O Fokker E.III era um caça monoplano alemão de assento único, a primeira aeronave armada com uma metralhadora sincronizada. Este avião também foi usado pelo Império Austro-Húngaro (com a designação austro-húngara de A.III) e pela Turquia durante a Primeira Guerra Mundial. O Fokker E.III foi a versão definitiva do Eindecker, com asas novas e maiores do que o Fokker original, e foi pilotado por ases como Max Immelmann, Hans-Joachim Buddecke, Ludwig Hautzmayer e Oswald Boelcke.

Buddecke nasceu em Berlim e seguiu os passos de seu pai no exército. Ele foi um ás alemão na Primeira Guerra Mundial, com treze vitórias. Foi o terceiro ás, depois de Max Immelmann e Oswald Boelcke, a ganhar o Blue Max (Pour le Mérite). Ele participou de combate em três frentes durante a Primeira Guerra Mundial: Bulgária, Turquia e a Frente Ocidental.

Buddecke foi enviado para a Frente Ocidental em setembro de 1914. Inicialmente ele voou como observador, mas logo se tornaria um piloto de caça monopostos FFA 23. Por causa de sua experiência anterior em monoplanos, o bom amigo de Buddecke, Rudolph Berthold, sugeriu que ele deveria voar a primeira aeronave Fokker Eindecker entregue à unidade. Buddecke e Berthold, pilotando o Eindecker e um AEG G.II, respectivamente, formaram um pequeno Kampfstaffel dentro da unidade, interceptando aeronaves britânicas de reconhecimento. Buddecke marcou suas primeiras três vitórias durante esta tarefa.

Buddecke marcou sua primeira vitória, e também da nova unidade, em 19 de setembro de 1915; um B.E.2c do Esquadrão Nº 8 do RFC, tripulado pelo piloto Lt WH Nixon e pelo observador Capitão JNS Stott. Abrindo fogo a 200 metros, ele desabilitou a metralhadora do observador, embora o capitão Stott tenha devolvido o fogo com uma pistola de bolso. Foi disparado de suas mãos a uma distância de dez metros e Nixon foi atingido. A arma de Buddecke travou quando um cartucho rasgou a corrente. Enquanto Buddecke lutava com a arma travada, Stott subiu no ombro de seu piloto moribundo, pousou os calcanhares nos joelhos do piloto para operar o leme e se inclinou para frente para pegar os controles. Buddecke desobistruiu a arma e apontou para o casaco de couro amarelo do observador britânico. O acidente do BE.2c caiu perto de Saint Quentin. Buddecke dirigiu-se ao acidente após o desembarque, onde o prisioneiro Stott, não ferido, mostrou-lhe os buracos de bala no casaco. Buddecke prosseguiu com reivindicações confirmadas em 23 de outubro (um BE2 de nº 13 Squadron RFC, com o capitão CH Marks e o tenente WG Lawrence - o irmão de TE Lawrence, de fama árabe - ambos mortos) e 11 de novembro e uma vitória não confirmada em 6 de dezembro de 1915.

Ele foi então enviado para Gallipoli para voar o Halberstadt D.II e o Fokker E.III com o Ottoman FA 6 contra o Royal Air Service. A campanha turca foi bem sucedida, com quatro vitórias confirmadas e sete não confirmadas e Buddecke foi pessoalmente premiado com a medalha de ouro Liakat por Enver Pasha. Ele foi chamado de volta para a Frente Ocidental no final de agosto de 1916, como líder do recém-formado Royal Prussian Jagdstaffel 4. Depois de três mortes em setembro, ele partiu novamente para a Turquia para voar com a Otomana FA 5. No início de 1918 ele estava de volta à França com a Royal Prussian Jasta 30, antes de mudar para o Royal Prussian Jagdstaffel 18.

Em poucos dias Buddecke foi morto durante um combate aéreo acima de Lens, na França, em 10 de março de 1918, vítima de Sopwith Camels de 3 Esquadras Navais RNAS. Hans-Joachim Buddecke foi enterrado no Cemitério Invalidenfriedhof, em Berlim.