O triplano Fokker Dr.I teve serviço generalizado na primavera de 1918. Tornou-se famoso como a aeronave em que Manfred von Richthofen, o "Barão Vermelho" ganhou suas últimas 19 vitórias. O Dr.I ofereceu excepcional capacidade de manobra devido aos controles do leme e de elevação, que eram leves e poderosos. Graças à habilidade excepcional do Barão Vermelho e seu “Circo Voador”, o triplano Dr.I entrou na imaginação popular como o mais famoso e icônico avião da Primeira Guerra Mundial.

Nascido em Koblenz, em 5 de agosto de 1896, Hans Kirschstein alistou-se para servir a Alemanha em agosto de 1914, após a eclosão da guerra. Ele atuou primeiro como engenheiro de combate na Polônia e na Frente Ocidental com o 3º Batalhão Pioneiro. Na Galiza, contraiu malária em 1915 e foi para casa recuperar-se e voltou ao trabalho em dezembro daquele ano. Naquela época, ele estava fascinado com o corpo aéreo alemão.

Dois meses depois, ele pediu para ser transferido e em maio de 1916 foi aprovado e enviado para treinamento de vôo. Depois disso, ele foi designado para o esquadrão FA19. Nesta unidade, ele realizou bombardeios na França e em Flandres, incluindo alguns dos primeiros ataques aéreos contra tanques. Por suas atividades como bombardeiro, Kirschstein recebeu a Cruz de Ferro de Segunda Classe. Ele continuou a pilotar bombardeiros até 1917, servindo no FA256 e FA3, até que ele pediu para ser transferido para um esquadrão de caças, no início de 1918.

Ele passou pelo treinamento de piloto de caça e foi designado para a Jasta 6, liderada por Manfred von Richthofen, em 13 de março. Ele conseguiu sua primeira vitória depois de apenas cinco dias, quando derrubou um Sopwith Camel, e em 27 de março ele conseguiu outras duas mortes no mesmo dia. Em maio de 1918, ele foi premiado com a Cruz de Ferro de Primeira Classe). No final daquele mês, ele marcou 16 vitórias e conseguiu oito vitórias em cinco dias no início de junho.

Kirchstein assumiu o comando da Jasta 6 no dia 10 daquele mês. Colecionou mais três vitórias e conseguiu um total de 27 vitórias marcadas, sendo premiado com o Blue Max. Em 16 de julho, ele foi morto como passageiro em uma aeronave Hannover, tendo abandonado sua própria aeronave Fokker para um serviço em Fismes. O Hannover, pilotado por Johannes Markgraf, pousou logo após a decolagem. Mais tarde, uma comissão de inquérito concluiu que o acidente foi o resultado da inexperiência de Markgraf em pilotar aviões Hannover.