Resumo: Alien Frontiers é um jogo de gerenciamento de recursos e alocação de dados para dois a quatro jogadores, expansível até 6 com as expansões Factions e Outer Belt. A temática é de desenvolvimento planetário e com fundo espacial. Durante o jogo você utilizará instalações orbitais e tecnologia alienígena para a construção de colônias em locais estratégicos, tentando ampliar sua influência sobre um mundo recém-descoberto. O tabuleiro do jogo mostra o planeta, sua lua, as estações em órbita ao redor do planeta e estrela do sistema solar. Os dados que são dados no início do jogo representam as naves espaciais em sua frota. Você vai precisar alocar estas naves durante seu turno para: adquirir recursos, construir colônias, construir mais naves ou aprender tecnologias alienígenas. O jogo trabalha principalmente com alocação de dados, que representam seus "trabalhadores". Interessante é que os diferentes locais do tabuleiro possuem suas condições para alocação: 2 ou 3 dados iguais, 3 dados em sequência, um valor maior que o usado anteriormente ou um valor 6, por exemplo. O planeta é divido em várias regiões, e as colônias devem ser construídas em algum deles. Cada região dá um tipo de habilidade especial ao jogador que a controla, ou seja, há quem possui a maioria de colônias ali... é onde entra o conceito de controle de área. Além destas habilidades das regiões, é possível se adquirir cartas de tecnologia que dão uma pegada bem leve de "jogos de civilização" e aumentam assimetria no decorrer da partida. Colonias construídas, controle de regiões e algumas cartas concedem pontos de vitória aos jogadores. Após o primeiro jogador construir sua última colônia, o jogo termina imediatamente e vence que tem mais pontos de vitória.
Impressões: Alien Frontiers, apesar da temática espacial induz ao contrário, é um euro de raiz, cujas temática e mecânica são muito bem aplicadas. O jogo é bonito, muito bem produzido e acabado. Apesar do volume de regras ser mediano, são bem simples e intuitivas, facilitando a explicação das regras. Sem contar que o tabuleiro é todo iconográfico. Existe um conjunto grande de cartas de tecnologia com textos em inglês, mas as cartas ficam abertas para compra e abertas na frente dos jogadores após serem adquiridas, o que ajuda mitigar a dependência de idioma. É possível se jogar com que não sabe inglês, mas não é muito recomendado. Um dos pontos fracos do jogo é o downtime pesado entre os turnos dos jogadores, pois o jogo permite muitas opções e combinações dos dados. Desta forma tanto o número elevado de jogadores a mesa, quanto o fato de ter que ficar lendo as cartas para quem não sabe inglês podem estender ainda mais o tempo de jogo e de espera. Apesar das partidas não serem verdadeiramente longas, entre 2hs e 3hs de duração, a inatividade e falta de interação durante as jogadas dos oponentes causam frustração e uma sensação de estar demorando mais do que o tempo real. As partidas são sempre muito disputadas, tanto as cartas de tecnologia quanto o controle de área fornecem oportunidades de viradas e um jogo nunca está perdido até terminar. Infelizmente a sorte influência bastante, mas é manipulável e sempre tem opções de jogadas, mesmo que não seja a desejada. O nível de interação entre os players é alto... particularmente não gostei da parte do "take that" de roubar recursos e cartas do oponente, creio que uma disputa elegante, por maioria das colônia, já seria suficiente para trazer tensão, sem frustração. Em suma, é um jogo sólido e muito bom.
Coleção: Foi um jogo que me agradou apesar de pequenos detalhes que me desapontaram. Creio que futuramente inclua uma cópia da edição Bigbox na coleção. É um clássico e recomendado. EDIT: Versão Bigbox incluída na coleção.