Meus dois centavos sobre o tema, não adianta muito você ter um jogo mecanicamente perfeito se você tem uma produção amadora e ter super produções é algo exagerado e desnecessário.
Não vou falar dos dois exemplos do texto, pois não joguei nenhum deles, mas já joguei Antiquity da splotter e Age of Discovery da Eagle, que acho que encaixam no que o texto fala.
Antiquity levando em conta apenas o game-play é muito bom, é sufocante, desafiador, jogo longo que você não vê a hora passar, mas a quase todo momento do jogo me deparava pensando no quanto aquela arte era horrível, sem falar que o jogo não cabe muito bem na caixa!
Age of Discovery, não vou falar que o gameplay é ruim, é um jogo legal, porém a produção é tão exagerada, tão exagerada que se torna desnecessária, além de uma caixa demasiadamente grande e para quem é colecionador com espaço limitado sabe que isso é meio que um problema.
Temos dois jogos aqui que ocupam lugares mais ou menos opostos, com preços lá fora até que similares, porém no caso da da Eagle eu entendo no da Splotter não..
A Eagle faz jogos premium, com uma produção primorosa desde da caixa até o manual, você vê um trabalho de editora do desenvolvimento até o produto final, poderia ser mais barato? Claro! Porém a proposta deles é aumentar o custo de produção e ter um produto mais caro, não vamos esquecer que isso é um negócio, amigos. Sem falar, que para um americano e um europeu a diferença de preços não é tão absurda. O problema de preço é mais pra nós que já pagamos caro por jogos "normais", imagina um "deluxe" da vida.
Já a Splotter, com todo o respeito, eles são completamente amadores, o jogo tem desenvolvimento e só, a produção é ridiculamente ruim e não adianta falar que eles são pequenos. A Eagle, Sierra Madre, Spielworxx, Capstone, tudo editora pequena, a diferença é que elas pensam como editora e querem entregar um produto completo. Sinceramente, não consigo entender a posição da Splotter e sua resistência sobre isso, a não ser como arrogância, em considerar os jogos deles tão incríveis que o resto (design gráfico/arte/qualidade de componentes) é irrelevante.
Pessoalmente, considero game design > design gráfico > arte, por isso minha posição sobre a Splotter é baseada em eu me sentir quase extorquido, pois a gente vê cobrarem num jogo deles R$ 800 usado, sendo que poderia estar custando muito, mais muito mais barato. Sabe, estamos em 2019 e parece que eles estão ainda em 1999 quando um jogo com a produção que eles fazem ainda era considerada normal.
Resumindo minha posição, jogos deluxes, premium ou como quiserem chamar, por mais que considere desnecessárias, entendo que elas existem porque o "mercado" quer (leia-se americanos e europeus), já o caso dos jogos da splotter é mais um problema de uma falta de ambição da editora em investir mais na suas propriedades intelectuais.