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  2. Análises
  3. Puerto Rico
  4. Puerto Rico e os privilégios.

Puerto Rico e os privilégios.

Puerto Rico
  • ___
    163 mensagens MD
    avatar
    ___30/12/20 12:47
    ___ » 30/12/20 12:47

    LuisPerdomo::
    cleitonlfj::Excelente reflexão... eu não havia pensado nele ainda nesses termos que você colocou... e faz total sentido, selecionar uma ação em que todos podem fazer, mas você faz ela com privilégios adicionais... e isso é extremamente temático e contemporâneo... perfeito!!! 

    Lembro sempre de George Orwell na revolução dos bichos e a frase: 
    Somos todos iguais, mas alguns são mais iguais que outros !!!

    Sim, Cleiton, você captou muito bem a mensagem. O título do texto é totalmente proposital, faz um jogo de significados entre a mecânica dos privilégios contida no jogo e a questão dos privilégios daqueles que hoje não passam por todos esses constrangimentos desnecessários provenientes do racismo estrutural calcificado ao longo de nossa história perversa.

    Muito bacana você citar George Orwell. 1984 é o meu livro favorito. Releio essa obra de tempos em tempos e é assustadoramente atual.


    E algo que me tira o sono não é somente existir um cenário de privilégios tão exagerado, mas dos privilegiados não reconhecerem seus privilégios. E é daí que vem todo aquele discurso falacioso de meritocracia, pra justificar uma tragédia estrutural, esmagando excluídos e romantizando exceções.

    5
  • LuisPerdomo
    639 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo30/12/20 13:02
    LuisPerdomo » 30/12/20 13:02

    fernandohf84::E algo que me tira o sono não é somente existir um cenário de privilégios tão exagerado, mas dos privilegiados não reconhecerem seus privilégios. E é daí que vem todo aquele discurso falacioso de meritocracia, pra justificar uma tragédia estrutural, esmagando excluídos e romantizando exceções.

    Exatamente. 

    Está tudo interligado. Não existe meritocracia quando as condições para a competição não são iguais para todos. Essa figura ilustra bem o cenário que nós e boa parte do mundo vivenciamos.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/29a2e_tqdkh9.jpg

    Igualdade é todo mundo fazer a mesma prova de concurso, digamos. A prova é igual para todos.

    "Luis, você se formou na faculdade federal, faz mestrado, cara inteligente...". Eu tive um mundo de oportunidades que uma galera não teve. Eu não tive que trabalhar na rua na menoridade para colocar comida na mesa. Eu brinquei, estudei, fiz cursos, tive um desenvolvimento lúdico e saudável. Tem criança que naturaliza bala perdida. Eu não sei o que é isso, eu não faço ideia. Se um dia eu presenciar um projétil dentro da minha casa, eu vou ficar paranoico. Anos de terapia depois disso. Eu sou muito mais privilegiado do que essas pessoas. É uma realidade muito infeliz porque o ideal seria que todos tivessem direitos e condições iguais. Tem gente que não tem água potável e eu não estou falando de algum país em estado de miséria em outro continente, não precisamos ir muito longe aqui no Rio de Janeiro, por exemplo.

    Eu não consigo engolir o discurso da (falsa) meritocracia. Eu tenho consciência de que sou extremamente privilegiado simplesmente por ter nascido nas condições em que nasci, se comparado à expressa maioria da nossa população. Esse é o mínimo que eu posso fazer, o mínimo.

    5
  • Bruno Marchena
    406 mensagens MD
    avatar
    Bruno Marchena30/12/20 14:59
    Bruno Marchena » 30/12/20 14:59

    Que texto ansiolítico em tempos sombrios! Muito obrigado pelas reflexões. Fiz há um tempo atrás um texto também que talvez se relacione com o seu, que gerou um ótimo debate nos comentários e umas mensagens de odiosos também!

    https://www.ludopedia.com.br/topico/39444/sonhos-suor-e-sofrimento-varridos-para-debaixo-do-tabuleiro

    Obrigado mais uma vez pelas reflexões! 

    4
  • 1pipo_
    30 mensagens MD
    avatar
    1pipo_30/12/20 15:03
    1pipo_ » 30/12/20 15:03

    Boa tarde, Luis!

    Sempre leio as coisas que você escreve, inclusive adoro, são textos gostosos e divertidíssimos. Mas, por mais que eu não tenha o hábito de comentar muito, desta vez não teve jeito: PRECISO te parabenizar pela decisão de escrever esse texto e pela sua abordagem. Se em outros momentos o que mais me chamava a atenção era o humor ou a qualidade da sua escrita, aqui o que fica engrandecido é a sua parte humana e as reflexões que você propõe.


    Por mais que a gente gostaria que essas ideias já fossem lugar comum, infelizmente ainda não é raro ver o pessoal dentro do hobby desprezando ou chamando de "lacração" quando a gente levanta esses pontos em relação a aspectos de jogos como Puerto Rico, ou mesmo Mombasa, que tem umas coisinhas problemáticas parecidas. Então é sempre muito legal ver que, além da sua evidentemente elogiável habilidade pra escrita, você também tem uma visão de mundo que te permite reconhecer os problemas da nossa realidade e tentar provocar uma mudança pra melhor. Nosso cenário se beneficiaria de mais artigos como esse e de mais pessoas como você.

    Continue nessa! Um abraço!

    4
  • LuisPerdomo
    639 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo30/12/20 15:07
    LuisPerdomo » 30/12/20 15:07

    Bruno Marchena::Que texto ansiolítico em tempos sombrios! Muito obrigado pelas reflexões. Fiz há um tempo atrás um texto também que talvez se relacione com o seu, que gerou um ótimo debate nos comentários e umas mensagens de odiosos também!

    https://www.ludopedia.com.br/topico/39444/sonhos-suor-e-sofrimento-varridos-para-debaixo-do-tabuleiro

    Obrigado mais uma vez pelas reflexões! 

    Muito obrigado, Bruno. Sim, são tempos bastante difíceis. Fico feliz que meu texto tenha lhe proporcionado boas reflexões.

    Vou ler o seu com certeza :)

    1
  • Bruno Marchena
    406 mensagens MD
    avatar
    Bruno Marchena30/12/20 15:09
    Bruno Marchena » 30/12/20 15:09

    Tamo isolado, mas tamo junto! (=

    2
  • LuisPerdomo
    639 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo30/12/20 15:57
    LuisPerdomo » 30/12/20 15:57

    1pipo_::Boa tarde, Luis!

    Sempre leio as coisas que você escreve, inclusive adoro, são textos gostosos e divertidíssimos. Mas, por mais que eu não tenha o hábito de comentar muito, desta vez não teve jeito: PRECISO te parabenizar pela decisão de escrever esse texto e pela sua abordagem. Se em outros momentos o que mais me chamava a atenção era o humor ou a qualidade da sua escrita, aqui o que fica engrandecido é a sua parte humana e as reflexões que você propõe.


    Por mais que a gente gostaria que essas ideias já fossem lugar comum, infelizmente ainda não é raro ver o pessoal dentro do hobby desprezando ou chamando de "lacração" quando a gente levanta esses pontos em relação a aspectos de jogos como Puerto Rico, ou mesmo Mombasa, que tem umas coisinhas problemáticas parecidas. Então é sempre muito legal ver que, além da sua evidentemente elogiável habilidade pra escrita, você também tem uma visão de mundo que te permite reconhecer os problemas da nossa realidade e tentar provocar uma mudança pra melhor. Nosso cenário se beneficiaria de mais artigos como esse e de mais pessoas como você.

    Continue nessa! Um abraço!

    Boa tarde, Pedro!

    Eu fico sempre muito contente ao receber uma mensagem de alguém que acompanha o meu trabalho há um certo tempo. Muito obrigado pela leitura, pelo carinho e pelo comentário. Eu sei que muita gente prefere simplesmente ler os textos, sem sentir a necessidade de comentar, o que não é problema algum, mas confesso que a minha parte favorita depois de postar um texto é a interação pelos comentários. É muito bacana saber que esse texto, de caráter tão reflexivo, fez com que você se visse motivado a escrever esse ótimo comentário. Obrigado por sua contribuição no nosso debate. Seja bem vindo.

    Sim, o humor é uma componente que me fascina. É muito difícil fazer humor. Para se produzir algum conteúdo humorístico, faz-se necessário um certo grau de percepção apurada, antecipando a reação do público. O riso é para mim o reflexo involuntário da concretização bem sucedida de uma piada. A piada, por sua vez, envolve a geração de uma certa expectativa, que é propositalmente quebrada a partir do inesperado, seja na forma de alguma inversão de valores, exagero, elemento fora de contexto, etc. Desde pequeno eu era uma criança muito esquisita, eu analisava, dissecava, o humor. Eu não ria das piadas, ao invés disso, eu falava algo do tipo "entendi porque isso é engraçado, muito bom". O humor também tem público: o que é engraçado para uns não é engraçado para outros, por diversas razões, seja porque é simplesmente tolo ou até mesmo ofensivo, o que, a meu ver, ultrapassa os limites do humor.

    A parte inicial do texto reflete fielmente o meu processo criativo na construção do mesmo. Meu primeiro impulso foi fazer graça. Por que normalmente esse é o meu primeiro reflexo? Porque no fundo eu sou uma pessoa muito triste, leia-se com tendências à depressão. Eu faço terapia há quase dois anos, como disse, sou uma pessoa extremamente privilegiada. Não é qualquer pessoa que tem acesso a esse tipo de acompanhamento. Para muitos, depressão é vista como "doença de rico". Não, depressão é outro mal muito sério que também é invisível. O que a torna "doença de rico" é justamente o que estamos falando aqui, refiro-me à questão das condições drasticamente desiguais que as diferentes camadas sociais apresentam. Alguns privilegiados como eu têm acesso à informação, a profissionais sérios. Pessoas menos afortunadas acabam recorrendo a drogas ou são ludibriadas com algumas formas de charlatanismo.

    Produzir humor para mim é uma válvula de escape. Contudo, ao abordar uma questão tão sensível como essa, eu simplesmente não consegui. Eu nem tentei, na verdade, sabia que não conseguiria. Esse é o limite do meu humor. Brincadeira tem hora. A resultante disso foi uma expressão do meu lado humano, mais empático. 

    Esse ano foi devastador para o mundo inteiro, literalmente o mundo inteiro. Eu, que nas condições normais de temperatura e pressão apresento tendências a ficar bastante cabisbaixo, neste ano perdi a noção, surtei um bocado. Apesar de todas as minhas imperfeições, fico aliviado ao ter a consciência de que não sou um cego intolerante que perpetua o ódio em função das origens (e orientações) de qualquer pessoa. O Covid não é o único vírus que vem assolando o mundo em tempos recentes. Infelizmente temos também a estupidez, a intolerância, entre outros. Conversar convosco sobre um assunto tão sério de forma tão empática, madura e respeitosa é um verdadeiro bálsamo para a minha pessoa na conclusão desse período torpe de nossas vidas, também conhecido como 2020.

    Falando mais especificamente sobre essa questão do desprezo por parte de umas mentes mais resistentes, infelizmente, ao passo que a internet permite com que possamos nos reunir virtualmente e propagar bons pensamentos e práticas, por outro lado, pessoas intolerantes também ganharam voz. Vivemos em um contexto onde a quantidade fala mais alto do que a qualidade. Aquela máxima que surgiu em outro período sombrio da história da humanidade e que diz: "Uma mentira contada mil vezes se torna verdade". A diferença é que hoje em dia, uma mentira, para se tornar verdade, não precisa ser literalmente contada mil vezes, basta compartilhá-la mil vezes ou ainda curtir a postagem mil vezes. Virou uma guerra de egos, não um debate racional, e o combustível para essa disputa sem sentido é a visibilidade, os números, o algoritmo. 

    A internet não é ruim em sua essência, ela é, na realidade, uma ferramenta fantástica com um potencial fascinante para a produção de coisas boas. Em algum momento da história, lá atrás, erramos feio e erramos rude. Hoje, dentre muitas outras coisas, a internet infelizmente também serve para que crias ideológicas desse processo nefasto se juntem a seus pares e, através dos números, ganhem força, que extrapola o mundo virtual, invadindo esferas como a política, religião e a família.

    5
  • tpcordeiro
    1747 mensagens MD
    avatar
    tpcordeiro30/12/20 16:10
    tpcordeiro » 30/12/20 16:10

    Senta que lá vem a história parede de links

    Não vou ser mais um a parabenizar o autor pelo tópico, pois já é chover no molhado. É muito bom quando vemos algo evoluindo, e esse é o caso aqui. Nada impede q um canal "de humor" possa enveredar de vez em quando para algo sério e ser tão bem sucedido quanto.
     
    Mas dessa vez vou evitar a prolixidade do dono do tópico. Vou colocar alguns links q eu acho pertinentes ao assunto e deixar que os posts falem por mim.
     
    Um pouco depois da morte de George Floyd e os protestos tomaram maior forma, surgiram aqui na Ludopedia alguns tópicos pertinentes sobre o racismo (e o preconceito em geral) no escopo dos boardgames. Acredito q a discussão possa ser estendida e agregar também esse ponto onde o preconceito é sentido até hj, mesmo no nosso "mundinho de nicho" que tanto propagamos como inclusivo.
    https://www.ludopedia.com.br/topico/42702/vamos-sentar-todos-juntos-e-jogar
    https://www.ludopedia.com.br/topico/43662/board-games-racismo-e-muita-reflexao
    https://www.ludopedia.com.br/topico/44639/board-games-consciencia-negra-e-reflexao
    Esses 3 links acima fazem parte do projeto Tile Antirracista, do canal JogaMana. Fiz um pequeno compilado com os tópicos q achei mais relevantes, mas quase todos os posts do canal, principalmente aqueles relacionados ao projeto citado, entram na discussão, de uma maneira ou outra.
     
    Outro post q tb achei válido citar é esse
    https://www.ludopedia.com.br/topico/41680/de-novo-esse-papo-sobre-problematizacao-nos-boards
    Infelizmente parece q o autor não deu continuidade (seu usuário aparece hj como "inativo ou excluído") mas na minha visão o texto já agrega ao assunto. Na mesma época (Agosto/2020), lembro de ter mais um ou outro tópico, mas não estou achando, se alguém tiver fique convidado a contribuir na discussão.
     
    Detalhe: ao longo dessa minha mini-pesquisa para encontrar esses textos, me deparei com vários tópicos como trancados, exatamente pelo polêmica q levantaram (e alguns trancados até mesmo "preventivamente", pela polêmica q poderiam causar). Espero sinceramente q esse não seja o mesmo destino desse tópico aqui.
     
    Agora, voltando mais um pouco ao ponto inicial, o racismo exposto no tema do jogo, há mais de um ano fiz um post no podcast Tabulices exatamente sobre o assunto, citando o Mombasa. Oq penso sobre o assunto está lá, e repito aqui a parte mais importante na minha visão: "acho muito válido como boardgames podem levantar esse tipo de discussão, pois acredito que o designer não tenha colocado apenas um tema qualquer, pelo contrário, acho q seu objetivo foi justamente colocar o assunto em pauta (inclusive no "pós jogo") e lembrar que isso tb fez parte da nossa história."
     
    Esse post inclusive originou um episódio, do mesmo podcast, só sobre esse assunto:
    Tabulice #60 - Temas Tabus
    Na verdade, em relação ao Tabulices, eu sugiro fortemente qualquer episódio, todos eles são fantásticos, mas esse especialmente é muito relevante, principalmente seu início, quanto é falado do jogo q tb deve ser citado aqui Freedom: The Underground Railroad.
     
    E por último, mas não menos importante, deixo o link do "Jornal de Casa #35", uma espécie de telejornal feito por um comediante. Assim como as outras midias q eu citei, sugiro ver os outros "jornais", pois além de informativo é engraçado, mas já deixei a parte mais interessante linkada no ponto certo:
    JORNAL DE CASA #35 - O CANTO DOS ESCRAVOS (18m:06s)
    É muito louco vc parar pra pensar q sua avó poderia ser uma escrava, com grilhões, chibatadas e qualquer outra opressão física e psicológica. E pensar q tem gente q acha q esse tipo de coisa não dificultaria em nada a vida de uma pessoa.
     

    HU3Brutus::Confesso que tenho um conflito interno que não sabe ponderar se o melhor é abolir um jogo de tabuleiro que toque na ferida expondo tanta exploração. Pintar um mundo colorido como se o passado fosse sempre uma aventura feliz não me parece algo muito saudável. Assim, me parece muito melhor que possam haver jogos que como Puerto Rico possam ser pontos de partida para que essas questões muito importantes sejam discutidas socialmente.


    Como me "re-citei" um pouco acima, expor esse passado em um tema de jogo serve exatamente para que tenhamos essa e outras discussões, e é assim, de grão em grão, começando uma discussão simples como essa, q o mundo pode mudar e evoluir. E os boardgames já deram provas q podem estar entre os precursores de grandes mudanças. Não, boardgames não são só lazer e diversão, eles podem sim trazer grandes mudanças para a vida das pessoas. Sim, no plural mesmo.
    Já há bastante tempo tenho esse tópico da Ludopedia favoritado aqui, e acho q essa é uma grande oportunidade q outros conheçam essa história. O texto é longo, começa falando de Xadrez, pra quem quiser vale a pena, mas quem quer só a parte da história q quero indicar, procure pelo subtítulo "Conheça Rhea Zakich" e leia a partir daí
    https://www.ludopedia.com.br/topico/26349/o-que-os-jogos-de-tabuleiro-revelam-sobre-a-mente
    (esse vai ser o último link, prometo)
     
    Esse board criado no relato mudou vidas, numa época em q os boards não eram nem um pouco relevantes. Imagine agora, q eles estão cada vez mais presentes e reconhecidos?
     
    HU3Brutus::Acho engraçado que é possível fazer um filme ou documentário contando as agruras do nazismo, do apartheid e de diversos outros eventos doloridos da história e eles podem ser considerados críticos, mas a existência de jogos de tabuleiro com temas delicados seja tão criticada.


    Aqui entra uma questão: a perspectiva do consumidor da mídia. Nos filmes e documentários, por mais q nos identifiquemos com alguns personagens, em 99% dos casos a perspectiva é em 3a. pessoa, estamos "apenas" vendo e acompanhando a história de alguém.
    No caso dos jogos não, normalmente vc é o agente atuante. E em grande parte dos casos vc estão do lado errado, sendo o explorador, o racista, o preconceituoso. Basta vc notar q é o mesmo caso para jogos de videogame, não lembro de um jogo onde vc é o nazista na 2a Guerra. No máximo vc é o escroto do GTA, q inclusive já foi bastante criticado, mas a desenvolvedora soube levar para o lado q deixou o tema galhofa e caricato.
    Então, acho q é por essa questão da participação do usuário não apenas vendo, mas efetivamente atuando, q esses temas acabam sendo mais delicados em jogos.
     

    5
  • 1pipo_
    30 mensagens MD
    avatar
    1pipo_30/12/20 16:21
    1pipo_ » 30/12/20 16:21

    LuisPerdomo::
    1pipo_::Boa tarde, Luis!

    Sempre leio as coisas que você escreve, inclusive adoro, são textos gostosos e divertidíssimos. Mas, por mais que eu não tenha o hábito de comentar muito, desta vez não teve jeito: PRECISO te parabenizar pela decisão de escrever esse texto e pela sua abordagem. Se em outros momentos o que mais me chamava a atenção era o humor ou a qualidade da sua escrita, aqui o que fica engrandecido é a sua parte humana e as reflexões que você propõe.


    Por mais que a gente gostaria que essas ideias já fossem lugar comum, infelizmente ainda não é raro ver o pessoal dentro do hobby desprezando ou chamando de "lacração" quando a gente levanta esses pontos em relação a aspectos de jogos como Puerto Rico, ou mesmo Mombasa, que tem umas coisinhas problemáticas parecidas. Então é sempre muito legal ver que, além da sua evidentemente elogiável habilidade pra escrita, você também tem uma visão de mundo que te permite reconhecer os problemas da nossa realidade e tentar provocar uma mudança pra melhor. Nosso cenário se beneficiaria de mais artigos como esse e de mais pessoas como você.

    Continue nessa! Um abraço!

    Boa tarde, Pedro!

    Eu fico sempre muito contente ao receber uma mensagem de alguém que acompanha o meu trabalho há um certo tempo. Muito obrigado pela leitura, pelo carinho e pelo comentário. Eu sei que muita gente prefere simplesmente ler os textos, sem sentir a necessidade de comentar, o que não é problema algum, mas confesso que a minha parte favorita depois de postar um texto é a interação pelos comentários. É muito bacana saber que esse texto, de caráter tão reflexivo, fez com que você se visse motivado a escrever esse ótimo comentário. Obrigado por sua contribuição no nosso debate. Seja bem vindo.

    Sim, o humor é uma componente que me fascina. É muito difícil fazer humor. Para se produzir algum conteúdo humorístico, faz-se necessário um certo grau de percepção apurada, antecipando a reação do público. O riso é para mim o reflexo involuntário da concretização bem sucedida de uma piada. A piada, por sua vez, envolve a geração de uma certa expectativa, que é propositalmente quebrada a partir do inesperado, seja na forma de alguma inversão de valores, exagero, elemento fora de contexto, etc. Desde pequeno eu era uma criança muito esquisita, eu analisava, dissecava, o humor. Eu não ria das piadas, ao invés disso, eu falava algo do tipo "entendi porque isso é engraçado, muito bom". O humor também tem público: o que é engraçado para uns não é engraçado para outros, por diversas razões, seja porque é simplesmente tolo ou até mesmo ofensivo, o que, a meu ver, ultrapassa os limites do humor.

    A parte inicial do texto reflete fielmente o meu processo criativo na construção do mesmo. Meu primeiro impulso foi fazer graça. Por que normalmente esse é o meu primeiro reflexo? Porque no fundo eu sou uma pessoa muito triste, leia-se com tendências à depressão. Eu faço terapia há quase dois anos, como disse, sou uma pessoa extremamente privilegiada. Não é qualquer pessoa que tem acesso a esse tipo de acompanhamento. Para muitos, depressão é vista como "doença de rico". Não, depressão é outro mal muito sério que também é invisível. O que a torna "doença de rico" é justamente o que estamos falando aqui, refiro-me à questão das condições drasticamente desiguais que as diferentes camadas sociais apresentam. Alguns privilegiados como eu têm acesso à informação, a profissionais sérios. Pessoas menos afortunadas acabam recorrendo a drogas ou são ludibriadas com algumas formas de charlatanismo.

    Produzir humor para mim é uma válvula de escape. Contudo, ao abordar uma questão tão sensível como essa, eu simplesmente não consegui. Eu nem tentei, na verdade, sabia que não conseguiria. Esse é o limite do meu humor. Brincadeira tem hora. A resultante disso foi uma expressão do meu lado humano, mais empático. 

    Esse ano foi devastador para o mundo inteiro, literalmente o mundo inteiro. Eu, que nas condições normais de temperatura e pressão apresento tendências a ficar bastante cabisbaixo, neste ano perdi a noção, surtei um bocado. Apesar de todas as minhas imperfeições, fico aliviado ao ter a consciência de que não sou um cego intolerante que perpetua o ódio em função das origens (e orientações) de qualquer pessoa. O Covid não é o único vírus que vem assolando o mundo em tempos recentes. Infelizmente temos também a estupidez, a intolerância, entre outros. Conversar convosco sobre um assunto tão sério de forma tão empática, madura e respeitosa é um verdadeiro bálsamo para a minha pessoa na conclusão desse período torpe de nossas vidas, também conhecido como 2020.

    Falando mais especificamente sobre essa questão do desprezo por parte de umas mentes mais resistentes, infelizmente, ao passo que a internet permite com que possamos nos reunir virtualmente e propagar bons pensamentos e práticas, por outro lado, pessoas intolerantes também ganharam voz. Vivemos em um contexto onde a quantidade fala mais alto do que a qualidade. Aquela máxima que surgiu em outro período sombrio da história da humanidade e que diz: "Uma mentira contada mil vezes se torna verdade". A diferença é que hoje em dia, uma mentira, para se tornar verdade, não precisa ser literalmente contada mil vezes, basta compartilhá-la mil vezes ou ainda curtir a postagem mil vezes. Virou uma guerra de egos, não um debate racional, e o combustível para essa disputa sem sentido é a visibilidade, os números, o algoritmo. 

    A internet não é ruim em sua essência, ela é, na realidade, uma ferramenta fantástica com um potencial fascinante para a produção de coisas boas. Em algum momento da história, lá atrás, erramos feio e erramos rude. Hoje, dentre muitas outras coisas, a internet infelizmente também serve para que crias ideológicas desse processo nefasto se juntem a seus pares e, através dos números, ganhem força, que extrapola o mundo virtual, invadindo esferas como a política, religião e a família.

    Acho que você esclarecer suas tendências a depressão é um argumento muito forte contra aquelas falácias que vemos quando alguém comenta que tem depressão: "Nossa, mas não parece! Você está sempre rindo!", e te falam pra só não pensar nisso ou qualquer coisa desnecessária do tipo. Como você mesmo disse, é uma doença que é infelizmente muito invisibilizada, tratada como "frescura" e sujeita a ser tratada de formas banais com tratamentos pouco funcionais, já que realmente não é todo mundo que tem o privilégio do acesso à informação que a gente tem. Inclusive, te desejo toda a força do mundo pra lutar contra essa doença e vencer! Não é fácil, mas você consegue!

    E sobre o seu uso de humor, ausente nesse texto, concordo que foi a melhor escolha possível. Adoro sua abordagem mais humorística e o tom mais leve que ela confere às suas resenhas, mas aqui, por conta do tema, a decisão de manter o texto mais sério colaborou pra que a mensagem fosse entregue com a devida importância. Como você disse, brincadeira tem hora.
    E também concordo que as ideias que a galera mais problemática propaga hoje seja fruto de erros que deixamos de corrigir no passado. Mas por mais que hoje seja mais difícil, acho que a gente não deve deixar de se posicionar e pronunciar em defesa de valores mais justos, pra tentar desconstruir esses pensamentos arcaicos e remover essas desigualdades que tanto atrasam o nosso progresso enquanto sociedade. Acho que textos como o seu são um excelente passo nessa direção. O indivíduo que não se preocupa com esse tipo de problemática pode começar por aqui pra refletir a forma como olha pro seu hobby, depois pra sua bolha, e mais pra frente pra realidade como um todo. Eu nem sempre tive um ponto de vista tão "pra frente" pra essas coisas, mas com o passar do tempo, e a ajuda de muita gente disposta a conversar comigo e me mostrar como e onde eu tava errado, consegui amadurecer minhas ideias e hoje acho que evoluí muito, por mais que ainda tenha muita coisa pra melhorar. Acho que dá pra gente ser otimista e torcer pra que, com passos de formiguinha, um texto sobre os componentes e o tema de um jogo de tabuleiro sirvam pra tornar nosso mundo um lugar melhor. Então novamente, parabéns!

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  • tpcordeiro
    1747 mensagens MD
    avatar
    tpcordeiro30/12/20 16:24
    tpcordeiro » 30/12/20 16:24

    Bruno Marchena::Que texto ansiolítico em tempos sombrios! Muito obrigado pelas reflexões. Fiz há um tempo atrás um texto também que talvez se relacione com o seu, que gerou um ótimo debate nos comentários e umas mensagens de odiosos também!

    https://www.ludopedia.com.br/topico/39444/sonhos-suor-e-sofrimento-varridos-para-debaixo-do-tabuleiro

    Obrigado mais uma vez pelas reflexões! 

    Esse era um dos posts q eu estava procurando para esse meu post logo acima, mas não consegui encontrar. Que bom q ele apareceu por aqui.

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