Falando em jogos que perderam as suas editoras, pelo menos o senhor Yang foi rápido em achar outra casa para Compile, e já já está saindo a segunda caixa lá fora, enquanto nada da primeira por aqui. Estando agora na Synapses games, a editora mais provável de publicar o jogo no momento por aqui é então a Galápagos, e com a recente aproximação da editora aos jogos TCGs competitivos, talvez um jogo adjacente a esse gênero seja a cara deles.

Eternal decks parece ser o novo queridinho dos blogueirinhos esse ano, e eu quero logo por as minhas mãos nele. Apesar de a sua editora estar estreando com esse jogo, o dono dela já tem outro jogo marcado para sair aqui, o TRICKTAKERs, pela Grok. Então Grok, já vá negociando esse aí também por favorzinho tá.

De todos os jogos que eu tenho medo de não vir porque quem publicaria seria a Galápagos, esse é um dos que eu tenho menos temor. O último jogo da Scorpion Masqué, Sky Team, foi um sucesso de vendas impressionante, esgotando antes mesmo de sair da pré-venda, então isso praticamente cimentou o caminho para que esse jogo venha também. Vamos ao trabalho então Galápagos, senti falta desse na spoiler fest ein.

Salt & Pepper games já vem fazendo um trabalho sólido de lançar jogos interessantes há um tempo, porém nenhuma editora no Brasil parece notar. Das caixinhas deles você pode até escolher qual você gostaria primeiro: The Hunt, Operation Barclay, ou até as caixas para um jogador como Witchcraft e Onoda, eu ficaria feliz com todas. A que eu mais quero, porém, é sem dúvida The Battle of Versailles, o jogo que combina mecanismos de jogos de guerra com uma temática muito inusitada. Essas caixas tem a cara da Meeple Br, mas eu não ficaria triste com ninguém lançando elas.

A série de jogos Kinfire está começando a sair no Brasil pela Ludofun, e na última live o Parma já falou que está de olho em publicar tanto o Council quanto o Chronicles (!), então pode continuar trazendo Parma, a gente deixa.

Outro jogo de uma editora ignorada por terras brasileiras, acreditar que esse vai ser o jogo da Cosmodrome que vai fazê-la aterrissar por aqui quando Aquatica e Smartphone inc. não fizeram é praticamente ingenuidade, porém a gente tem que se agarrar a algo não é mesmo. A esperança vem também desse jogo nem ter sido lançado ainda, então há margens para negociações até 2027, vai saber. Grok, Across the Board, alguém, por favor ajude!

Um jogo que não têm nem editora para citar provavelmente vai ficar uns anos no limbo até sair uma segunda edição por alguém maior, mas se você já viu como esse jogo funciona não tem como negar que parece um dos jogos mais únicos e interessantes que se tem por ai. A minha esperança de trazer jogos aparentemente impossíveis anda muito com a Ludofun esses dias, mas essa capa tem uma cara de Mosaico impressionante. Editoras, fiquem de olho!

Eu não ligo se foi anunciado só tem dois dias, se ainda vai fazer o financiamento coletivo em fevereiro, se parará pão doce, assim que o anúncio do jogo saiu, a Conclave tinha a obrigação de confirmar que esse vem pro Brasil também. É mole, onde já se viu gente. Conclave, vamos trabalhar minha filha.

Taiki Shinzawa finalmente tem começado a aparecer por aqui no Brasil, primeiro com Maskmen, e depois com as caixinhas da Allplay que a Ludofun está trazendo, porém o jogo de vaza que eu realmente quero dele é LUZ, um jogo em que você joga com as cartas viradas para os oponentes. A Iello está publicando lá fora, mas essa é uma empresa que tem jogos com praticamente todas as editoras aqui do Brasil, então eu estou confiando mais na Ludofun trazer esse para cá porque eles já estão desenvolvendo uma parceria mais duradoura com o autor, principalmente com o lançamento de Mirianth Pets.

Bobby Powell está reimprimindo esse jogão numa edição lindissima e é óbvio que é praticamente impossível vir para o Brasil, principalmente se tratando de um jogo auto-publicado, mas por Deus olhem alguma coisa sobre esse jogo e me digam se não parece divertidíssimo? A cara da Jelly Monster inclusive, o selinho deles iria ficar bonitão na caixa.

Esse é outro jogo que eu dava como certo pela Galápagos, mas a falta do anúncio na última spoiler fest me deixou preocupado. Spots foi uma grande surpresa esse ano para mim, então a combinação Jon Perry + CMYK está gravada na minha mente, pronto pra jogar o próximo sucesso. Galápagos, é que nem imprimir dinheiro um jogo engraçado desses, vamo querer.

Eu não sou super fã do Stefan Feld, mas devo dizer que a informação do homem estar fazendo um jogo de controle de área com monstros gigantes me atiçou muito, e vendo um vídeo achei que parecia um jogo muito mais interessante que qualquer outro que ele já fez. Se a Calamity, a Vem Pra Mesa ou a Devir vão trazer, ai eu já não sei. A coleção das cidades do menino Feld não apareceu muito por aqui, seria legal se as editoras tivessem dado mais atenção a esse projeto legal da Queen Games.

O novo jogo de Scott Almes introduz uma forma diferente de se fazer draft, onde você indica para os seus companheiros que cartas eles vão ganhar, invés do jeito usual de draft. Se isso vai resultar num bom jogo ou não, ninguém sabe, mas que parece algo muito interessante, isso eu não tenho dúvidas. A empresa que mais anda publicando jogos da Matagot no brasil é a Across the Board, então eu espero que eles não deixem esse passar.

Até agora nenhum jogo de futebol de tabuleiro emplacou (além de totó, é claro) e Magic Number Eleven vem para mudar isso. Acho que o trunfo do jogo é justamente não tentar emular como uma partida de futebol funciona, e sim a sua essência. Agora, arrumar alguém pra publicar isso aqui é que é o problema, já que é o primeiro jogo de uma editora da Coreia, então só Deus sabe quem vai trazer pra cá. Eu chuto Galápagos porque é a cara deles ir atrás de um jogo só porque o tema é futebol e achar que isso garantiria o jogo ser um hit.

Eu estava reticente com esse jogo da primeira vez que eu o vi, porque parecia infantil e caricato demais para ser bom, mas cada vez que eu vejo mais coisas sobre ele, mais eu fico impressionado. O fator brinquedo exclama Galápagos, já que eles andam publicando muitos jogos que tem isso como ponto forte, como os board games de LEGO, mas a IELLO é gente boa e negocia com todo mundo.

Nenhum jogo do Jeffrey CCH veio para o Brasil ainda, o que é surpreendente, já que ele tem lançado jogos sensação nos últimos anos, principalmente com Terrorscape. O jogo que mais me agrada os olhos feito por ele, porém, é a segunda edição de Age of Galaxy, mais um dos jogos que prometem reproduzir um 4X com menos componentes e em menos tempo, mas pelo menos no tamanho e na elegância nós ja podemos ter certeza que ele acertou em cheio, com miniaturas de madeira maravilhosas das naves e cartas lindíssimas. A Across the Board foi a última a publicar um jogo da Portal Games por aqui, então eu suspeitaria que eles são as primeiras pessoas a ter uma oportunidade de publicar esse jogão por aqui.

Senhor Martinez só chegou em terras tupiniquins ano passado, quando a Buró trouxe Inis para cá. É uma pena que um dos designers mais interessantes do mundo do board game seja tão largamente ignorado, mas sempre se mantem as esperanças para que, do nada, saia uma copia desse jogo de rugby de shamans com o logo da Across The Board (a principal parceira da Matagot no Brasil) do nada.

Se você ainda não ouviu falar de Cereal Killer, eu recomendo muito que leiam o diário que o autor publicou no BGG, e tentem não se apaixonar pelo jogo, além de descobrirem pasmos que é uma criação argentina, além de descobrir algumas coisas sobre a cultura de Board Games por lá. Sendo um Hermano tão perto de casa, não custa nada alguém adquirir os direitos diretamente com ele, e difundir mais a cultura latino-americana por aqui. 

Apesar de existir alguma garantia dessa caixa vir para o Brasil porque o primeiro foi publicado pela Meeple BR e eles gostam de seguir lançando sequências e expansões (só ver como estão tratando Unmatched no momento), o primeiro General Orders não exatamente caiu nos gostos de todo mundo aqui no Brasil, e eu imagino que vá ser um dos jogos que eventualmente você vai ver rodando os leilões bem baratinho por ai. Sengoku Jidai, porém, está sendo universalmente aclamado como uma melhora substancial no sistema, além do tema japones ser muito mais interessante do que mais uma repetição do tema da segunda guerra mundial. Então Meeple BR, por favor, de mais uma chance.

IV studio está trabalhando a uns bons quatro anos e até agora nenhum de seus jogos veio para o Brasil. Eles são conhecidos principalmente pela sua série de jogos espaciais baseada no universo de Moonrakers, seu primeiro jogo, mas já fizeram outros bem interessantes, como Veiled Fate e sua adaptação para apenas dois jogadores, Scales of Fate. Mais um jogo de movimento secreto para dois jogadores, porque é assim que tem que ser honestamente, um é a caça e o outro o caçador, mas não se sabe quem está fazendo que papel em cada momento do jogo.

Playte é uma nova editora coreana que vem sendo a sensação dos board gamers de plantão por trazer jogos novos e antigos com um refinamento gráfico de muita qualidade, e um dos jogos que eu mais estou interessado em ver por aqui deles é Sardegna, um jogo de controle de Área que parece pequenininho e básico, mas que era um euro de caixa grande em 2005. O projeto parece um pouco o que a Mosaico entregou com Pueblo, então talvez pela experiência eles sejam os melhores para assumir a bronca.

Mais uma editora ignorada por aqui, a Orange Nebula vem lançando jogos a conta gotas, mas todos parecem muito bem produzidos e feitos para ter grande rejogabilidade, seja com caixas com novas aventuras como Unsettled ou com uma jogabilidade super interessante como Vindication, que teria sido o jogo adicionado a essa lista, não fosse o fato de eles estarem lançando uma nova versão repaginada em Vestige. Euros de kickstarter com componentes lindos e aparentemente caros tem dois nomes de editoras com a cara disso: Mosaico e Meeple BR.

Parem as prensas, porque a Allplay acabou de anunciar que vai republicar Container, e as minhas esperanças de que esse mega clássico um dia vem para o Brasil acabaram de ser renovadas. Celebrado como um dos jogos econômicos mais divertidos e esquisitos já feitos, Container era um jogo que eu simplesmente não via como sairia por aqui mais, já que a última publicação do jogo já tinha saido a 8 anos e era uma edição muito mal feita ainda por cima, nem valeria a pena comprar a nova ao invés da original. Só a capa da edição da Allplay, porém, já me da esperanças de que vai ser muito melhor trabalhada, entao por favor, Ludofun, Devir, seja lá quem for, tragam este classico!!!!!!!!

Martin Wallace é um dos designers mais prolíficos da industria, mas é difícil de achar um jogo dele tão interessante e diferente temáticamente como Monster Rock, acho que só Study in Emerald chega perto da maluquice que esse jogo parece ser. Esse está sendo publicado pela SchilMil, que públicou pouquissimos jogos, todos do homem, mas pelo menos já há um lastro de conexão com Auztralia, outro jogo Cthulhesco feito por Wallace, que foi publicado no Brasil pela Grok. Então Grok, manda ver!