O triplano Fokker Dr.I teve serviço generalizado na primavera de 1918. Tornou-se famoso como a aeronave em que Manfred von Richthofen, o "Barão Vermelho" ganhou suas últimas 19 vitórias. O Dr.I ofereceu excepcional capacidade de manobra devido aos controles do leme e de elevação, que eram leves e poderosos. Graças à habilidade excepcional do Barão Vermelho e seu “Circo Voador”, o triplano Dr.I entrou na imaginação popular como o mais famoso e icônico avião da Primeira Guerra Mundial.

O mais famoso ás da Primeira Guerra, Manfred von Richthofen nasceu em maio de 1892 em Breslau, Prússia. Se tornou o mais conhecido piloto de todos os tempos. Seu sucesso o fez ser chamado de “der Rote Kampfflieger” pelos alemães, “Red Devil” e “Petit Rouge” pelos franceses, e “Red Baron” pelos britânicos.

Richthofen iniciou a carreira militar como oficial de cavalaria. Na Primeira Guerra, pediu transferência para a Força Aérea Alemã, em 1915. Ele começou na frente oriental como observador de reconhecimento e depois foi enviado para a frente ocidental. Lá ele voou com o piloto Lt. Zeumer e com ele enfrentou seu primeiro combate.

Depois de conhecer Oswald Boelcke, Richthofen decidiu se tornar piloto. Em outubro de 1915, ele entrou em treinamento e realizou seu primeiro vôo solo após 24 horas de treinamento apenas. Obteve sua licença e ingressou no esquadrão de bombardeiros Kampfgeschwader 2.

Ele reencontrou Boelcke e foi selecionado para a Jasta 2. Alcançou sua primeira vitória oficial pilotando um Albatros D.II. Em 23 de novembro de 1916, abateu a aeronave de George Lanoe Hawker, um dos principais ases do Royal Flying Corps.

No final de 1916, Richthofen pintou o avião de vermelho e começou a ser conhecido como "O Barão Vermelho". Tinha 16 vitórias marcadas quando foi premiado com o Pour le Mérite e se tornou o comandante da nova Jasta 11, onde mostrou suas qualidades: metódico, ele calculou as probabilidades, com precisão matemática, posição calculada, ângulos e controle de fogo para matar sua presa.

Richthofen levou a unidade a um sucesso inigualável, com ordem e disciplina, exigindo que os pilotos estudassem e seguissem suas táticas. No "Bloody April" de 1917, ele derrotou 22 aeronaves britânicas. Em junho, ele era o comandante da primeira das formações Jagdgeschwader, liderando a Jagdgeschwader 1, apelidada de “O Circo Voador”, que reunia os principais pilotos de caça da Alemanha.

Na Jagdgeschwader 1, ele foi gravemente ferido durante um combate. Desorientado e parcialmente cego, recuperou a consciência a tempo de evitar um giro em queda livre e fez uma aterrissagem forçada em um campo em território amigável. Richthofen retornou ao serviço contra ordens médicas e recusou a proposta de parar de combater na primeira linha, e voando o Fokker Dr.I alcançou mais vitórias.

Ele marcou 80 mortes confirmadas em 21 de abril de 1918, enfrentando seu último duelo. Mais de trinta aviões liderados pelo capitão canadense Roy Brown, que foi atrás do Barão. A aeronave de Richthofen mergulhou e caiu em um setor controlado pela Força Imperial Australiana. Eles recuperaram o avião e descobriram o corpo de Richthofen, que morreu devido um ferimento fatal no peito por um único tiro. A morte do Barão Vermelho foi creditada a Brown, mas houve controvérsias quanto à identidade de quem foi o tiro que o matou. Atualmente, é aceito que a bala que o atingiu foi disparada por alguém no chão.

Richthofen tinha 25 anos quando morreu. O responsável por seus restos mortais, Major Blake, organizou um funeral militar completo. Richthofen foi enterrado no cemitério na vila de Bertangles. Seis aviadores com o posto de capitão - o mesmo de Richthofen - carregaram seu caixão e uma guarda de honra das outras fileiras do esquadrão fizeram uma saudação. Esquadrões aliados nas proximidades enviaram coroas funebres, uma das quais com a inscrição "Para Nosso Galante e Digno Inimigo". Mais tarde, seu corpo foi exumado e enterrado no cemitério da família em Wiesbaden