Nos tempos antigos e pré-históricos, antes do advento da humanidade, essas colinas montanhosas eram governadas por uma raça insensível de filósofos serpentinos. Eles construíram templos para a deusa da natureza ctônica conhecida por nós como Shab-en-Haggálath, para aproveitar seu poder. Através dela, eles tiveram acesso ao caos primordial no centro da Criação e puderam fazer com que sua monstruosa prole obedecesse às suas ordens. Esses répteis já desapareceram há muito tempo, mas algumas de suas obras permanecem existentes, embora ocultas e remotas. E eles não estão abandonados.

Nas terras de Arkas é comum o povo refletir a selvageria da natureza em suas feições. Faunos e sátiros misturam-se com os aldeões mais comuns, e cada cidade tem aqueles que reivindicam parentes dríades. À noite, os uivos dos sangue-lobo não são desconhecidos, mas também não o são as maneiras de mantê-los devidamente afastados. E ainda assim há aqueles para quem o toque da natureza não é suficiente. Eles desejam também refutar a sua humanidade e deleitar-se com a natureza bestial de um caos vindo de além das estrelas.

Nos templos antigos, escondidos atrás das florestas nas montanhas, eles aprenderam a invocar a prole de Shab-en-
Haggálath novamente. As estranhas energias de sua magia queimaram a humanidade de seus corpos, assim como a visão do caos agitado queimou-a de suas mentes. Agora eles se deleitam com as delícias desumanas que podem evocar. Eles podem ver através do véu mundos além da nossa imaginação. Se ao menos tivessem deixado este mundo para trás para sempre.

Mas eles ainda estão aqui, causando problemas. Seus ritos negros passam despercebidos até que uma vila seja massacrada por algum horror alado ou um castelo seja cercado por pesadelos colossais. Quando eles querem algo das pessoas normais que eles tanto desprezam, esses invocadores de spawn apenas ordenam que seus asseclas astrais o aceitem. Eles se importam pouco com a vida dos outros. Para eles, não somos nada.