sacrifício e pode alocar 3 incas no setup da partida, além da vitória espanhola acrescentar 8 e 4 VP para os jogadores com mais ouro, e nada além disto.