O Albatros C.III foi um dos melhores aviões alemães de dois lugares da Primeira Guerra Mundial. Criado como uma aeronave de reconhecimento, provou ser capaz de desempenhar vários papéis: observação, bombardeio leve, alvos terrestres e escolta de bombardeiros. Introduzido no final de 1915, como uma melhoria do bem-sucedido modelo C.I anterior, foi produzido em grande número e usado por muitos dos aliados da Alemanha. Sua construção era tão robusta que permaneceu em serviço até o final da guerra e alguns C.III sobrevivendo mesmo após o Armistício.

Erwin Böhme foi um piloto alemão durante a Primeira Guerra Mundial. Ele nasceu em Holzminden em 29 de julho de 1879, tornou-se um esportista atlético e também um grande ás durante a guerra, creditado com 24 vitórias. Ele era um amigo próximo e um subordinado militar de Oswald Boelcke e foi involuntariamente responsável por sua morte. Böhme também foi contemporâneo e, eventualmente, subordinado ao Barão Vermelho Manfred von Richthofen.

Após ingressar no serviço militar em 1914, solicitou sua transferência para a aviação. Ele se juntou a Kampstaffel 10 (Kasta 10) perto de Metz, comandado por Wilhelm Boelcke, em dezembro de 1915. O número de série Albatros C.III 766/16, que Böhme voou, tinha um dragão feroz pintado no lado direito de sua fuselagem e um monstro crocodiliano do outro. Böhme comentou que "causaram uma impressão aterradora nos camponeses russos".

O Kasta 10 mudou-se para o leste da Frente Russa em junho, para Kovel; Nessa época, um dos seus camaradas era um oficial de cavalaria chamado Manfred von Richthofen. Em 2 de agosto de 1916, enquanto voava em um Albatros C.III, Böhme obteve sua primeira vitória aérea com o Kasta 10. Após esta vitória, Böhme foi transferido para o Jasta 2 sob o comando de Oswald Boelcke. Ele e Böhme tornaram-se melhores amigos. Sob a tutela e liderança de Boelcke, Böhme teve sucesso como piloto de caça.

Depois veio a tragédia que sempre ligou o nome de Böhme a Boelcke. Durante umaa missão em 28 de outubro de 1916, Böhme, Boelcke, von Richthofen e três outros pilotos de Jasta 2 atacaram dois caças DH-2 do Esquadrão nº 24. Em um ataque violento durante um clima tempestuoso, Richthofen foi cortado de sua posição de ataque a um avião britânico por um avião alemão interposto. Böhme e Boelcke estavam ambos aproximando um do outro.

Boelcke teve que se desviar para evitar uma colisão no ar no combate aéreo e o Albatros de Böhme colidiu brevemente com o de Boelcke. As rodas do avião de Böhme mal tocaram o tecido da asa superior de Boelcke, mas foi o suficiente para começar a desfiar o tecido. Boelcke lutou pelo controle de seu avião, que se perdia na turbulência. Ele habilmente ainda fez uma aterrizagem forçada quando a asa superior inteira se soltou. No entanto, ele não havia colocado o cinto de segurança. Boelcke foi morto por seu impacto relativamente leve. Böhme sobreviveu ao acidente, seu avião sofrera apenas um dano no trem de aterrissagem.

Após o desembarque, Böhme, desesperado, foi descoberto em seus aposentos com a pistola na mão. Manfred von Richthofen teve que convencê-lo a não cometer suicídio. Assim, Böhme voltou ao trabalho. Ele marcou muitas vitórias até que foi premiado com o Pour le Mérite, a maior decoração de bravura de sua nação.

Em 29 de novembro de 1916, Böhme iniciou sua última missão. Durante o vôo, ele foi atacado de surpresa pelo piloto veterano Capitão John Patten e pelo tenente-observador Philip Leycester, que o acompanhava. Seu avião atingido pegou fogo e despencou em chamas até explodir com o impacto no chão.

O corpo carbonizado de Oberleutnant Erwin Böhme foi recuperado dos destroços e enterrado com honras militares pelos britânicos. Por ter caido atrás das linhas inimigas, eles assumiram a responsabilidade de enterrá-lo no cemitério de Keerselaarhock. Ele foi novamente enterrado em Hinter den Linden, depois da guerra. A localização de seu túmulo foi perdida desde então.