O Albatros D.V era um caça usado pelo Luftstreitkräfte (Serviço Aéreo Alemão Imperial) durante a Primeira Guerra Mundial. O D.V foi o desenvolvimento final da família Albatros D.I e o último caça Albatros a ver o serviço operacional. A versão melhorada de D.Va foi amplamente utilizada pelo Luftstreitkräfte, e pilotada por ases alemães como Udet e Jacobs, até que foi substituída pelo Fokker D.VII nos últimos meses da guerra.

O mais novo e o segundo mais alto ás alemão da 1ª Guerra, com 62 vitórias confirmadas, Ernst Udet nasceu em 1896, Frankfurt, Main. Era fascinado por máquinas voadoras desde criança, construiu e pilotou aeromodelos e ajudou a fundar o Aero-Club de Munique em 1909.

Obteve sua licença de vôo em 1915 e entrou para a Força Aérea Alemã. Em seu primeiro combate um contra um, Udet 'congelou' e não conseguiu atirar. Sentindo-se envergonhado por sua falta de coragem, Udet redobrou sua prática de artilharia, treinando com um modelo/maquete de um Nieuport.

Na sua primeira vitória, ele voava a 2.800 metros com seu Fokker para interceptar alguns aviões inimigos. Sozinho, encontrou mais de vinte bombardeiros franceses: um grande Farman no meio, ladeado por outros Farmans e Caudrons. Desta vez, ele manteve a coragem, mirou no Farman e abriu fogo, incendiando-o. Ele continuou a mergulhar através da formação com outros aviões franceses indo atrás dele. Ele mergulhou abruptamente para escapar. Esta ação concedeu à Udet a Cruz de Ferro de Primeira Classe.

Em junho de 1917, Udet esteve envolvido em um dos duelos mais famosos da Primeira Guerra Mundial. Enquanto caçava balões em uma patrulha solitária, ele reconheceu o Spad VII pilotado por Georges Guynemer e se manteve em um duelo com o famoso ás francês. Quando viu o piloto francês Udet disparou, mas suas armas falharam; estavam emperradas. Freneticamente, ele bateu com o punho na arma enquanto Guynemer voou por cima. Guynemer se aproximou, mas em vez de lançar uma rajada de chumbo contra seu oponente indefeso, ergueu uma mão enluvada, acenou e depois desapareceu para o oeste. Até o fim de sua vida, Udet nunca esqueceu esse ato de cavalheirismo.

Em 7 de novembro, ele foi nomeado comandante da unidade e provou ser um bom líder. Passou horas treinando pilotos novatos na arte do combate aéreo e, como muitos ases bem-sucedidos, enfatizava a boa pontaria em relação a acrobacias aéreas. No final daquele ano, ele era um ás de 16 vitórias e um piloto altamente condecorado.

Seu sucesso atraiu a atenção de Manfred von Richthofen, sempre à procura de pilotos brilhantes e agressivos, e ele perguntou a Udet se ele gostaria de se juntar ao seu Jagdgeschwader I (JG.I), o "Circo Voador". Ele imediatamente aceitou e assumiu o comando do Jasta 11, equipado com o triplano Fokker Dr.I altamente manobrável e de escalada rápida.

Após o fim da guerra, Ernst Udet lutou para ganhar a vida no início dos anos 1920. Ele construiu aviões por um tempo, participou de corridas e viajava para os EUA e Argentina para shows aéreos. Ele também contribuiu para filmagem de filmes em lugares exóticos, viajando para a África e o Ártico, pilotando aviões com câmeras.

No verão de 1936, Udet foi persuadido por Göring a se tornar o chefe do departamento técnico do Ministério do Ar do Reich. Depois, para a Generalluftzeugmeister, ou chefe de compras de armamentos. Quando a Segunda Guerra começou, o peso de seu escritório pesava sobre ele. A nova posição trouxe mais responsabilidades e problemas. Quando a Luftwaffe não conseguiu sobrepujar a Royal Air Force na Batalha da Grã-Bretanha, o escritório de Udet foi culpado. A invasão da Rússia só aumentou a pressão sobre ele. No final de agosto de 1941, Udet teve uma conversa longa e privada com Göring, na qual ele tentou renunciar. Göring recusou, sabendo que tal renúncia de um alto funcionário da Luftwaffe criaria má publicidade. Em 17 de novembro de 1941, Udet cometeu suicídio. Segundo a propaganda nazista, o piloto morrera enquanto testava uma nova