marcosgpmelo::Acho realmente que essas coisas só vão começar a mudar quando começar a rolar alguns justos processos contra as editoras que fazem essa prática. Vender em pré-venda e ficar atrasando sistematicamente sem informação aos consumidores fere os direitos dos consumidores. Porque isso ocorre e ou deixa de ocorrer não é problema do consumidor. O consumidor pagou por um produto que ele não recebeu na data acordada. As editoras ainda vivem da boa-fé dos consumidores de bgs no Brasil - ou da falta de paciência em ter que entrar num pequenas causas. Esses atrasos todos deveriam incorrer em alguma forma de indenizações para os consumidores - tanto por parte das lojas como por parte das editoras (ambas são responsáveis!). Ninguém faz isso por caridade não, as editoras levam seus lucros. Se tem direito ao lucro, tem que ter responsabilidades legais, tem que assumir os riscos e saber que a recompensa pelo risco não é só quando dá certo, quando da errado tem que assumir o ônus também. O dia que começarmos a cobrar nesse nível (judicialmente), talvez as coisas mudem.

O que você acha que o juiz vai determinar? Devolver o dinheiro ou alguma indenização?
 
Pedir o dinheiro de volta é sempre uma opção e são pouco os casos que negaram a devolução.

Sim. Acredito que determinaria a devolução dos valores corrigidos e uma indenização ou multa para a editora/loja. Claro que o PROCON tenta fazer um acordo antes de prosseguir com o processo (o que em geral é melhor ora ambas as partes). As vezes algumas empresas fazem esses acordos com os clientes justamente para evitar a abertura de um processo. Mesmo que se faça um acordo, só a notificação formal pelo PROCON ou pelo Pequenas Causas já manda um bom recado pras editoras ecria jurisprudência para os órgãos de fiscalização. Pelo menos manda uma mensagem clara pras editoras de que a coisa é séria, que queremos um tratamento sério.

O crescimento das empresas junto com o do consumo pede organização. Acho q faz parte.

Eu acredito que isso ocorra porque são produtos muito "pessoais" em que o cliente (comprador) sabe em detalhes quem são as produtoras e tal. Com isso os lojistas se sentem à vontade em falar que foi a produtora que atrasou e é aí que começa a distorção de "quem é responsável pelo o que" afinal do cliente não tem nada haver com a produtora. A loja é a primeira responsável e não temos relação com a produtora.

É muito, mas muito difícil mesmo o juiz aplicar uma indenização. Indenização só ocorre se a parte comprovar o dano (ainda que apenas moral) sofrido. Dizer que apenas se sentiu prejudicado por atraso/falta de informação não seria suficiente. Mas a devolução dos valores pagos corrigidos é garantido de se ganhar em uma ação judicial. Mas como disseram, acho que entre as editoras nunca ocorreu de alguma se recusar a devolver o dinheiro se a pessoa simplesmente requerer o cancelamento da pré venda, o que já tornaria desnecessário fazer ação judicial.

Não entendo assim. Existe uma expectativa gerada que é frustada. Acredito que existe jurisprudência já em torno de atrasos de entrega de produtos comprados online. Mas, como disse, em geral as empresas - grandes - preferem fazer acordos que envolvem algo como a devolução dos valores, mas a oferta da manutenção do produto adquirido. Não estou dizendo aqui de uma indenização em milhares de reais, mas existe sim o dano causado pela frustação da expectativa.

marcosgpmelo::Não entendo assim. Existe uma expectativa gerada que é frustada. Acredito que existe jurisprudência já em torno de atrasos de entrega de produtos comprados online. Mas, como disse, em geral as empresas - grandes - preferem fazer acordos que envolvem algo como a devolução dos valores, mas a oferta da manutenção do produto adquirido. Não estou dizendo aqui de uma indenização em milhares de reais, mas existe sim o dano causado pela frustação da expectativa.

 
Não sou da área de direito, mas sempre tento imaginar o seguinte: eu chegando na audiência e o juiz cheio de processos como de pessoas que não conseguem receber o salário pois o banco debita tudo para pagar uma dívida que não tem fim, pessoas que realmente foram lesadas a ponto de não terem dinheiro para se alimentar e por aí vai. 
 
Daí o juiz olha pra mim e pergunta se eu já tentei reaver os valores pagos, eu respondo que não pois decidi ir primeiro na justiça pois quero uma indenização. Daí ele olha que eu comprei um jogo de tabuleiro, algo muito superficial e nunca tentei um acordo. Ele vira para o advogado da editora e pergunta se eles estão dispostos a devolver, eles dizem que sim e ele determina que assim seja. 
 
Eu já tive um móvel que foi entregue quebrado, a loja recolheu para devolver um inteiro. Passaram meses e nada de móvel e nem dinheiro. Entrei na justiça para receber o dinheiro. Chegou na audiência e o juiz perguntou se o interesse era no móvel ou no dinheiro, o advogado respondeu que era o recebimento do dinheiro. Juiz determinou, a loja concordou e eu recebi o dinheiro + a indenização. Mas isso ocorreu pq a loja não devolveu pelas vias normais.

Olá pessoal! Alguém tem boas notícias referente aos envios? Comprei o meu na PlayEasy e como ela é colada na Editora, até o momento não deu nenhum sinal. Já está bem atrasado e ninguém se manisfesta, ninguém para dar uma satifação sobre o motivo do atraso, visto que a previsão era para julho. Tá difícil comprar em pré-venda com as editoras atuais, muito recorrente isso. 

wporto::Olá pessoal! Alguém tem boas notícias referente aos envios? Comprei o meu na PlayEasy e como ela é colada na Editora, até o momento deu nenhum sinal. Já está vem atrasado e ninguém se manisfesta nenhum para dar uma satifação sobre o motivo do atraso, visto que a previsão era para julho. Tá difícil comprar em pré-venda com as editoras atuais, muito recorrente isso. 

Eu recebi uma foto em um grupo dele, com o começo do nome de uma loja.. tirem suas conclusões:
Acho que tem loja que já recebeu... como a Mandala não se pronuncia, não dá pra saber nem se eles já começaram os envios, e quem vai receber primeiro...

No post que vi deles no instagram eles falaram que "os envios começam essa semana". O que, traduzido do mandalês, quer dizer "os envios começam entre hoje e daqui a 3 meses".