Em 6 de outubro de 1973, as forças egípcias, ricamente equipadas com as últimas armas soviéticas, lançaram um ataque surpresa em esmagadora força contra os 436 soldados de infantaria israelenses e 200 tanques que estavam guardando o Canal de Suez. O ataque egípcio foi encabeçado por sete divisões e mais de mil tanques - com outras três divisões e 300 tanques em volta do Cairo. Apesar dessas longas probabilidades, os israelenses acreditavam que seriam capazes de repelir o ataque com relativa facilidade.

Dentro de 72 horas, os pressupostos que formaram a base da estratégia israelense - o valor defensivo do Canal de Suez, a absoluta superioridade das tropas israelenses e o papel decisivo da Força Aérea Israelense - provaram ser chocantes e inegavelmente equivocados. Primeiro de tudo, os egípcios, demonstrando um domínio inesperado da técnica de engenharia, construíram nada menos que dez pontes sobre o Canal até o final de 7 de outubro - uma conquista que permitiu que eles despejassem tanques e outros equipamentos pesados ​​muito mais rápido do que os israelenses tinham feito. Mais chocante ainda, todos os contras de Israel haviam sido rejeitados, com perdas terríveis. Essas tropas egípcias supostamente inferiores não hesitaram diante dos contra-ataques israelenses imediatos e violentos, mas corajosamente se mantiveram firmes - derrubando mais de 300 tanques israelenses nos primeiros três dias da guerra. Finalmente, quando a Força Aérea Israelense foi enviada para o resgate das forças terrestres pressionadas, ela encontrou uma parede quase impenetrável de armas antiaéreas e SAMs (incluindo os até então desconhecidos - e muito mortais - SA-6 soviéticos) que levaram um terrível pedágio dos Phantoms e Skyhawks atacantes.

A história nos diz que os israelenses conseguiram superar as consequências iniciais de sua própria arrogância e excesso de confiança, e reverter o curso da guerra, através de uma combinação de pura coragem, improvisação brilhante e técnica superior na guerra móvel. No entanto, o resultado da guerra ao longo do Canal de Suez foi, para citar Wellington, "uma coisa muito próxima," que poderia facilmente ter terminado em uma derrota humilhante de Israel.